sábado, 25 de novembro de 2017

Greve nacional contra fim da aposentadoria

Por Altamiro Borges

Com míseros 3% de aprovação, o ilegítimo Michel Temer ainda insiste em aprovar a “reforma da Previdência” – na verdade, o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. O covil golpista atua descaradamente na compra de deputados, liberando milhões em emendas parlamentares, e investe fortunas em publicidade na mídia chapa-branca, espalhando mentiras sobre o tema. Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, voltou a fazer as pazes com o usurpador – sabe-se lá a que preço – e promete colocar a matéria em votação ainda em dezembro. Diante deste risco, todas as centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (24) e aprovaram a convocação de uma greve nacional para o próximo dia 5.

O parlamentarismo à moda dos golpistas

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

De repente, não mais que de repente, Michel Temer introduziu no meio dessas intermináveis conversas sobre reformas imaginadas, em Brasília, o resgate do parlamentarismo, que considera o melhor remédio contra crises políticas, como solução exata para substituir o presidencialismo.
Caso o plano tenha sucesso, Temer propõe-se a fazer uma experiência ainda no período de governo dele.

Em uma dessas coincidências que ocorrem com frequência, às vezes somente no STF, tramitava naquele tribunal há 20 anos um mandado de segurança para avaliar a possibilidade de o Congresso fazer a mudança do sistema político sem a necessidade de consulta popular.

Reforma da Previdência interessa aos bancos

Por Augusto Vasconcelos, no site Vermelho:

As agências internacionais de classificação de risco fazem uma verdadeira chantagem ao país: “Ou aprovam a Reforma da Previdência ou haverá fuga de capitais”. O que está por trás desse discurso, repetido cotidianamente pelas principais emissoras de TV, é uma concepção que enxerga a Previdência como gasto supérfluo do governo.

Há interesses inconfessáveis do sistema financeiro que impõe uma agenda de corte de investimentos sociais, conforme Emenda Constitucional 95, que visa congelar as despesas por 20 anos. O que os bancos querem com a Reforma da Previdência são dois objetivos. O primeiro é que o governo demonstre que sobrará uma folga orçamentária para pagar os juros da dívida pública. O segundo é destruir o caráter público da Previdência para aproximá-la de um modelo de proteção individual, onde os clientes seriam estimulados a adquirir previdência privada.

O fim da neutralidade de rede nos EUA

Toffoli e o foro privilegiado para Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Antes de pedir vistas do processo em que o STF decidiria, nesta quinta-feira, sobre a limitação do foro especial para autoridades, o ministro Dias Toffoli encontrou-se com Michel Temer. Isso diz muito sobre o adiamento da decisão. Agora o assunto não volta à pauta tão cedo e até lá, o Congresso pode aprovar emenda constitucional, já em avançada tramitação. Aparentemente mais dura, ela mantém o foro especial apenas para presidentes dos Três Poderes mas já se cozinha a aprovação, no plenário, de uma emenda que garanta o foro do STF para ex-presidentes da República.

O lobby que vendeu nosso pré-sal

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Há 11 anos a Petrobras, a empresa que mais investiu na pesquisa de petróleo no mundo, anunciou a descoberta do pré-sal, na área de Tupi, na Bacia de Santos. Enquanto ministro das Relações Institucionais do governo Lula, pude colaborar com a aprovação do marco regulatório do pré-sal, com o Fundo Social, no qual os recursos da exploração eram guardados para investimentos futuros no país. Em 2013, o Ministério da Saúde aprovou o uso de 25% dos royalties do pré-sal, ou seja, foram financiados e ampliados em 75% os investimentos para a saúde.

PGR de Temer quer cassar Gleisi Hoffmann

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Queridas historiadoras do futuro, mais uma vez me dirijo a vocês.

Reproduzo abaixo, para facilitar seu trabalho, o texto produzido pela assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da República, com um resumo das denúncias – sem prova, para variar, baseado exclusivamente em delações forjadas nos porões imundos da Lava Jato – contra a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, Paulo Bernardo.

O golpe não pára.

