terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Lula disparado, Temer despencando

Por Dario Pignotti, no site Carta Maior:

Não para de crescer. Luiz Inácio Lula da Silva obteve entre 34% e 37% de intenções de voto numa pesquisa publicada neste domingo (3/12) pelo diário Folha de São Paulo, visando as eleições de outubro de 2018. Os números do Instituto Datafolha confirmaram a curva ascendente na popularidade do ex-mandatário observada desde 2016, com uma guinada mais forte este ano, quando o Partido dos Trabalhadores (PT), começou a se reconstruir depois do golpe híbrido (parlamentário-midiático-judiciário) que derrubou Dilma Rousseff.

Honduras: a ditadura perto do fim?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Honduras, primeiro país em que os conservadores latino-americanos derrotaram (por golpe de Estado) os governos à esquerda, em 2009, parece prestes a viver nova reviravolta. Na noite de ontem, segunda (4) avançando pela madrugada, milhares de manifestantes tomaram as ruas, desafiando o toque de recolher decretado pelo governo do presidente Juan Orlando Hernández. Protestam contra os sinais evidentes de fraude nas eleições que supostamente reelegeram “JOH”, como é conhecido o presidente de direita. Os protestos contaram com uma adesão inesperada: integrantes das tropas de elite “Cobra” aderiram às manifestações. Um comunicado emitido em nome da Polícia Nacional e lido por um deles diz: “Nosso povo é soberano. Não podemos confrontá-lo e reprimir seus direitos”.

Os protestos contra o golpe da Previdência

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

Ao menos três estados da região Nordeste registram mobilizações desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (5) contra proposta de "reforma" da Previdência que o governo Temer tenta votar ainda neste mês. Além da retirada de pauta das mudanças nas aposentadorias, eles também protestam contra a reforma trabalhista, a terceirização e o desmonte dos serviços públicos.

Na capital baiana, manifestantes ocupam a Avenida Antônio Carlos Magalhães, próximo ao Shopping da Bahia, na região central.

Meirelles dá um “caia fora” em Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A entrevista em que, na Folha, Henrique Meirelles produz o “autolançamento” de sua candidatura a presidente é um retrato pronto e acabado das pretensões tecnocráticas sobre o Brasil.

“Dono do país”, Meirelles, do alto de sua portentosa intenção de voto de 1% e do crescimento de 0,1% do PIB, proclama seu direito imperial de ser o legítimo detentor do “legado” do governo Michel Temer.

Dispara a rejeição ao “prefake” Doria

Por Altamiro Borges

O “prefake” turista João Doria pensou que bastava uma intensa campanha de marketing para enganar os otários de São Paulo. Ele abandonou a principal capital do país acumulando milhas na sua pretensão presidencial. Acabou sendo rotulado de “traidor” por seus pares do PSDB e ainda ficou desmoralizado entre a população. Pesquisa Datafolha publicada nesta terça-feira (5) indica que o seu índice de rejeição disparou nas últimas semanas. Para 39% dos paulistanos, a sua gestão é ruim ou péssima. Como observa Fernando Rodrigues, do Poder360, “Doria está há quase um ano à frente da prefeitura de São Paulo e viu sua reprovação triplicar neste período. A avaliação negativa do tucano atinge o mesmo nível de seu antecessor, o petista Fernando Haddad”.

Até a mãe de Geddel é quadrilheira?

Por Altamiro Borges

O presidiário Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos mais ativos golpistas na cavalgada contra Dilma Rousseff e um dos chefões da quadrilha de Michel Temer, está afundando celeremente. Nesta segunda-feira (4), a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-ministro, seu irmão, deputado Lúcio Vieira Lima, e a sua própria mãe, Marluce Vieira Lima, por associação criminosa e lavagem de dinheiro. A acusação se refere ao bunker com R$ 51 milhões descoberto pela Polícia Federal em julho passado em Salvador. Na ocasião, a progenitora do golpista disse que seu filho era “doente, mas não bandido”. Agora até se entende o drama familiar.

