quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Fakenews-2017: emprego e avanço econômico

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há três fakenews em discussão na economia brasileira:

Fakenews 1 – a reforma trabalhista não afetará o nível do emprego

É evidente que não. O que define o nível de emprego é a demanda e o nível de automação da empresa. Se a empresa precisa de 100 funcionários para manter a produção, irá manter os 100 funcionários com ou sem lei trabalhista.

O que a lei provocará será a precarização do emprego e o aumento da rotatividade. E como haverá pequena reação cíclica da economia, é até possível que o desemprego seja reduzido.

Lula irá ao julgamento no TRF-4

Do blog Nocaute:

Lula comunicou a dirigentes do PT que vai comparecer ao julgamento que pode torná-lo inelegível, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), dia 24 de janeiro, em Porto Alegre (RS).

Segundo o Instituto, a defesa do petista solicitou ao TRF-4 que o ex-presidente seja ouvido durante o julgamento, mas o pedido ainda não foi apreciado pelos desembargadores do tribunal.

Lula deve chegar à capital gaúcha no dia 22 ou 23 e participará das manifestações organizadas pelo partido na capital gaúcha. O PT prepara, também, uma série de protestos que começam no dia 13, com um “dia nacional de mobilização” e vai até o dia seguinte ao julgamento do ex-presidente.

Lava-Jato empobrece empresas brasileiras

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

O problema é que eles, os donos, querem se salvar. Eles não querem salvar a empresa. Eles querem salvar a sua propriedade sobre a empresa. Por que eles não vendem?

(Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República, na Folha).

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Faz sentido a pergunta feita pelo procurador, um dos expoentes da tropa de choque da Lava Jato.

Quase quatro anos após a deflagração da “maior operação de combate à corrupção da história da humanidade”, eixo central das eleições de 2018 no Brasil e em outros países, um breve balanço dos resultados dá plena razão a Santos Lima, que conhece bem a história.

Qual a perspectiva pra economia no Brasil?

Por Luciana Console, no jornal Brasil de Fato:

Com toda a crise política, econômica e social desencadeada em 2017, os rumos do Brasil para o próximo ano, que também será um ano de eleição, estão carregados de incertezas. Questões como o desempenho da economia e os objetivos que podem ser traçados para o próximo período estão na boca do povo nesta virada de ano.

E é justamente essa a pergunta da Paula Mesquita, residente de fisioterapia, para o quadro Fala Aí desta semana. A fisioterapeuta quer saber qual a perspectiva da economia do país em 2018 e se finalmente sairemos da crise.

FHC sabe: a direita está perdida

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“O meu temor é o de que não se consiga organizar o centro”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. E admitiu, ao final, que se Geraldo Alckmin não demonstrar viabilidade eleitoral, pode ser rifado pelo PSDB. “Se houver outro que aglutine, fazer o quê?”. Mas FHC, que como sociólogo sabe muito bem ler as pesquisas, sabe: o que ele chama de “centro”, apelido da direita, ou centro-direita, hoje está aritmeticamente fora do segundo turno. Dificilmente haverá “outro que aglutine”.

O fim do Consenso de Washington?

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Três décadas após o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos EUA elaborarem o Consenso de Washington, assim denominado em 1989 pelo economista inglês John Williamson, ganha corpo principalmente na Europa e nos Estados Unidos o movimento rumo a um ideário oposto denominado Pós-Consenso de Washington.

O conjunto de prescrições para reformar as economias naquela época em crise, principalmente na América Latina, inclui a estabilização macroeconômica, a abertura comercial e financeira, a expansão das forças do mercado e a privatização, entre outros pontos, e é considerado por muitos uma síntese do neoliberalismo e do chamado fundamentalismo de mercado.

Garotinho dispara bala de prata contra Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Sugiro aos internautas estudarem esses documentos [aqui] com atenção, porque, pelo jeito, teremos que fazer o trabalho que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça brasileira não fazem. Enquanto esses órgãos torram milhões de reais prendendo professores e reitores inocentes, ou investigando pedalinhos de alumínio em sítios, a Globo, empresa mais corrupta do país, tenta atravessar impune por mais uma processo em que é acusada dos mais variados crimes.

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No Blog do Garotinho

Temer torna o Brasil ainda mais desigual

Do site Vermelho:

Levantamento feito pela LCA Consultores, a partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o governo de Michel Temer tem promovido a concentração de renda e o aumento da desigualdade no País.

Segundo os dados, os 10% dos trabalhadores com maiores salários (cerca de 8,5 milhões de pessoas) recebiam 41,1% da massa de rendimentos de todos os trabalhos no terceiro trimestre de 2017, o equivalente a R$ 774 bilhões. Em igual período de 2016, esse grupo do topo da renda nacional respondia por uma fatia menor, de 39% da massa salarial.

A morbidez de Doria contra Marisa Letícia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A reação vergonhosa contra uma homenagem da Câmara de Vereadores a dona Marisa Letícia Lula da Silva, que batizou o viaduto do M'Boi Mirim com seu nome, teve a utilidade de registrar para a posteridade o caráter mórbido da gestão de João Doria a frente da cidade de São Paulo.

Depois de escancarar seu desprezo pelo destino dos brasileiros vivos - confirmado pela decisão irresponsável de elevar o limite de velocidade nas avenidas marginais por um simples capricho eleitoreiro - a prefeitura de Doria divulgou uma nota desrespeitosa de ataque à memória de Marisa Letícia. Ali, anuncia "a discordância do prefeito em relação à injusta homenagem prestada a alguém envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício."

