terça-feira, 11 de outubro de 2016

Lula e o timing político da Lava Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

É incrível como o timing da Lava Jato serve perfeitamente aos interesses da direita.

Se alguma amiga ou amigo seu não lobotomizada(o) pela mídia familiar ainda duvida da parcialidade e do uso político da operação, lembre-a(o) disso: o timing das ações midiáticas da Lava Jato coincide demais com os interesses políticos da direita para que tenhamos o direito de acreditar em coincidências.

Começou às vésperas das eleições de 2014, com vazamentos seletivos para tentar interferir na eleição e evitar a vitória de Dilma.

Petrobras e a geopolítica do golpe

Por Amílcar Salas Oroño, no site Carta Maior:

A aprovação da modificação do marco regulatório da exploração do petróleo no Brasil constitui não somente um enorme retrocesso soberano para o país como também a confirmação de que, independente das motivações internas, o golpe contra Dilma Rousseff também estava pautado pelas necessidades e conveniências dos interesses externos.

Tal como afirmou Edward Snowden, o Brasil foi um dos países mais espionados do mundo, um dos alvos preferenciais da Agência Nacional de Segurança (NSA, por sua sigla em inglês). Dentro dos âmbitos de interesse prioritários norte-americanos figuravam tanto as atividades pessoais da própria presidenta Dilma como os movimentos realizados pela empresa Petrobras.

Como deter a virada à direita

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Como deter a virada à direita? Esta é a questão que as pessoas que se consideram à esquerda têm se colocado há algum tempo. Ela está sendo lançada, de diferentes maneiras, na América Latina, em boa parte da Europa, nos países árabes e islâmicos, no sul da África e no sudeste da Ásia. A questão é ainda mais dramática porque, em mutos destes países, a virada segue um período em que houve uma certa guinada à esquerda.

A "sensação térmica" da derrota

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

O golpe consumou-se com a votação final do impeachment da presidenta Dilma, mas para a maioria dos militantes e ativistas das forças de esquerda o sentimento de derrota abateu com profundidade após o resultado das eleições municipais. Tal qual o conceito de sensação térmica (que mensura a forma como nossos sentidos percebem a temperatura e não a temperatura real) para além dos resultados objetivos das urnas, pesou a capacidade dos grandes meios de comunicação em converter um esperado resultado desfavorável numa versão de "legitimação" do golpe nas urnas.

PEC-241 congela gastos sociais por 20 anos

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Mais um golpe foi dado nesta segunda-feira (10). Por 366 votos a 111, parlamentares da base aliada de Michel Temer aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que impõe um teto para os gastos públicos por 20 anos, afetando áreas sensíveis como saúde e educação.

O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), afirmou que a legenda não é contra um ajuste fiscal, mas esta proposta não representa uma medida viável para equilibrar as contas do país. “Essa PEC só favorece os ricos. Não se fala em taxar as grandes fortunas deste país. Prefere cortar creches, postos de saúde, programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida", critica o parlamentar.

Freixo e os fantasmas conservadores

Por Marcelo Baumann Burgos, na revista CartaCapital:

Em contextos de estabilidade política é de se esperar que a competição eleitoral gravite em torno da prova de “títulos”, entre candidatos que pretendem se apresentar como bons gestores, como se estivessem concorrendo a presidente de uma empresa, ou ainda ao papel de síndico, tão frequentemente evocado. Há também a prova da honestidade, como se esta não fosse uma obrigação, mas sim um atributo que serviria de critério determinante para a definição do voto.

Vamos ter uma catástrofe. PEC-241 passou

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A festa dos governistas no plenário foi um deboche. A palavra “hiena”, usada pela deputada Érica Kokay ao falar dos risos da maioria foi retirada dos anais mas aqui vai ficar. Os governistas riram como hienas, na hora do triunfo na votação da PEC 241, pois o que ela trará é muito sofrimento. Se a PEC vingar no segundo turno e depois no Senado, catástrofe é o que virá com o gasto publico congelado, e não o contrário, como disse Michel Temer.

Temer e a maldição dos homens decorativos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na peça Chicago, há um personagem chamado Homem Celofane. Ninguém o enxerga. Ninguém o nota. Ele pode estar ao lado de uma cadeira velha. As pessoas vão ver a cadeira.

Na vida cotidiana, há muitos homens celofanes. Eles não têm charme, não têm carisma, não têm tiradas espirituosas que os retirem do anonimato em que repousam.

Temos, no Brasil de hoje, um homem celofane na presidência.

A bomba de neutrons no Orçamento

Ilustração: Paulo Batista
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A maioria da Câmara, que há menos de um ano, votava em massa as “pautas-bomba”, criando despesas a granel, agora vota o corte mais drástico no Orçamento Público.

Tiram, por imensa e avassaladora maioria, direitos garantidos ao povo brasileiro há quase 30 anos, desde a Constituição de 1988.

Estamos vivendo um retrocesso como jamais se viu desde a redemocratização, ou até mesmo antes dela.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Os deputados que aprovaram a PEC da Morte

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O "golpe dos corruptos", que levou ao poder a gangue de Michel Temer, acaba de produzir mais um resultado danoso para a sociedade brasileira. Por 366 votos a favor, 111 contrários e duas abstenções, a Câmara Federal aprovou na noite desta segunda-feira (10) a Proposta de Emenda Constitucional - PEC-241 -, que congela os gastos públicos em saúde, educação e em outras áreas vitais à população mais carente do país. Já batizada de PEC da Morte, o projeto serve exclusivamente aos interesses das elites empresariais, principalmente à oligarquia rentista, que seguirão sugando fortunas do erário com os juros da dívida pública. No ajuste fiscal do Judas Michel Temer, os trabalhadores entram com o pescoço e os tubarões, com a forca! A PEC-241 é mais um golpe dentro do golpe!