Temer reabre o balcão, mas reforma não passa

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Henrique Meirelles, pato novo na política, mergulhou muito fundo ao dizer que Alckmin não será o candidato do governo. Acabou dando aos tucanos pretexto para se fingir de ofendidos e não votar a reforma previdenciária. Não tendo os 308 votos necessários, Temer está recorrendo ao que sabe fazer: usar o dinheiro público, o nosso dinheiro, para aliciar prefeitos e deputados a favor da reforma que, mesmo mitigada, imporá mais tempo de trabalho aos contribuintes do INSS, exigindo 40 anos de contribuição para uma aposentadoria pelo teto. Quem se aposentar mais cedo perderá cerca de 30% do rendimento. Temer também está pressionando os partidos do Centrão a fechar questão a favor da reforma, ameaçando os eventuais infiéis com a perda dos recursos do fundo eleitoral, que serão vitais na eleição do ano que vem. Os deputados estão se sentindo chantageados com esta pressão.

Moro está fugindo para os EUA

Por Leandro Fortes, na revista Fórum:

A Operação Lava Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Acho que ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.

O fato é que, em pouco tempo, foi fácil perceber que as decisões e ações demandadas pelo juiz Sérgio Fernando Moro estavam eivadas de seletividade. Tinham como objetivo tirar o PT do poder, desmoralizar o discurso da esquerda e privilegiar aqueles que, no rastro da devastação moral levada a cabo pelo magistrado, promoveram a deposição da presidenta Dilma Rousseff.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Rejeição de Temer atropela Meirelles

Por Altamiro Borges

O ministro Henrique Meirelles, czar da falida economia do covil golpista, segue com seu sonho de disputar a presidência em 2018. Ele ora com pastores evangélicos – alguns deles, famosos corruptores da religiosidade popular –, reúne-se com os líderes da cloaca empresarial e articula nas sombras com os partidos da base fisiológica do odiado Michel Temer. Considerado o queridinho do “deus-mercado”, ele também ocupa generosos espaços na mídia chapa-branca e rentista. Apesar de tudo, o bajulado “ministro” da Fazenda não decola nas pesquisas – até parece o “pibinho” anunciado com alarde na semana passada. No Datafolha divulgado neste sábado (2), Henrique Meirelles oscila entre 1% e 2% das intenções de voto.

Tacla Durán e o estrondoso silêncio

Lava-Jato encena nova farsa com a Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Acabo de receber um email da assessoria de imprensa da Petrobrás, anunciando mais uma ridícula farsa encenada pela Lava Jato nesta quinta-feira, de “devolução de recursos” por meios de “acordos de colaboração e de leniência”.

É uma farsa. Os recursos foram extorquidos das empresas destruídas pela Lava Jato, e representam um percentual absolutamente ridículo em relação ao montante perdido pela estatal através da propaganda negativa criminosa feita pela própria Lava Jato.

A isenção trilionária na entrega do pré-sal

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Na última quarta-feira, Michel Temer e seus comparsas empreenderam mais um ataque contra os cofres públicos. A base governista aprovou uma MP que fará o país abrir mão de 1 trilhão em impostos em favor das petrolíferas estrangeiras que irão explorar o pré-sal brasileiro. Mas este é apenas um dos capítulos finais de um roteiro entreguista que começou a ser desenhado antes mesmo do golpe parlamentar.

Os tucanos desembarcam como os ratos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Os tucanos, como animais bicudos, coloridos e barulhentos, se prestam a muitas fábulas. A mais recente delas é a do desembarque do governo ilegítimo de Temer. O PSDB esteve na origem, na articulação e na condução do golpe em todas as suas fases. Em seguida, foram colaboradores confiáveis, compuseram a base parlamentar, aprovaram a destruição do Estado social e receberam por isso a paga combinada.

Agora, quando se arma a linha de largada das eleições de 2018, os peessedebistas abandonam o navio que naufraga na mais baixa popularidade já registrada (uma espécie de patente estatística do governo Temer). Como os ratos. O projeto é buscar uma diferenciação para catapultar uma pretensa candidatura de centro, que se tornou quase um mantra entre os conservadores, a direita que não ousa dizer o seu nome.

Aécio, Cunha, Moro: caem os “heróis” anti-PT

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

Infeliz a nação que precisa de heróis. A frase imortalizada pelo dramaturgo alemão Bertold Brecht em 1938 não poderia descrever melhor o astral do Brasil pós-golpe. A direita brasileira precisou fabricar corajosos paladinos da moralidade para expurgar do poder o partido que insistia em vencer nas urnas. No entanto, no mundo real, o tempo é suficiente para transformar em vilões os heróis de outrora.

