terça-feira, 1 de agosto de 2017

A tatuagem de Temer no braço do impostor

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

O deputado Wladimir Costa, da sigla Solidariedade (SD) – aquela que é chefiada pelo pragmático Paulinho da Força – parece que adora posar de ridículo e patético. No sábado (29), ele apareceu em uma cerimônia de entrega de caminhões de lixo no município de Salinópolis, no interior do Pará, vestido com uma camiseta do tipo regata amarela e bermuda jeans. “Mas a surpresa maior aconteceu quando ele tirou a camiseta e expôs uma tatuagem no ombro direito com a inscrição ‘Temer’. Ela estava abaixo de outra, que tinha a bandeira do Brasil desenhada. Costa também carregava uma latinha de cerveja num dos bolsos de sua bermuda”, relatou o site da revista Época. De imediato, a foto do serviçal viralizou na internet.

Deputado que votar em Temer vai se ferrar?

Foto: Avaaz Brasil
Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (2), a Câmara Federal deve votar a denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o usurpador Michel Temer. Caso vote pela admissibilidade, o Judas será afastado do cargo que tomou de assalto. O clima em Brasília, segundo a jornalista Tereza Cruvinel, é de um “equilíbrio catastrófico”, com forte tensão entre os parlamentares. Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal, jura que a denúncia de Rodrigo Janot será rejeitada por ampla maioria e que o odiado Michel Temer seguirá impune no posto. Muitos deputados, porém, devem estar preocupados com o resultado desta inflamável votação – que a TV Globo garantiu que será transmitida ao vivo.

Na guerra política, ruas migram para as redes

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Às vésperas da decisão da Câmara para autorizar ou não a abertura de um processo no STF contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, a população continua em obsequioso silêncio dedicada aos seus afazeres.

A guerra política que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, apenas um ano atrás, mudou de quartel: saiu das ruas barulhentas para as silenciosas redes sociais.

Ao contrário das ruas ocupadas por multidões de manifestantes a favor ou contra o governo, com transmissão ao vivo pela televisão, a disputa agora se trava no escurinho dos gabinetes de Brasília e dos donos do mercado.

Com 5% de apoio, Temer luta por sobrevida

Por Matheus Pichonelli, no site The Intercept-Brasil:

“Se continuar assim, eu vou dizer a você, para continuar 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil passar três anos e meio”. A frase é menos irônica do que profética. Foi proferida pelo então vice-presidente da República, em setembro de 2015, em um encontro com empresários em São Paulo, sobre a aprovação de Dilma Rousseff, divulgada dias antes pelo Datafolha. A então presidente acabava de atravessar o mês de agosto, época de maus agouros na política brasileira, com sua pior avaliação.

Seu governo era considerado ruim ou péssimo por 71% dos entrevistados, enquanto 8% o avaliavam como ótimo/bom. O impeachment, já em gestação, era defendido por 66% dos eleitores, e mobilizava uma multidão às ruas contra o governo. O PIB recuava 1,9% no 2º trimestre, e o país acabava de entrar em recessão técnica. Era difícil, de fato, concluir o mandato, mas os então aliados resolveram (não) colaborar. Na frente da Fiesp, a poderosa federação da indústria de São Paulo, um pato amarelo gigante simbolizava o divórcio entre a classe empresarial e a presidenta reeleita.

Vigília exige liberdade para Rafael Braga

Do site Mídia Lampião
Da Rede Brasil Atual:

Nesta terça-feira (1º), a 1ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deve analisar um pedido de habeas corpus para que Rafael Braga possa responder a seu processo em liberdade. Em São Paulo, será realizado um ato-vigília, a partir das 18h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital.

Convocados pela Frente Alternativa Preta e pela Campanha 30 Dias Por Rafael Braga, outros atos também serão realizados no Rio de Janeiro, em frente ao Tribunal de Justiça do estado, às 17h, e em Brasília, diante do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h.

O Brasil se suicidando... e segue a farsa

Internacionalismo em tempos de emergência

Por Moara Crivelente, no site da UJS:

As forças progressistas da América Latina mobilizam-se em luta árdua contra uma elite virulenta e reacionária engajada na oportunidade fomentada pelo imperialismo estadunidense. Mas em todo o mundo, movimentos sociais, partidos, sindicatos, redes de solidariedade, intelectuais e governos progressistas discutem formas de fortalecer a resistência à agressividade com que a reação se apresenta, se impõe, invade e golpeia. A resistência e a alternativa.

