terça-feira, 17 de outubro de 2017

Bolsonaro: fascismo à moda do 1%

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Os monstros surgem nos interregnos – quando o velho ainda não sucumbiu e o novo não nasceu completamente –, escreveu Antonio Gramsci, em meio à ascensão de Mussolini. O árduo cenário brasileiro foi marcado, esta semana, pelo fortalecimento de Jair Bolsonaro, o candidato fascista às eleições de 2018. Ele está neste momento nos Estados Unidos. Anima reuniões de direitistas de churrascaria, homens de acaju e loiras de farmácia que o chamam de “mito”. Mas não viajou para isso. Terá, em Boston e Nova York, encontros com grandes investidores. O homem que defendeu o fechamento do Congresso e a tortura; e que continua dizendo, aos fanáticos de Miami, que dará carta branca aos policiais para matar, está se convertendo numa opção firme dos mercados financeiros – que alguns veem como muito sofisticados – para governar o Brasil. Como isso é possível? E quais os caminhos pra enfrentar Bolsonaro?

Gentili, Lava-Jato e os reflexos da mídia

Jornalistas debatem papel da mídia no golpe

Por Renato Bazan, no site da CTB:

Três jornalistas essenciais para a imprensa progressista se reuniram na noite desta segunda-feira (16) para falar do papel da mídia na política: Eleonora de Lucena, ex-editora executiva da Folha de S.Paulo; Inácio Carvalho, editor do Portal Vermelho; e Rodrigo Vianna, autor do blog Escrevinhador e diretor do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O encontro inaugura o ciclo de palestras organizado pelo Barão de Itararé para comemorar a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, e aborda um dos três aspectos centrais dos debates conjunturais frente ao golpe de 2016: a atuação da imprensa, a atuação da equipe econômica e a atuação do Judiciário. Você pode assistir à íntegra do primeiro debate [aqui].

Senado pode se impor sobre o Supremo

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Há uma boa possibilidade de que o Senado cumpra com seus deveres e vote contra Aécio Neves na votação desta terça feira.

A primeira razão é o fato do STF (Supremo Tribunal Federal) ter abdicado de suas obrigações de julgar e transferido a batata quente para o Senado. Será a oportunidade do Senado demonstrar que tem autorregularão. A degola de Aécio será uma demonstração irretorquível da superioridade moral do Senado sobre o STF, afastando vez por todas os riscos da ditadura do Judiciário.

Maia já fala de pós-Temer com aliados

Por Renato Rovai, em seu blog:

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já trata o presidente Michel Temer como adversário político e não mais como aliado, garantem fontes acessadas pelo blogue neste final de semana.

A crise entre ambos vem aumentando de temperatura a cada dia. Uma das pessoas que têm conversado com Maia disse ao blogue que “antes eles estavam numa guerra de baixa intensidade, agora virou sexo explícito”.

Lamarca: homenagem ao capitão da guerrilha

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No marco dos 80 anos de seu nascimento, o legado do militar e guerrilheiro Carlos Lamarca será tema de homenagem e debate no dia 23 de outubro, em São Paulo. A atividade, agendada para a data de aniversário de um dos principais ícones da luta contra a ditadura no Brasil, acontece na Fundação Lauro Campos (Alameda Barão de Limeira, 1.400, Campos Eliseos), a partir das 19h. A entrada é livre.

Temer “acaba” com o trabalho escravo

Do site da Comissão Pastoral da Terra (CPT):

Em Nota Pública, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), através de sua Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, e a Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB, se manifestam sobre a Portaria do Ministério do Trabalho que "numa só canetada, elimina os principais entraves ao livre exercício do trabalho escravo tais quais estabelecidos por leis, normas e portarias anteriores". Confira:

Temer foi derrotado na Venezuela

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com uma diplomacia desastrada, dedicada a exportar métodos golpistas pelos países vizinhos, neste domingo Michel Temer conseguiu sofrer uma derrota colossal na Venezuela, onde o governo Nicolas Maduro venceu 17 das 23 disputas para governos estaduais.

Colocando-se na posição de adversário declarado de Maduro, depois da posse de Temer o governo brasileiro assumiu uma arrogância exótica de subimperialismo. Mantendo a postura de braço auxiliar e fiel de Washington, recusou até a sentar-se à mesa de um grupo de países que procura achar uma saída negociada para a crise interna da nação vizinha – atitude irracional para um país que sempre teve um papel reconhecido como liderança regional, como Celso Amorim, chanceler entre 2003 e 2011, denunciou em entrevista ao 247.

A crise política e o papel da mídia

Brasília ferve com denúncias contra Temer

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A semana começa quente – com previsão de temperatura de até 39 graus e umidade relativa do ar de 11% – e turbulenta na capital federal. O Senado se prepara para definir a situação do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Na Câmara, será votado o relatório da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer por obstrução de justiça e formação de quadrilha.

A migração tucana para Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não são as aves de grande plumagem.

Mas a migração das cambaxirras que saltitavam em volta do PSDB – primeiro de Aécio, depois de Dória – começam a ir ciscar próximo a Jair Bolsonaro.

Taís Bilenky, hoje, na Folha, registra que:

Nas últimas duas semanas, o MBL, importante impulsionador de Doria nas redes sociais, tem dedicado espaço a Bolsonaro em tom elogioso.