Doria descarta até 35% de remédios 'doados'

Da Rede Brasil Atual:

A gestão do prefeito paulistano, João Doria (PSDB), precisou jogar fora, nos meses de junho, julho e agosto, 35% dos remédios doados por laboratórios farmacêuticos ao programa Remédio Mais Rápido, anunciado em fevereiro. Os medicamentos já estavam com a data de validade próximas do vencimento quando foram doados. Cerca de 3 toneladas de antidepressivos, antipsicóticos, diuréticos e antibióticos, entre outros, foram descartados, quase cinco vezes mais do que ao longo de todo o ano passado, em uma operação que custou R$ 60 mil à prefeitura. As informações são da rádio CBN.

Huck e a supremacia dos bastidores

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “Huck fora”, que começou ontem com a nota de Gilberto Dimenstein onde ele informa ter Luciano Huck dito “a seus familiares e amigos próximos que não será candidato a presidente”, prosseguiu com Monica Bergamo, na Folha, confirmado com “dois interlocutores” a notícia, continua hoje com a nota de Sônia Racy, no Estadão, dizendo que o apresentador anuncia hoje que "se nenhuma pedra cair no caminho, que está fora da corrida presidencial”.

Enquanto isso, no submundo do golpe...

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Artigo recente assinado pelo conceituado jornalista Luis Costa Pinto, além de confirmar que os golpistas são capazes de tudo no clima de anarquia institucional que reina na República pós-golpe, tem potencial para aumentar em doses cavalares a indignação das pessoas com um mínimo de senso de justiça e apreço à democracia.

Na escuridão do Jaburu, ou nos demais locais de Brasília onde acontecem encontros secretos e fora da agenda reunindo gente dos três poderes preocupada com o futuro de Temer depois que ele descer a rampa do Planalto, trama-se um estupro jurídico tão simples como aterrador.

Show da Casa Grande é mais racismo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apesar da providencial aparição de Pedro Cardoso nas telas da EBC, numa lição única de dignidade, quinze dias depois da divulgação do vergonhoso vídeo "Coisa de Preto" já podemos reconhecer o tamanho das dificuldades que devem ser enfrentadas num país que segue incapaz de questionar a cultura mesquinha e indecente do racismo.

Até hoje não temos notícias de qualquer consequência, no plano da Justiça, para um crime que a Constituição considera imprescritível - impossível, portanto, de ser solucionado por arranjos na vida privada, seja em casa, seja na esfera de uma empresa.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Clã de Bolsonaro enriqueceu no poder público

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Dono de pautas genéricas e de apelo popular como “combate à corrupção”, defesa dos “valores cristãos” e de leis mais rígidas para punir criminosos, Jair Bolsonaro é ídolo de uma massa pouco instruída politicamente e revoltada com o que ele chama de “políticos tradicionais”.

Contudo, uma análise nas últimas declarações de bens do deputado federal indica que o maior compromisso do patriarca do clã político Bolsonaro é com a própria saúde financeira.

De acordo com dados do TSE, entre os pleitos de 2010 e 2014 a renda do parlamentar subiu 97%, já levando em consideração os efeitos da inflação sobre o valor declarado em 2010.

Alckmin inicia privatização do ensino público

Por Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel)

O Governo do Estado de São Paulo acaba de dar mais uma demonstração da sua incapacidade de resolver os problemas da rede estadual de ensino e de assegurar o direito constitucional dos estudantes a um ensino de qualidade.

A decisão da Secretaria da Educação, de despender até R$ 17,8 milhões para remunerar entidades privadas sob o argumento de melhorar a qualidade do ensino médio em 61 escolas, ao mesmo tempo em que o Governo mantém congelados os salários dos professores e as escolas continuam abandonadas, muitas delas sem materiais básicos para o funcionamento cotidiano, mostra o nível a que chegou a “desgovernança” do Governo do senhor Geraldo Alckmin no mais rico estado do País.

Temer é o exterminador do futuro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Toda ação política dialoga com o passado, altera o presente e modela o futuro próximo. O projeto contrarreformista do governo ilegítimo de Temer, com seu potencial de anular conquistas, interromper processos democráticos e preparar regressões ainda mais radicais, é uma comprovação dessa tripla inscrição no tempo. Além da perda do senso histórico e do impacto imediato na vida das pessoas, salga o terreno.