As análises sobre desafios históricos costumam ser demarcadas em tendências, crises ou novas táticas. O que se coloca como pano de fundo, cenário estruturante, catástrofe que permeia os diferentes nós, deve ser sempre evidenciado como o pervasivo desafio posto a toda a humanidade, o capitalismo, o neoliberalismo, o imperialismo.

O "equilíbrio catastrófico" na Câmara

Foto: Glauber Braga/Mídia Ninja
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A verdade é que nem governo nem oposição têm hoje os 342 votos para garantir o quórum de abertura da sessão de quarta-feira para votação da denúncia de corrupção passiva contra Temer. O quadro aponta para uma situação de “equilíbrio catastrófico”, categoria que Antonio Gramsci criou para definir situações em que nenhum bloco da disputa política tem maioria, gerando consequências desastrosas. Se o impasse levar à postergação da votação da denúncia por muito tempo poderá comprometer não apenas as contra-reformas de Temer e outras matérias de interesse do governo mas até mesmo a reforma político-eleitoral que definirá as regras para a eleição presidencial de 2018, que precisam estar aprovadas até o final de setembro. Num regime parlamentarista, o governo cairia.

Aécio é “imprendível”, Dr. Janot!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Alguém, a esta altura, acredita que possa prosperar o novo pedido de prisão preventiva de Aécio Neves, feito hoje por Rodrigo Janot?

Depois de soltos Andrea Neves, Rodrigo Rocha Loures, Geddel Vieira Lima, com tornozeleira, sem tornozeleira, será que há quem ponha fé na aprovação do pedido?

Janot argumenta que a situação de Aécio Neves é a mesma do senador cassado Delcídio do Amaral:


Duas universidades ameaçadas pelo racismo

Por Andréia Moassab e Marcos de Jesus, no site Outras Palavras:

O fato do discurso do deputado federal Sérgio Souza (PMDB/PR) sobre a extinção da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-americana) ser carregado de racismo, xenofobia e de ódio deveria, no mínimo, servir para que setores de esquerda entendam que a luta contra o capital é indissociável da luta contra o racismo, contra o patriarcado e contra tantas outras formas de dominação e de opressão. É preciso parar com debates teóricos hierarquizantes sobre qual luta é a mais fundamental. Não é casual que as duas universidades sob ameaça de extinção por canetadas de Brasília são propostas resultantes de lutas e reivindicações históricas do povo negro e do povo ameríndio, que os inserem em espaços tradicionalmente reservados às elites brancas brasileiras.

Teto dos gastos já prejudica o país

Por Flávio Arantes, no site Brasil Debate:

Além de já estar causando uma série de confusão na mídia sobre o aumento permitido para os gastos públicos, a elaboração do orçamento federal para 2018, sob as regras do teto dos gastos, vai exigir manobras que prejudicarão ainda mais a economia e a população brasileira. No relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018, que dá as orientações de como o orçamento deve ser preparado, o deputado Marcus Pestana (PSDB/MG) afirma que haverá R$ 39 bilhões “a mais” para gastar ano que vem, enquanto a equipe técnica do governo indica que, na prática, esse valor é de R$ 80 bilhões.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Venezuela: Derrota da oligarquia e dos EUA

Editorial do site Vermelho:

A revolução bolivariana saiu vitoriosa este domingo (30), quando ocorreu a eleição dos parlamentares que irão compor a Assembleia Nacional Constituinte. O processo foi convocado pelo presidente Nicolás Maduro para redesenhar o Estado venezuelano e redefinir as regras para o exercício do poder no país.

A direita tumultuou todo o processo, tentou impedi-lo, e mais de 10 pessoas foram mortas em ações que promoveu só no dia da votação. Mas o povo enfrentou todas as ameaças com coragem e dignidade e, soberanamente, escolheu seus representantes para reelaborar a Carta Magna que vai aprofundar a democracia no país.

A incoerência de Sergio Moro

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“Diante da controvérsia decorrente do levantamento do sigilo e da decisão de vossa excelência, compreendo que o entendimento então adotado possa ser considerado incorreto, ou mesmo sendo correto, possa ter trazido polêmicas e constrangimentos desnecessários. (…) solicito desde logo respeitosas escusas a este Egrégio Supremo Tribunal Federal“. (Sérgio Moro, em ofício ao ministro Teori Zavascki, encaminhado ao STF em março de 2016).

