quinta-feira, 22 de junho de 2017

O que o filho do Roberto Marinho não disse

A política externa dos golpistas

Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

Os políticos golpistas instalados no poder em 2016 estão reeditando, com agravantes, as páginas mais vergonhosas da história da política externa brasileira. Tal como em situações constrangedoras do nosso passado, a linha de conduta adotada por José Serra, em sua breve passagem pelo comando do Itamaraty, e levada adiante por seu sucessor e “alter ego”, Aloysio Nunes Ferreira, tem como marca a submissão a interesses estrangeiros e o apoio ativo a forças antidemocráticas no exterior.

Esses elementos estão presentes nas três prioridades que, juntamente com a tarefa inglória de obter reconhecimento externo ao governo ilegítimo de Michel Temer, se estabeleceram em lugar da diplomacia “ativa e altiva” do período anterior: a) alinhamento incondicional aos Estados Unidos em todos os temas, fóruns e instâncias do sistema internacional; b) adesão irrestrita à globalização neoliberal; c) envolvimento ostensivo na campanha internacional para depor o presidente venezuelano Nicolás Maduro e esmagar a Revolução Bolivariana, devolvendo o poder à direita local, aliada aos EUA.

STJ rejeita censura à 'Falha de S.Paulo'

Da Rede Brasil Atual:

A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou ontem (21) a veiculação do site Falha de S.Paulo – uma paródia do jornal Folha de S.Paulo. Por quatro votos a um, o colegiado entendeu que a proibição, pedida pela Folha, era uma tentativa de censura e fere à irreverência do direito ao entretenimento. O site estava fora do ar desde que o processo começou, em 2010.

O colegiado também rejeitou a tese da violação de marca, por usar tipologia semelhante, mas o ministro Luís Felipe Salomão rejeitou a tese, já que os dois veículos podem ser reproduzidos se destinadas a fins diferentes.

Parlamentares criam frente nacionalista

Do blog Nocaute:

Deputados e senadores formaram na quarta-feira (21/6) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. Composta por 19 senadores e 201 deputados, a Frente é presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR). A vice-presidente é a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

“A Frente em Defesa da Soberania Brasileira vai contra, fundamentalmente, o domínio do capital financeiro e essa história de privatizar o petróleo, a Petrobras. O petróleo nacional é o sangue do desenvolvimento de qualquer país moderno. Não podemos admitir que quando o mundo inteiro resolve crises de recessão com investimentos públicos (…) que o Brasil encolha investimentos, reduzindo salários e acabando com a demanda interna”, declarou Requião.

Equador denuncia tentativa de golpe

Do blog Resistência:

O vice-presidente do Equador Jorge Glas esteve, na última terça-feira (20), na Comissão de Fiscalização da Assembleia Nacional, onde assegurou que há, no Equador, um processo em curso para dar um golpe de Estado brando, contra o atual governo.

“Há um processo sistemático que tenta desacreditar o governo (…) Está em marcha no Equador um golpe de Estado brando, porém não vencerão” enfatizou o segundo mandatário, em relação à posição de certos setores que propõem o seu julgamento pela sua responsabilidade política no tratamento de setores estratégicos, nos quais foram detectados casos de corrupção.

“Este processo, que tem muitas similaridades com o que ocorreu no Brasil, esconde processos de desestabilização democrática para uma volta ao passado”, afirmou.

Como a Globo caiu nas mãos do FBI

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a corrupção histórica da FIFA

No dia 23 de maio passado, a edição em inglês do El Pais noticiava a prisão de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona de 2010 a 2014, ex-executivo da Nike (https://goo.gl/R9W6yx).

Era uma notícia curiosa. O Ministério Público da Espanha prendeu Rosell e desvendou uma organização criminosa cujo epicentro estava no Brasil.

Preso na Espanha, Sandro Rosell foi quem trouxe a Nike para a Seleção brasileira.. Quando foi preso, El Pais, ABC e Publico manchetaram que “esquema brasileiro cai na França”.

As investigações mostraram que Rosell atuava em parceria com o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira através da empresa Alianto.

A demolição de direitos dos jornalistas

Por Flaviana Serafim, no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

A “reforma” trabalhista (PLC 38/2017), defendida pelo presidente ilegítimo Michel Temer (PSDB), será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta-feira (28), terceira e última comissão na qual a proposta será discutida antes da decisão final pelos 81 senadores no plenário, prevista para a primeira semana de julho.

