sexta-feira, 6 de maio de 2016

Atos escracham a Globo em todo o país

Por Gisele Brito, no jornal Brasil de Fato:

A Frente Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e a Frente Brasil Popular organizam nesta quinta (5), em diversas cidades do Brasil o Dia Nacional de Luta contra o Golpismo Midiático. O objetivo é denunciar como o monopólio das comunicações contribui para o apoio da opinião pública ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff que, para os manifestantes, é um golpe.

Em São Paulo, o ato se concentrou no começo desta noite no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e marchou em direção ao prédio da Gazeta, onde fica a antena da Rede Globo. Cerca de 50 pessoas participaram do "cortejo fúnebre", protagonizado por um caixão em que estavam coladas capas de revistas e logotipos de emissoras de TV.

Queda de Cunha não livra STF da vergonha

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                
Tudo é feito de forma cronometrada e sincronizada para jogar lenha no fogueira do golpe. Cada instituição cumpre à risca seu papel ensaiado no submundo da política.

É forçoso reconhecer a precisão desse sistema de inteligência montado no Brasil, mas que conta certamente com ramificações internacionais.

Desde que foram capturadas pelos que se insurgiram contra a quarta derrota eleitoral consecutiva, as peças golpistas incrustadas no Estado brasileiro sempre se moveram no momento mais favorável ao objetivo de roubar os 54 milhões de votos e o mandato da presidenta Dilma.

Golpe tem "cérebro e cofre" fora do país

Por Marcello Antunes, no blog O Cafezinho:

O ex-presidente da OAB, Marcello Lavenère, que foi um dos advogados que assinou a denúncia com pedido do impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor, afirmou nesta terça-feira (3) que o “cérebro” da armação do impedimento sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff está fora do País, não está na Fiesp ou atrás dela. Segundo ele, o impeachment não é contra um presidente, como foi no caso do Collor, mas sim contra a redução das desigualdades sociais, contra o aumento da renda a valorização do salário mínimo e todas as conquistas dos últimos treze anos – mas também contra a independência da política externa brasileira. Em sua apresentação na comissão especial que avalia o impeachment gestado por Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, Lavenère apontou as disparidades entre o que ocorreu com Collor, onde havia crime, e o que está acontecendo com Dilma, onde se tenta criar um crime para afastá-la.

O "golpeachment" e as expectativas

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Existem várias teorias e abordagens no campo da economia que procuram analisar os efeitos das expectativas criadas pelos chamados “agentes econômicos” sobre as principais decisões nesse domínio, tais como o consumo, o investimento, a poupança e a formação de preços de uma forma geral.

A sofisticação dos modelos vai desde a definição de termos como “expectativas racionais” até o descontrole de atuação dos indivíduos ou empresas em momentos como o do chamado “efeito manada”. Assim, em um extremo haveria comportamentos determinados por uma suposta característica de racionalidade, que seria um elemento intrínseco aos processos de tomada de decisão. Afinal, como somos todos “homo sapiens”, esperar-se-ia que ao fim e ao cabo imperaria o domínio do ser racional como ente coletivo e social. Na outra ponta explicativa, haveria um comportamento irracional e descontrolado, sempre causador de aprofundamento negativo de tendências potencialmente presentes em momentos e espaços de decisão econômica.

Pobre e podre política brasileira

Por Frei Betto, no site da Adital:

Pobre política dos tapinhas nas costas, das mãos ansiosas por punhais sob sorrisos amarelos, dos potes de mágoas derramados no coração.

Pobre política dedicada cinicamente ao papai, à mamãe e ao filhinho, e das maledicências esgueirando-se por gabinetes, a corroer dignidades, esgarçar patrimônios morais e aspergir cizânia nos campos da decência.

Pobre política da pose maquiada para a foto, abraço descosturado de afetos, olhar altivo, o "papagaio-de-pirata" empoleirado sobre o alpiste da fatura de votos.

Alckmin "financiou" Cristovam Buarque?

Da revista CartaCapital:

No último dia 1º, Luiz Fernando Emediato, ex-coordenador da campanha do senador Cristovam Buarque à Presidência em 2006, usou sua página no Facebook para acusar o hoje senador pelo PPS-DF de receber dinheiro do PSDB em troca de apoio a Geraldo Alckmin no segundo turno daquele pleito. 

No texto O drama de Cristovam Buarque, Emediato afirma que “premido pelas circunstâncias - a necessidade de pagar seus marqueteiros", Cristovam "acabou aceitando dinheiro de caixa 2" para a campanha presidencial, feita então pelo PDT.

Por que só agora Teori se mexeu?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Está havendo uma festa estridente com o afastamento enfim de Eduardo Cunha da presidência da Câmara.

É como se o Brasil estivesse se livrando de um câncer.

O ministro Teori, depois de mais de quatro intermináveis meses, aceitou o pedido de remoção de Cunha feito pelo procurador geral Janot.

Mas o foguetório não pode esconder uma questão crucial: por que só agora Teori se mexeu?

A máfia atira ao rio o seu pistoleiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Duas horas e meia de um relato dantesco da atuação criminosa de Eduardo Cunha ao longo de meses no voto de Teori Zavascki sobre o afastamento do deputado da Presidência da Câmara.

Dois ou três minutos de cada ministro, ao menos até agora, acompanhando seu voto.

Um pouco mais extensa a fala de Gilmar Mendes, mas em completo alinhamento com Zavascki.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Queda de Cunha pode anular impeachment

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Conforme o ministro Teori Zavascki ia explanando as razões pelas quais aceitou (com quase cinco meses de atraso) a moção do procurador-geral da República, feita em dezembro último, pelo afastamento do agora ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, muitos dos que assistiram àquela cena podem ter se surpreendido.

