terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Livro desmonta as falácias de Sergio Moro

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“Falácia pode ser definida como erro de raciocínio, como argumento sem consistência lógica, que não tem, pois, validade para sustentar a conclusão afirmada. Uma falácia leva a tomar o falso por verdadeiro.” Assim, o filósofo e professor Euclides André Mance inicia seu livro Falácias de Moro, em que faz a análise lógica da sentença condenatória de Sérgio Moro ao ex-presidente Lula.

Para “provar” que o apartamento era de propriedade de Lula Moro lança mão de um artigo de jornal. Diz Mance:


2017 foi o ano da infâmia

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Vai-se o ano de 2017. E já foi tarde. Estamos vivendo nos seus escombros. Do ponto de vista jurídico, econômico, político e moral, a sociedade brasileira jamais tinha vivido – nos seus interstícios democráticos – uma decomposição tão grande. As relações entre os ministros do Supremo e a absoluta insegurança jurídica a que elas nos submetem, nos mostra que o “guardião da Constituição” não estava preparado – embora composto por homens e mulher ilustres nas letras jurídicas – sequer para ser o guardião da sua própria superioridade institucional.

Eleitor médio de Bolsonaro é rico e idiota

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pesquisas e estudos recentes dão conta de que o eleitor médio do extremista de direita Jair Bolsonaro é mais rico, usa mais as redes sociais para defender suas, vá lá, “ideias” políticas, mas, também, é um tipo de eleitor basicamente IDIOTA.

Por que não me surpreendo?

O ano eleitoral de 2018 começa com uma notícia revelada pelo Datafolha que, se não tinha comprovação, ao menos era intuída por quem atua ou meramente se informa politicamente na internet: na rede, a extrema-direita é muito mais forte que a esquerda.

FHC manipula fatos para atacar Lula

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na entrevista que deu aos jornalistas Alberto Bombig e Pedro Venceslau, de O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso compara o fenômeno Lula ao de Alberto Fujimori, no Peru:

O fujimorismo é a força predominante até hoje, e o Fujimori está na cadeia (estava até o dia 24, quando recebeu indulto humanitário do atual presidente Pedro Pablo Kuczynski). O próprio Perón teve um momento assim. É curioso ver que em países como os nossos, com um nível educacional relativamente pouco desenvolvido, as pessoas têm muitas carências. Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética. É pavoroso, mas é assim. É populismo.

Doria ergue seu “monumento à estupidez”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em 1935, Getúlio Vargas sancionou a Lei Nº 108, estabelecendo que 1° de janeiro seria feriado nacional por conta de ser consagrado "à commemoração da fraternidade universal", ainda com o M duplo do português da época.

Quase um século depois, o cidadão João Doria Jr. ainda não alcançou o “espírito da coisa” ao recuar, resmungando grosserias, do “desbatismo” de um viaduto paulistano com o nome de Marisa Letícia, falecida mulher do ex-presidente Lula.


O Brasil da Senzala e da Casa Grande

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Datafolha acaba de divulgar análise estatística multivariada sobre a base de dados da última pesquisa nacional de intenção de voto, com o objetivo de identificar nichos da população brasileira em que são observadas altas concentrações de eleitores dos dois principais candidatos à Presidência da República até o momento.

Nenhuma grande surpresa.

Entre garotos brancos escolarizados de até 24 anos – com uma compreensível ignorância que advêm também da idade e uma enorme penetração nas redes sociais - Bolsonaro é majoritário.

A guerra do capitalismo ao papa

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O papa está preocupado. Sua mensagem de Natal, Urbi et Orbi, é claríssima: Francisco vê um mundo em uma situação de pré-guerra e com os pobres, as crianças e os refugiados como as maiores vítimas do que está se desenhando no horizonte, graças a um “modelo de desenvolvimento caduco”. Que modelo é esse? O capitalista, lógico. Esta não foi a primeira e nem será a última vez que o líder católico ataca o capitalismo, razão da crescente desigualdade no planeta, mesmo nos países dito “desenvolvidos”.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Pautas que a mídia tentou abafar em 2017

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Algumas pautas de política em 2017 renderiam um "troféu abafa" para jornais da grande mídia, dado o esforço que fizeram para encobertar ou dar o mínimo de destaque possível a alguns temas que "não vêm ao caso". Sobrou à imprensa alternativa e àquela com um pézinho na gringa (como El País e BBC) a missão de explorar ou repercutir os assuntos espinhosos.

Aqui vai uma lista, sem ordem de relevância, com 10 tópicos que deram o que falar no mundo à margem da mídia comercial:


Não vamos permitir a ditadura da toga

Acreditem, 2017 poderia ter sido muito pior…

Por Renato Rovai, em seu blog:

No balanço dos anos a gente vai do paraíso ao inferno. No reveillon de 2011, brilhavam estrelas no céu. O Brasil havia sido a bola da vez em 2010 e ganhou até capa da liberal The Economist: Brazil, takes off. Em bom português, Brasil decola. A imagem era a do Cristo Redentor como um foguete rumo ao céu.