Nesta terça (21), a base do governo golpista sofreu uma derrota com a rejeição do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) por 10 votos a nove na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na primeira votação, no último dia 6, foram 14 votos a favor e 11 contrários ao relatório na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Temer lesa Pátria

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A verdadeira obstinação com que Michel Temer e sua turma se agarram ao poder a qualquer custo tem causado um profundo e extenso conjunto de maldades ao nosso país. No início, tudo parecia caminhar às mil maravilhas. A unificação dos grupos mais expressivos das classes dominantes em torno do projeto do golpeachment oferecia o sedutor ingresso para adentrar as portas do paraíso. Pouco importava, à época, se o casuísmo implicava destituir sem nenhuma base legal ou constitucional uma presidenta eleita democraticamente pela maioria da população. Afinal, tudo valia para colocar em prática o programa que havia sido derrotado nas urnas.

Jornal Nacional, 48 anos contra o Brasil

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Nesta segunda-feira, 19 de junho, o Jornal Nacional foi um pouco diferente. A inauguração das novas dependências e do cenário do JN deram um tom de autocelebração ao noticiário noturno da Rede Globo de Televisão.

Um novo estúdio, de 1370 m2, com 189 profissionais, 18 ilhas de edição, câmeras robóticas, e toda uma parafernália tecnológica foi apresentada para tentar convencer o telespectador de que o compromisso do Jornal Nacional e da Rede Globo é com o jornalismo, com a “verdade” e com o Brasil. Tudo foi feito “pensando em gente e a serviço da informação” diz a reportagem.

Moro atropela lei brasileira

Por Gustavo Aranda, no site Jornalistas Livres:

O Juiz Sérgio Moro determinou em 2007 a criação de RG e CPF falsos e a abertura de uma conta bancária secreta para uso de um agente policial norte-americano, em investigação conjunta com a Polícia Federal do Brasil. No decorrer da operação, um brasileiro investigado nos EUA chegou a fazer uma remessa ilegal de US$ 100 mil para a conta falsa aberta no Banco do Brasil, induzido pelo agente estrangeiro infiltrado.

Na manhã da última terça-feira (20), os Jornalistas Livres questionaram o juiz paranaense sobre o assunto, por meio da assessoria de imprensa da Justiça Federal, que afirmou não ter tempo hábil para levantar as informações antes da publicação desta reportagem (leia mais abaixo).

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cuba e a marcha ré dos EUA

Charge: Alfredo Martirena/Rebelión
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

O presidente Donald Trump deu marcha a ré em tudo o que vinha sendo feito pelo seu antecessor, Barack Obama, nas relações dos Estados Unidos com Cuba. Já era pouco, embora com clareza, num bom caminho.

Era um processo em marcha lenta, mas é inegável que bons avanços haviam sido realizados pra encurtar as distâncias diplomáticas entre os dois países, que geograficamente estão praticamente colados.

A posição de Trump sobre o assunto já era por demais conhecida, mas ele deixou pra fazer o anúncio oficial no reduto anticubano de Maiami, um foco de contrarrevolucionários fugidos da Ilha desde a época da gloriosa tomada do poder pelo povo, em 1959.


As provas de que o triplex não é de Lula

Do site Lula:

A Defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou suas alegações finais nesta terça-feira (20) no processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba referente a um edifício triplex no Guarujá. Na peça processual, estão anexados documentos que mostram que o imóvel objeto da ação judicial tem, desde 2010, seus direitos econômicos vinculados a um fundo de investimentos controlado pela Caixa Econômica Federal. Isso significa que a OAS, proprietária do bem na escritura registrada em cartório, não poderia fazer qualquer movimentação sem que a Caixa fosse informada, anuísse e recebesse por isso.

Nas trapalhadas do Planalto, a CIA e a URSS

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em meio ao clima de barata voa reinante em Brasília, duas siglas emblemáticas da Guerra Fria se juntaram nesta segunda-feira no pacote de trapalhadas do Palácio do Planalto.

A extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) ressuscitou na agenda presidencial e o chefe da CIA, a central de inteligência americana, teve sua identidade revelada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Antes da partida do voo para Moscou, com três horas de atraso, o site oficial do Palácio do Planalto anunciou a viagem do presidente Michel Temer para a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, a antiga denominação do país durante o regime comunista, que durou de 1917 a 1991.

A recessão brasileira acabou?

Por Ricardo Carneiro, na revista CartaCapital:

Instigados por alguns indicadores positivos da economia brasileira nos últimos meses, a mídia especializada e várias associações patronais decretaram o fim da recessão econômica no País. Uma análise mais equilibrada mostra contudo uma alta ambiguidade desses indicadores, dos quais se pode inferir apenas que a velocidade da queda do PIB tem diminuído.