Dezesseis meses após encaminhar um aparentemente humilde pedido de desculpas ao falecido ministro Teori Zavascki, então relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz paranaense Sérgio Moro demonstra que o que poderia ser visto como reconhecimento de um erro foi apenas uma estratégia.

A Venezuela criada pela mídia mundial

Por Leonardo Fernandes, de Caracas, no jornal Brasil de Fato:

Apesar da forte campanha pela abstenção realizada pelos partidos de oposição na Venezuela, desde as primeiras horas da manhã deste domingo (30), os eleitores e eleitoras compareceram massivamente aos centros de votação. Em Caracas, a cidade permaneceu dividia em duas: do lado oeste, sessões eleitorais abarrotadas pelo povo; do lado leste, onde se concentram as manifestações opositoras ao governo de Nicolás Maduro que já duram mais de três meses, as ruas estiveram vazias até o começo da tarde.

A concentração opositora na praça França de Altamira só começou pouco depois do meio dia, embora estivessem proibidas segundo a lei venezuelana que, assim como a brasileira, proíbe manifestações políticas durante a jornada eleitoral.

Janot volta a pedir prisão de Aécio ao STF

Da revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi novamente alvo de um pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no início da noite da terça-feira, 31.

Em petição enviada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, Janot justifica o gesto argumentando que o tucano solicitou e recebeu, do empresário Joesley Batista, 2 milhões de reais.

Na época, logo após a revelação dos áudios gravados pelo dono da JBS, Rodrigo Janot fez o mesmo pedido, negado no final de junho pelo Supremo.

O atraso do pensamento econômico no país

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Xadrez de hoje tomou por base uma entrevista com o economista Felipe Rezende, que em breve estará na íntegra no GGN.

Peça 1 – as crises de endividamento

Há três pontos em comum entre as décadas de 1980, 1990 e 2010: um choque de endividamento na economia que paralisou o país por dez anos até que, lentamente, o setor privado (e o público) saíssem da armadilha e começasse a respirar.

A crise de 1980 foi devido a um choque de petróleo e ao pesado processo de investimento da era Geisel – que, pelo menos deixou uma indústria de base implantada.

Wladimir Costa é a cara dos paneleiros

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há uma certa dose de ingenuidade e wishful thinking na cobrança de certa esquerda brasileira em cima dos paneleiros.

A sinfonia das panelas não será mais ouvida porque o objetivo nunca foi “o fim da corrupção” e sim o dos governos do PT.

Michel Temer é bandido de estimação da classe média, assim como Aécio et caterva. Eles são autorizados a roubar porque são como os paneleiros.

Nas palavras do sociólogo Jessé Souza, essa parte da sociedade brasileira é “feita de imbecil pela elite que a explora”.

Quem pariu Jair Bolsonaro?

Meirelles, o lobista, detonou a economia

Por Altamiro Borges

Na cavalgada contra a democracia, a mídia privada – nos dois sentidos da palavra – garantiu aos seus “midiotas” que bastaria derrubar a presidenta Dilma Rousseff para a economia voltar a crescer “instantaneamente”. Os famosos urubólogos, que antes só davam notícias negativas sobre o país, viraram otimistas infantis, garantindo a volta da confiança do “deus-mercado” e dos investimentos. No esforço para justificar o “golpe dos corruptos” e a chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer, a mídia chapa-branca, nutrida com milhões de publicidade, elegeu o velhaco lobista Henrique Meirelles como o herói da retomada do crescimento. Alguns veículos não esconderam a sua torcida para que o czar da economia virasse o novo presidente do Brasil via eleições indiretas no Congresso Nacional. A aposta dos neoliberais, porém, não durou muito tempo e agora tudo descarrilhou.

Mídia acoberta terroristas da Venezuela

Por Altamiro Borges

Apesar das ameaças terroristas dos grupos fascistas e do bombardeio midiático, mais de 8 milhões de venezuelanos lotaram os centros de votação neste domingo (30) e elegeram os deputados da nova Assembleia Nacional Constituinte. Uma vitória da revolução bolivariana, uma demonstração do nível de consciência das camadas populares do país vizinho. Segundo o anúncio da presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, o total de votantes foi de 8.089.320 pessoas, o equivalente a 41,53% do eleitorado. “Foi uma eleição extraordinária, inusual, distinta. O balanço é extremamente positivo, porque a paz venceu, a Venezuela venceu. Apesar da violência, apesar das ameaças, os venezuelanos puderam expressar-se”, afirmou.