Aécio Neves, o “salvador da pátria” da revista Veja, sucumbiu penosamente às duras denúncias de corrupção após ser flagrado pedindo grana ao empresário Joesley Batista. O “malvado favorito” do golpe contra Dilma, Eduardo Cunha, até onde se sabe, está preso. E até o “Super Moro” parece ter encontrado no depoimento de Tacla Durán sua criptonita. Não se fazem mais heróis como antigamente.

PSDB, um partido à procura de rumo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – O fim da era dos economistas tucanos

A tentativa do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, de produzir uma atualização dos princípios do partido, provocou revolta no grupo dos financistas que empalmou o discurso do partido desde o plano Real.

A saída de Tasso Jereissatti da direção do partido havia tirado o último elo de ligação com a Casa das Garças.

Presidido por José Aníbal, o ITV deu satisfações a Edmar Bacha e ignorou as críticas de Elena Landau, por irrelevantes, entendendo que ela apenas queria valorizar sua saída do PSDB.

Honduras de hoje é o Brasil amanhã?

Salvador Nasralla
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As diferenças estruturais entre Brasil e Honduras são tão gigantescas que dificultam qualquer comparação. Seu PIB é inferior ao de vários estados brasileiros. A população é 20 vezes menor. O território, 53 vezes menor.

Mesmo assim, desde 2009 a política de Honduras tornou-se um caso necessário de estudo na América Latina, continente que em 2012 assistiu à deposição de Fernando Lugo, no Paraguai, e em 2016, ao golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff. Em Honduras que um golpe de Estado depôs o governo legítimo de Manoel Zelaya, empossado três anos antes, dando início a uma ditadura que se mantém de pé até hoje.

Desponta o candidato do 'mercado', Alckmin

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A desistência do global Luciano Huck de concorrer e o naufrágio do prefeito paulistano João Doria Jr. dentro do PSDB abriram caminho para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, encarnar o papel de “candidato do ‘mercado’” na eleição presidencial do ano que vem. E o tucano parece pronto para o papel.

É ele quem o “mercado”, essa entidade abstrata formada por bancos, fundos, corretoras, enfim, especuladores em geral, aponta como favorito. Constatação de pesquisa feita com 211 investidores institucionais entre 21 e 23 de novembro por uma das maiores consultorias do País, a XP.

Torcida protesta contra "Globo corrupta"

Do site Vermelho:

Torcedores do Atlético Mineiro protestaram contra a Rede Globo na última rodada do Campeonato Brasileiro neste domingo (3). Uma faixa com os dizeres "Globo corrupta pagou propina no futebol" foi erguida no Estádio Independência, em Belo Horizonte, durante partida disputada contra o Grêmio, que terminou com vitória por 4 a 3 para o time mineiro.

O protesto faz menção às mais recentes denúncias envolvendo a emissora, que teria participado de um esquema de pagamento de propinas para obter apoio e conseguir direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.

Como combater a intolerância na internet?

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

O ambiente em que o país mergulhou a partir de 2014 é refratário ao respeito aos direitos humanos – cada vez mais ridicularizados e ignorados por setores que perderam o pudor em se apresentar publicamente – e refratário à própria democracia. O objetivo de abreviar, mesmo que por intermédio de um golpe, o governo democraticamente eleito em 2014, aprofundou a polarização da vida política do país, amplificou o discurso do ódio e, consequentemente, a intolerância e a criminalização da política e dos movimentos sociais.

“Fantástico” sobre racismo esconde Waack

Por Altamiro Borges

O programa “Fantástico” deste domingo (3) exibiu uma longa e contundente reportagem sobre o racismo no Brasil. Os ataques desferidos por uma socialite patética – que se diz simpatizante de Donald Trump e do fascista Jair Bolsonaro – à filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso serviram de mote para a matéria. “A discussão ganha visibilidade quando uma criança negra, adotada por brancos famosos, é atacada na internet. Mas é rotina no Brasil”, justificou a jornalista Sonia Bridi. Além das entrevistas com o casal e com outras vítimas do racismo, a reportagem apresentou dados de uma pesquisa que evidencia a extensão do preconceito no país. Palmas para o “Fantástico”! O curioso, porém, é que a “revista” da TV Globo simplesmente escondeu um astro da casa.