Há poucos dias, publicou foto do deputado com a palavra “Golaço!” em letras garrafais. Enumerou bandeiras do pré-candidato como “solução para a questão indígena que não afete o agronegócio”.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Clã Bolsonaro enriqueceu no poder público

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Dono de pautas genéricas e de apelo popular como “combate à corrupção”, defesa dos “valores cristãos” e de leis mais rígidas para punir criminosos, Jair Bolsonaro é ídolo de uma massa pouco instruída politicamente e revoltada com o que ele chama de “políticos tradicionais”.

Contudo, uma análise nas últimas declarações de bens do deputado federal indica que o maior compromisso do patriarca do clã político Bolsonaro é com a própria saúde financeira.

De acordo com dados do TSE, entre os pleitos de 2010 e 2014 a renda do parlamentar subiu 97%, já levando em consideração os efeitos da inflação sobre o valor declarado em 2010.

Lava-Jato paga propina milionária à mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A entrevista do consultor Mario Rosa já foi reproduzida em vários sites. Eu tinha que dar um título mais impactante, e ao mesmo tempo mais verdadeiro, porque é disso que se trata. Rosa faz uma denúncia óbvia, que está a vista de todos.

Imagina se o Ministério do Desenvolvimento “vazasse” informações sobre comércio exterior apenas para jornalistas que falassem bem do governo? Não seria um escândalo? Não seria considerado corrupção?

A tragédia do reitor e a de todos nós

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Em meados de 2013, um ano antes do deslanche da Lava Jato, o assim chamado juiz Moro julgou outro processo, ou melhor, um outro evento político mal-travestido de judicial, a operação Agro-Fantasma. Sob alegação de irregularidades no Programa de Aquisição Alimentar, um grande numero de agricultores familiares foram presos. Mas foram declarados inocentes agora, em 2017. Fez-se a justiça, dirão alguns. Será? Afinal, com esses 4 anos de martírio, o processo mambembe destruiu a vida deles e sabotou o próprio programa.

Alexandre Frota e a Justiça às avessas

Por Frei Betto

O ator de filmes pornô, Alexandre Frota, declarou em programa de TV, em 2015, que estuprou uma mãe de santo até ela desmaiar. Como era de se esperar, Eleonora Menicucci, então à frente do Ministério das Mulheres, repudiou a apologia ao crime.

Em maio de 2016, o ministro da Educação do governo Temer, Mendonça Filho, recebeu em audiência Alexandre Frota, para ouvir propostas para a educação básica e defender o projeto “Escola sem partidos” (exceto os conservadores).

Dilma vai pedir anulação do impeachment

Do site da Dilma:

1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.

O preço do impeachment e o valor do STF

Por Jeferson Miola

Lúcio Funaro adicionou novas informações sobre o preço que Cunha, Temer, Padilha, Geddel e outros golpistas peemedebistas e tucanos pagaram para a aprovação do impeachment fraudulento.

O operador da organização criminosa revelou que Eduardo Cunha lhe pediu R$ 1 milhão para comprar o voto de alguns deputados a favor da fraude, quando o processo já tramitava na Câmara.

Além deste valor, e antes disso, outras dezenas de milhões de dólares foram investidas na conspiração que derrubou a Presidente Dilma – sabe-se hoje, uma cifra bastante superior àquela “sobra”/“troco” de R$ 51 milhões guardados num apartamento pelo ex-ministro Geddel:

O que o povo faz nas ruas para sobreviver

Delação de Funaro escancara papel de Temer

Ilustração de Cláudio Aleixo
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os dez anexos da delação de Lúcio Bolonha Funaro só não convencem quem não quer ser convencido - como o relator na CCJ da Câmara, Bonifácio Andrada - de que Michel Temer e seus comparsas do PMDB e alhures formaram uma organização criminosa para “arrumar dinheiro”, e de que nela o ocupante do Planalto tinha um papel preponderante. A Orcrim, sua estrutura, seus integrantes e seus crimes são descritos com uma exuberância que produz gastrite no final da leitura.

Eles só pensavam naquilo. Relativamente ao crime de organização criminosa, é na delação de Funaro, e não nas gravações de Joesley Batista, que se baseia fundamentalmente a acusação contida na segunda denúncia de Rodrigo Janot. Por ser tão clara a demonstração da acusação, os deputados que votarem contra a denúncia, ajudando Temer a escapar, não escaparão do castigo dos eleitores e muito menos do julgamento da História. Terão votado sabendo exatamente o que faziam.

Danilo Gentili e a demissão na 'Folha'

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam veementemente a perseguição contra o jornalista Diego Bargas, por incitação do humorista Danilo Gentili, e, em seguida, a sua demissão do jornal Folha de S.Paulo.

A demissão ocorreu poucas horas depois de Gentili, em rede social, ter incitado a perseguição ao jornalista, após a publicação de matéria assinada por Bargas, “Comédia juvenil ri de bullying e pedofilia”, sobre filme concebido e estrelado por Gentili. A matéria foi publicada na última sexta-feira (13), na Folha de S.Paulo. Após a publicação, no início da tarde, o humorista reagiu incitando o ódio na internet e estimulando seus mais de 15 milhões de seguidores no Twitter a perseguir Bargas. O jornalista passou a sofrer ofensas e xingamentos em todos os seus perfis em rede social.