Gregório Duvivier explica a PEC-241

Seja camelô, seja o herói da 241!

Alexandre de Moraes, falastrão e corrupto?

Por Altamiro Borges

Alexandre de Moraes chegou em Brasília com a bola toda. Ele parecia o homem talhado para o cargo de ministro da Justiça do covil golpista. Como secretário de Segurança de Geraldo Alckmin (PSDB), ele ganhou a simpatia e os holofotes da mídia ao agir com truculência contra os movimentos sociais, principalmente contra os secundaristas que ocuparam as escolas públicas de São Paulo. Ele também mostrou eficiência ao fraudar os dados sobre os homicídios praticados pela polícia e ao atuar em conluio com setores do Ministério Público, escondendo os pobres do tucanato paulista. Ao ocupar um cargo estratégico no governo ilegítimo, ele já era tido como peça-chave na repressão e no esforço para "estancar a sangria" da midiática Operação Lava-Jato. Seria a expressão da nova ditadura no país!

O banquete macabro da PEC da Morte

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Num futuro próximo, o regabofe oferecido pelo Judas Michel Temer na noite deste domingo (9) para 210 deputados federais e seus familiares até poderá ser chamado de o banquete macabro da PEC da Morte. A cena inóspita, em pleno Palácio da Alvorada e com grana pública, serviu para enquadrar os parlamentares que devem votar ainda nesta semana a Proposta de Emenda Constitucional, PEC-241, que limita os gastos em saúde, educação e assistencial social pelos próximos 20 anos. Com seu jeito de vampiro, o usurpador discursou por alguns minutos e ameaçou os que criticam a medida nefasta. "Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo ou qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a medida do teto de gastos públicos não pode ser admitida", esbravejou.


Economia afunda e mídia tenta salvar Temer

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, que por seu protagonismo no 'golpe dos corruptos' passou a ser agraciada com generosos aumentos das verbas publicitárias, tem feito um baita esforço para esconder o agravamento da crise econômica brasileira. Os famosos "urubólogos", que durante o governo Dilma juravam que o país já queimava no inferno, agora esbanjam otimismo - talvez para justificar a propina do Palácio do Planalto. Antes, eles berravam: a economia está ruim e vai piorar! Agora, eles juram que até os dados negativos sinalizam uma melhora no futuro! Bastou o impeachment de Dilma e o assalto ao poder da gangue de Michel Temer para o Brasil deixar o inferno e ingressar no paraíso.

As mentiras do demagogo João Doria

Por Altamiro Borges

O empresário-picareta João Doria venceu no primeiro turno as eleições para a prefeitura de São Paulo com base numa propaganda mentirosa e demagógica. Com maior tempo no horário 'gratuito' de rádio e tevê - e ainda contando com uma ajudinha da TV Globo, que lhe garantiu alguns minutos a mais no último debate da campanha -, ele jurou que nunca foi político, travestiu-se de "João trabalhador" e fez inúmeras promessas. Na onda conservadora que varre o país, muitos "midiotas" confiaram no ricaço e lhe garantiram 53% dos votos nas urnas. Mas até mesmo seu padrinho político, o governador tucano Geraldo Alckmin, conhece as bravatas midiáticas do novato no ninho.

Michel Temer e o golpe do petróleo

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

A onda de golpes que ocorre na América do Sul e as tentativas de desestabilizar os governos de esquerda no continente, democraticamente eleitos, devem ser compreendidos não de forma isolada, mas, sim, dentro de uma percepção mais ampla dos interesses econômicos internacionais sobre a região. Com descoberta do petróleo na camada do pré-sal na costa brasileira, estima-se que o Brasil possa se tornar a terceira maior reserva do mundo, atrás apenas de Venezuela – a maior reserva do planeta – e da Arábia Saudita.

Haddad é ovacionado em ato na Paulista

Da revista Fórum:

O ato “Valeu, Haddad” reuniu manifestantes na tarde deste domingo (9) na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, em apoio ao prefeito Fernando Haddad (PT), que ficou em segundo lugar na votação do último domingo (2), quando tentou a reeleição ao cargo. O candidato João Doria (PSDB) foi eleito com 53%.

O dilema da esquerda na atualidade

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O ciclo político da Nova República, a partir de 1985, tem produzido sucessivas fases de auge e crise nas principais agremiações partidárias. A herança do bipartidarismo consentido pela Ditadura Militar (1964 – 1985), sem a realização efetiva de uma reforma política estrutural, conforme pleiteado pelo documento Esperança e Mudança, de 1982, terminou parindo no regime democrático o pluripartidarismo sustentado pelo pragmatismo sem conteúdo programático e pelo personalismo oportunista das trajetórias individuais dos mandatos.

A decrepitude de Serra vira chacota

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O GGN foi o primeiro órgão a alertar para os sinais de senilidade precoce do chanceler José Serra. Desde que assumiu a chancelaria, as manifestações de Serra, as poucas entrevistas concedidas, em vídeos no Youtube, mostravam um estilo estranho, pastoso, lento.

No início, se supos que fosse Serra tentando envergar os gestos formais dos diplomatas. O episódio dos Brics, no entanto, consolidou as suspeitas sobre sua possível decrepitude. Não era meramente alguém sob efeito de remédios. A lentidão de raciocínio, a inclusão da Argentina nos Brics e outras tolices mostravam que, mais do que desinformação, algo se passava com o cérebro de Serra.