Aumentam mobilizações para o 'Ocupa Poa'

Da Rede Brasil Atual:

Gabinetes parlamentares, movimentos sociais e partidos de oposição avançam na organização da vigília cívica em defesa da democracia e de eleições livres no Brasil, coordenando atos e mobilizações em Porto Alegre onde, em 24 de janeiro, ocorrerá o julgamento de uma ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pode inviabilizar sua candidatura nas eleições presidenciais de outubro.

As 12 vitórias da Venezuela em 2017

Do blog Resistência:

O jornalista e analista político Ignacio Ramonet destacou nesta segunda-feira (1º), em um artigo opinativo, 12 triunfos obtidos em 2017 pela Revolução Bolivariana, liderada pelo presidente Nicolás Maduro.

Ramonet assinala que o mandatário venezuelano confirmou assim que continua sendo, como dizem seus seguidores, “indestrutível”.

Leia abaixo os 12 triunfos descritos por Ramonet:

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O preço do golpe é a crise nos Estados

Por Pedro Henrique Santos, no site da UJS:

O procurador do TCU Júlio Marcelo recomendou ao Ministério da Fazenda que vetasse o repasse de R$ 600 milhões reais para o Rio Grande do Norte. Vale ressaltar que esse recurso seria usado para pagar a folha de pessoal. Com essa negativa, os funcionários públicos do estado não sabem quando receberão o 13º salário referente a 2017, os respectivos salários de dezembro e dos meses de 2018.

A justificativa do Tribunal de Contas da União é que abre um precedente para que os demais estados também peçam ajuda para o Governo Federal salvar os estados que não fizeram os devidos “deveres de casa” em relação às suas economias. Outro argumento do Tribunal é que a Constituição e a Lei de responsabilidade fiscal vedam o repasse de recursos para pagamento de servidores.

Uma canção para 24 de janeiro

Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Onde eles dizem paz,
eu digo Justiça.

Onde eles dizem Justiça,
eu digo caça.

Onde exibem convicções,
exijo provas.

Livro desmonta as falácias de Sergio Moro

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“Falácia pode ser definida como erro de raciocínio, como argumento sem consistência lógica, que não tem, pois, validade para sustentar a conclusão afirmada. Uma falácia leva a tomar o falso por verdadeiro.” Assim, o filósofo e professor Euclides André Mance inicia seu livro Falácias de Moro, em que faz a análise lógica da sentença condenatória de Sérgio Moro ao ex-presidente Lula.

Para “provar” que o apartamento era de propriedade de Lula Moro lança mão de um artigo de jornal. Diz Mance:


2017 foi o ano da infâmia

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Vai-se o ano de 2017. E já foi tarde. Estamos vivendo nos seus escombros. Do ponto de vista jurídico, econômico, político e moral, a sociedade brasileira jamais tinha vivido – nos seus interstícios democráticos – uma decomposição tão grande. As relações entre os ministros do Supremo e a absoluta insegurança jurídica a que elas nos submetem, nos mostra que o “guardião da Constituição” não estava preparado – embora composto por homens e mulher ilustres nas letras jurídicas – sequer para ser o guardião da sua própria superioridade institucional.

Eleitor médio de Bolsonaro é rico e idiota

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pesquisas e estudos recentes dão conta de que o eleitor médio do extremista de direita Jair Bolsonaro é mais rico, usa mais as redes sociais para defender suas, vá lá, “ideias” políticas, mas, também, é um tipo de eleitor basicamente IDIOTA.

Por que não me surpreendo?

O ano eleitoral de 2018 começa com uma notícia revelada pelo Datafolha que, se não tinha comprovação, ao menos era intuída por quem atua ou meramente se informa politicamente na internet: na rede, a extrema-direita é muito mais forte que a esquerda.

FHC manipula fatos para atacar Lula

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na entrevista que deu aos jornalistas Alberto Bombig e Pedro Venceslau, de O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso compara o fenômeno Lula ao de Alberto Fujimori, no Peru:

O fujimorismo é a força predominante até hoje, e o Fujimori está na cadeia (estava até o dia 24, quando recebeu indulto humanitário do atual presidente Pedro Pablo Kuczynski). O próprio Perón teve um momento assim. É curioso ver que em países como os nossos, com um nível educacional relativamente pouco desenvolvido, as pessoas têm muitas carências. Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética. É pavoroso, mas é assim. É populismo.

Doria ergue seu “monumento à estupidez”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em 1935, Getúlio Vargas sancionou a Lei Nº 108, estabelecendo que 1° de janeiro seria feriado nacional por conta de ser consagrado "à commemoração da fraternidade universal", ainda com o M duplo do português da época.

Quase um século depois, o cidadão João Doria Jr. ainda não alcançou o “espírito da coisa” ao recuar, resmungando grosserias, do “desbatismo” de um viaduto paulistano com o nome de Marisa Letícia, falecida mulher do ex-presidente Lula.


O Brasil da Senzala e da Casa Grande

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Datafolha acaba de divulgar análise estatística multivariada sobre a base de dados da última pesquisa nacional de intenção de voto, com o objetivo de identificar nichos da população brasileira em que são observadas altas concentrações de eleitores dos dois principais candidatos à Presidência da República até o momento.

Nenhuma grande surpresa.

Entre garotos brancos escolarizados de até 24 anos – com uma compreensível ignorância que advêm também da idade e uma enorme penetração nas redes sociais - Bolsonaro é majoritário.

A guerra do capitalismo ao papa

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O papa está preocupado. Sua mensagem de Natal, Urbi et Orbi, é claríssima: Francisco vê um mundo em uma situação de pré-guerra e com os pobres, as crianças e os refugiados como as maiores vítimas do que está se desenhando no horizonte, graças a um “modelo de desenvolvimento caduco”. Que modelo é esse? O capitalista, lógico. Esta não foi a primeira e nem será a última vez que o líder católico ataca o capitalismo, razão da crescente desigualdade no planeta, mesmo nos países dito “desenvolvidos”.