Como incendiar (de novo) o Oriente Médio

Por Patrick Cockburn, no site Outras Palavras:

Eu estava no meu quarto no Hotel Bagdá na rua Al-Sadoun no domingo (12), escrevendo sobre as chances de a estabilidade ganhar terreno no Iraque, quando as paredes e o chão começaram a tremer. Eles balançaram de lado e para cima e para baixo várias vezes, como se meu quarto fosse a cabine de um barco num mar agitado.

Meu primeiro pensamento confuso foi - estando em Bagdá - que devia ter ocorrido a explosão de uma grande de bomba, o que explicaria o chacoalhar de tudo ao meu redor. Mas quase simultaneamente percebi que não tinha ouvido o som de uma explosão –então, a melhor explicação foi mesmo a de que teria havido um terremoto, embora eu nunca tivesse pensado em Bagdá como uma zona de terremoto.

Hartung, o fiscalista que a Globo inventou

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Operação Lava Jato de hoje, no Rio de Janeiro, ao colocar no foco os empresários George Sadala Rihan e Alexandre Accioly, pode ter comprometido a última aventura alternativa para 2018: a candidatura de Luciano Huck.

Na última década, no entorno de políticos jovens, como Aécio Neves, no Rio, e Eduardo Campos, em Pernambuco, vicejou uma jovem plutocracia ambiciosa, que enriqueceu rapidamente no governo Campos. No Rio, o ponto de contato era Aécio, e uma derivação com Eduardo Paes, embora não tenha ficado imune aos afagos do ex-governador Sérgio Cabral. No Espírito Santo, havia Paulo Hartung, da mesma cepa.

'Reforma' trabalhista detona a Previdência

Do site Brasil Debate:

O trabalho intitulado “Reforma Trabalhista e Financiamento da Previdência Social: simulação dos impactos da pejotização e da formalização”, realizado pelos pesquisadores da Unicamp Arthur Welle, Flávio Arantes, Guilherme Mello, Juliana Moreira e Pedro Rossi, simula os impactos do crescimento da pejotização e da formalização para a arrecadação da Previdência Social, considerando inalteradas as condições de remuneração e ocupação.

Repto aos ladrões da esperança

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A forma como uma sociedade reage ao assalto aos seus direitos e liberdades; o equilíbrio entre a autocrítica de seus flancos e a consciência da sabotagem ao seu futuro; a capacidade, sobretudo por parte de seus segmentos organizados e progressistas, de hierarquizar essas lições e a partir delas estender as linhas de passagem da prostração à resistência - e desta à retomada da iniciativa política, configuram o passo decisivo ao repto que pode devolver a um povo a força e a esperança para comandar o seu destino.

O repto aos ladrões da esperança, um ano e meio após o golpe que derrubou a Presidenta Dilma Rousseff e a menos de 12 meses das eleições presidenciais de 2018, configura um desafio em aberto na vida brasileira.

Por que ladrão tucano não vai em cana?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

A Globo Overseas e o PiG se lambuzam com a cobertura da roubalheira desenfreada no Rio.

E com a patética subida e descida de decisões na Assembleia Legislativa e no Supremo, como se fossem trapézios de um circo em Diamantino, MT.

Os cabrais, os acciolis, os sadalas, os piccianis são execrados do Mau dia Brasil ao jornal (sic) que era do saudoso William Waack!

Primeiro, os ladrões do Rio precisam ser responsabilizados pela crise econômica do Rio.

Banco Mundial volta a dar ordens ao Brasil

Do blog Socialista Morena:

Um ano sem o PT no poder e o Banco Mundial já volta a dar as cartas por aqui. Um relatório feito a pedido do então ministro a Fazenda Joaquim Levy, no governo Dilma, em 2015, mas concluído a partir de workshops com técnicos do governo Temer, dá “conselhos” que caem como uma luva para a agenda neoliberal do consórcio PMDB-PSDB. “O relatório surgiu a partir de um pedido do governo federal”, fez questão de destacar o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, sobre o texto onde o banco sugere, entre outras iniciativas, a nociva reforma previdenciária e o fim da universidade pública e gratuita, enquanto outros países, como os EUA, lutam para tê-las.