Neste 2017 da dureza porreta, o Cristo serviu a uma outra metáfora numa charge que rodou muito. Ele deixou o Pão de Açúcar e saiu andando pelas ruas do Rio, com a legenda: desisto.

Em 2017 a ficha caiu. Que venha 2018!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não sei dizer em quantos anos o Brasil recuou em 2017 mas a roda andou para trás que, num olhar de relance retrospectivo, somos tentados a dizer: 2017 nunca mais! Vade retro, ano do retrocesso. Mas foi também este o ano em que a ficha, em que a população compreendeu claramente os objetivos do golpe de 2016, passando a identificar as forças que realmente representam seus interesses e a serviço de quem estão os que capturaram o governo em nome da moralidade e responsabilidade administrativa. E isso já é um grande motivo para acreditar que 2018 é promissor e pode ser o ano da reversão no sentido da roda.

Desconfie das previsões para a economia

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Previsões sobre o desempenho da economia no próximo ano, no país e no resto do mundo, surgem em profusão nesta época e é quase impossível ignorá-las.

Algumas precauções talvez ajudem, entretanto, a não levá-las tão a sério quanto os seus autores gostariam, o que provavelmente ajudará a reduzir a ansiedade inerente ao conhecimento de sondagens do futuro, sejam elas otimistas, pessimistas ou um pouco de ambos.

É básico, por exemplo, desconfiar das projeções feitas pelos profissionais do ramo. Prakash Loungani, chefe da Divisão de Macroeconomia do Desenvolvimento no Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional, fez pesquisas em 2000 sobre a precisão das previsões dos economistas.

Temer é o exterminador do futuro

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Luciana Santos, no Blog do Renato:

Após o impeachment da presidenta Dilma, o ex-ministro da Previdência de FHC, Roberto Brant, um dos formuladores do programa “A Ponte Para o Futuro”, declarou em entrevista que essa agenda não foi feita para ser submetida ao voto popular.

Parte dessa agenda é a MP 795 que prevê redução dos índices de conteúdo local e a extensão do Repetro, regime aduaneiro especial que desonera a tributação das empresas que vão participar da produção de petróleo e gás natural.

Suprema ironia: Freixo uniu a esquerda

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Antes de qualquer coisa: reafirmo que a entrevista de Freixo à Folha foi uma armadilha midiática para desunir o campo progressista.

Entretanto, examinando a sua repercussão, tanto no próprio partido de Freixo, como aqui no blog, na esquerda em geral, e em toda parte, não posso me furtar a uma conclusão irônica.

Diferentemente daquele que parece ter sido o objetivo da Folha, a entrevista gerou uma outra coisa: ela uniu a esquerda.

Em favor de Lula!

Ampliar a resistência em defesa do Brasil

Editorial do site Vermelho:

Fazer um balanço de 2017 não é tarefa trivial. Este ano talvez venha a ser lembrado como o ano do desmonte do Estado brasileiro, do violento e radical ataque aos direitos do povo e dos trabalhadores, do corte nos recursos do governo em saúde, educação, investimentos públicos, do atentado à soberania nacional e da submissão do Brasil ao mando do imperialismo.

Um signo do descaso do governo ilegítimo pelo povo e pelos trabalhadores pode ser visto no reajuste do salário mínimo 2018, que vai para R$ 954, o menor desde 1993 – aumento de somente R$ 17,00. Traduz de modo veemente o enorme desprezo do governo ilegítimo dirigido por Michel Temer pelo povo mais pobre.

A unidade contra o fascismo é necessária

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Provocado pela entrevista do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) à Folha de S. Paulo, o debate sobre a unidade necessária dos trabalhadores e da população explorada na campanha presidencial de 2018 não deve terminar tão cedo, até porque não se trata de uma iniciativa isolada.

Estimulada pelo PSOL, a possível entrada de Guilherme Boulos na campanha pode produzir uma rachadura expressiva, já que se trata de uma liderança de grande expressão junto às camadas populares.

Balanço 2017: um ano 'do piru'

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

É difícil fazer o balanço de um ano tão complicado quanto este de 2017. Selecionei alguns blocos de acontecimentos.

1 - Crescimento e/ou consolidação da direita e da extrema-direita em escala mundial. Em graus e estilos diferentes. Estados Unidos e políticas brucutus de Trump, apesar das dificuldades internas. Europa: Polônia, Hungria, Alemanha, França, Áustria. América Latina: sobrevivência do governo golpista de Michel Temer, Argentina, Peru, Chile. Japão: política belicista de Shinzo Abe. Oriente Médio: ofensiva diplomática e militar da Arábia Saudita e sua aproximação com Israel. Em consequência deste clima, volta do perigo de um confronto nuclear: EUA x Coreia do Norte.

domingo, 31 de dezembro de 2017

El pueblo unido jamás será vencido

Para curar a ressaca da virada do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:


“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

A "receita de ano novo" de Drummond

Por Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)

Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).