Enquanto os golpistas babam ódio contra Dilma Rousseff e Lula, acusando-os de tudo e mais um pouco, a Casa dos Representantes do Povo jazia paralisada pela ação de Cunha, eximindo-se de votar matérias de interesse da nação em benefício único e exclusivo do agora já defenestrado ex-presidente daquela Casa.

A indiferença nazista da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A entrevista com o professor Wanderley Guilherme, publicada hoje no Cafezinho, traz um alerta importante a todos os brasileiros, em especial à comunidade política: estamos entrando num período de profundas instabilidades, porque o golpe, até o momento, foi apenas político. Para se consumar integralmente, ele precisará ser também um golpe social, ou seja, terá que usar de violência para coagir, intimidar e aniquilar todas as instâncias sociais que não o aceitam como um processo democrático e legítimo.

Alckmin e o fechamento das salas de aula

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Apesar de derrotado pela mobilização estudantil em 2015 e proibido pela Justiça de colocar em prática a chamada reorganização escolar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), continua fechando escolas por baixo do pano e sob vistas grossas da grande mídia paulista. Ou seja, está em marcha uma reorganização tucana da rede pública de ensino, silenciosa e planejada com fins de reduzir o investimento público.

Pós-Cunha e o destino do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Chegamos ao ponto de o STF afastar um presidente da Câmara porque faltou vergonha na cara à maioria dos deputados, boa parte dela devedora de vassalagem a Eduardo Cunha. É verdade que com 125 dias de atraso em relação ao pedido do procurador-geral apresentado em 15 de dezembro, período em o presidente da Câmara abriu caminho para o impeachment da presidente Dilma num processo que fere a democracia brasileira e desata uma crise de desfecho imprevisível.

Temer repassa "tarefas difíceis" a Cunha

Cunha e o banditismo do impeachment

Por Jeferson Miola

Ganha uma viagem à lua com direito a um passeio sideral quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de dezembro de 2015 e que passou a existir neste 5 de maio de 2016 para o juiz do STF Teori Zavascki finalmente determinar o afastamento de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.

Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público.

João Doria, o “sem vergonha” ficou nu!

Por Altamiro Borges

Na campanha para se tornar o candidato do PSDB à prefeitura paulistana, o empresário-picareta João Doria, o Junior, relembrou a sua conduta fascista na origem do fracassado movimento "Cansei", que reuniu a nata da elite no início do segundo mandato de Lula. Arrogante e agressivo, ele assustou até históricos tucanos, que foram atropelados pelo 'filhote' de Geraldo Alckmin. Em vários discursos, ele se referiu ao ex-presidente como "sem-vergonha", "cara-de-pau", "bandido" e outros adjetivos. Mas a vida é cruel. E agora, com a revelação das suas contas ilegais no exterior, é João Doria - e, de quebra o seu padrinho, o governador paulista - que fica com a pecha de "sem-vergonha" e "bandido".

Depois do golpe, STF "descarta" Cunha

Por Altamiro Borges

Após comandar o golpe no Brasil - com várias trapaças regimentais e as cenas patéticas da aprovação do impeachment de Dilma transmitidas ao vivo -, o correntista suíço Eduardo Cunha parece que está sendo descartado como bagaço pela direita nativa. Nesta quinta-feira (5), o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar suspendendo o seu mandato e, como consequência, afastando-o da presidência da Câmara dos Deputados. A medida ainda será analisada pelo pleno do STF e o lobista, famoso por suas práticas agressivas, já anunciou que resistirá à decisão. O Judas Michel Temer, seu aliado na conspiração, que se cuide com o ventilador no esgoto.

CPI propõe maior controle da internet

Por Étore Medeiros, na Agência Pública:

Depois de quase um ano de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados terminou, nesta quarta-feira (4), com a proposta de ampliar o controle sobre a internet no Brasil. Mais que combater crimes on-line, os projetos de lei apresentados como resultado da CPI colocam em risco a privacidade e a liberdade de expressão dos internautas brasileiros.

A votação do relatório final da CPI aconteceu na mesma semana em que uma ordem judicial suspendeu o WhatsApp por mais de 24 horas, alterando a rotina de milhões de brasileiros. Embora tenham demonstrado preocupação com o efeito dos bloqueios, os deputados preferiram manter no relatório final a possibilidade de suspensão de páginas e aplicativos. Foram excluídos apenas os mensageiros instantâneos.

Você não pode ficar calado!

Monopólio da mídia não é gol; é golpe!

Torcedores do Santa Cruz exibem faixa contra a Globo em partida pela Copa do Nordeste
Por Felipe Bianchi, no site Vermelho:

Esqueça aquele papo de que o futebol é o ópio do povo. No Brasil, as coisas estão esquentando e parece que o golpe em curso contra a democracia, amparado pelos grandes meios de comunicação e, em especial, a Rede Globo, esquentou de vez o clima nas arquibancadas.
Já são incontáveis as manifestações de torcidas e grupos de torcedores nas ruas e nos estádios, e o papel jogado pelo monopólio midiático no processo ilegal de impeachment de Dilma Rousseff deve ser o estopim de uma nova fase de luta e resistência.

Queda de Cunha é mais um lance do golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois de fazer o que se esperava dele, coordenar o processo de impeachment de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi afastado do mandato e do cargo pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.

Antes se assegurou que nada iria dar errado. Esperou-se que o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), um golpista que não se intimida de ter praticado as mesmas ações administrativas que estão levando Dilma ao impeachment quando era governador do seu estado, fizesse um relatório condenando-a.