Concluir diferentemente e enxergar indícios de recuperação parece ser excesso de otimismo. Ou seja, não há respostas para a pergunta se a economia brasileira caminha para a recuperação ou à estagnação, examinando-se exclusivamente os dados estatísticos. Eles têm que ser interpretados por princípios analíticos mais sólidos para conduzir a uma conclusão mais robusta.

Globo decide combater a blogosfera

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Conversa Afiada separou o trecho do discurso de Roberto Irineu Marinho, presidente do grupo Globo, em que ele praticamente admite que a preocupação central da Globo é com os seguintes temas: “guerra da contrainformação”, “fatos alternativos”, “teorias da conspiração” e o “mar de mentiras que nos assola, principalmente através da internet e das redes sociais”.

Segue abaixo, o trecho. Eu volto em seguida para comentar.

(…) A principal característica dessa crise política não é apenas a imprevisibilidade e o alto grau de incerteza, pois isso já aconteceu antes, é a guerra da contrainformação, dos fatos alternativos, das teorias da conspiração e, porque não dizer, do mar de mentiras que nos assola, principalmente através da internet e das redes sociais.

CTB-SP debate os desafios da conjuntura

Do site da CTB-SP:

No próximo final de semana, dias 24 e 25 de junho, a CTB-SP realizará seu 4º Congresso Estadual. A Central reunirá cerca de 250 delegados (as) e dirigentes sindicais para debater a conjuntura política nacional e estadual, aprovar o plano de lutas para o próximo período e a direção que conduzirá a entidade pelos próximos quatro anos.

Segundo Onofre Gonçalves, presidente estadual da CTB, o Congresso acontece em meio ao recrudescimento da luta de classes no país. “É um momento muito difícil da história do país, repleto de crises, desemprego e ameaças aos direitos dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, é um período de tomada de consciência e de mobilização da classe trabalhadora, que tem feito uma luta sem trégua contra o governo Temer e suas reformas”.

A missão de um rato é ser um rato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer caminha, a passos largos, para deixar de ter uma minúscula biografia para ter um extenso prontuário.

Não se pode, claro, dar crédito imediato a todas as acusações, até porque os acusadores são criminosos confessos: Joesley Batista e Lúcio Funaro.

Mas elas vieram acompanhadas de gravações, malas e flagrantes que não são pequenos.

E, ainda mais convincentes por isso, encaixaram-se perfeitamente ao caráter miúdo e às práticas de vida dos acusados.

Shakespeare e a crise brasileira

Por Chico Whitaker, no site da Fundação Maurício Grabois:

Shakespeare, se vivesse no Brasil destes últimos dois anos, teria muita matéria para escrever mais algumas boas peças sobre intrigas e conspirações palacianas. Seguramente cunharia frases mais fortes do que a do príncipe Hamlet, um dos seus mais conhecidos personagens, ao lhe serem reveladas umas tantas coisas que se passavam na corte de que fazia parte: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Mas não deixaria escapar coincidências que até agora, aqui em nossas terras, não chamaram muita atenção. Como as que surgem automaticamente em nossas cabeças ao se ler artigo do jornalista Mauro Lopes, recém publicado no site Outras Palavras: “Meirelles era o presidente do JBS e não sabia de nada”.

Previdência: Excluir para crescer?

Por Bráulio Santiago Cerqueira, no site Brasil Debate:

Muito se discute sobre a proposta de reforma da previdência (PEC no 287/2016) enviada pelo governo ao Congresso em dezembro de 2016, e agora em fase de votação na da Câmara (Substitutivo do relator). Pouco se fala, no entanto, da excepcionalidade da conjuntura econômica atual e dos pressupostos ortodoxos da reforma. Trazer estas questões à baila permite compreender que a proposta governamental não constitui exigência fiscal ou demográfica incontornável, muito menos escolha socialmente promissora.

A excepcionalidade do contexto econômico da reforma: recessão e colapso da receita previdenciária

A economia brasileira encontra-se em recessão desde fins de 2014. A retração média do PIB entre 2014 e 2016 chegou a – 2,3% a.a., queda superior às experimentadas no auge da crise da dívida externa no período 1981-1983 e na sequência do Plano Collor entre 1990 e 1992 [1].

A derrota dos golpistas no Senado

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                            
O governo ilegítimo continua dispondo de ampla maioria, tanto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) como no plenário do Senado, para aprovar a reforma trabalhista. Ainda mais por tratar-se de projeto de lei, cuja aprovação depende de maioria simples.

No entanto, a vitória da oposição por 10 votos a 9, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, nesta terça-feira, 20 de junho, vai além do aspecto meramente simbólico. Ela pode ser um fator de fortalecimento da luta contra as reformas, pelo Fora Temer e Diretas Já.