domingo, 11 de outubro de 2015

Cunha tem muito o que aprender com Maluf

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Paulo Maluf é um dos grandes comunicadores da história recente do país. Calhou de ser um dos mais políticos mais corruptos também, o que – para muitos eleitores – é apenas um detalhe.

Questionado sobre suas contas no exterior, que receberam milhões desviados dos cofres públicos de São Paulo, repetiu por sua própria boca ou pela de seus assessores uma frase que se tornou icônica: “Paulo Maluf não tem nem nunca teve conta no exterior''.

Quem recomendou rejeitar contas de Dilma?

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Está nas mãos do Ministério Público Federal do Distrito Federal o relatório produzido por investigadores da Operação Zelotes que apontam indícios de que Augusto Nardes, o ministro do Tribunal de Contas da União, recebeu R$ 1,6 milhão de vantagem no escândalo do Carf. O conselho vinculado ao Ministério da Fazenda é encarregado de julgar recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal, e a Operação investiga possíveis fraudes para comprar decisões do Carf.

A democracia fora das regras do jogo

Por Adriana Ancona de Faria, no blog O Cafezinho:

As ameaças de impeachment têm sido recorrentes desde o primeiro dia de mandato da presidente Dilma, nesta sua última eleição.

Algumas questões foram muito bem trabalhadas por Frederico de Almeida, no artigo que publicou ontem, dia 08 de outubro de 2015, no blog Justificando e que recebia o nome de “Impeachment é mais político que jurídico?”.

Por que o Brasil não deslancha?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Na economia globalizada, sob o império do capitalismo monopolizado e o reino do sistema financeiro, condicionada por acordos tarifários e comerciais e o protecionismo imposto pelos grandes mercados consumidores, além da guerra entre blocos, a indústria nacional precisa de estratégia, desenvolvimento de produto, logística e gestão da produção –além de tecnologia de fabricação.

É a conditio sine qua non para um mínimo de competitividade, mesmo no mercado interno. Mas, no Brasil, o desenvolvimento cientifico e tecnológico é relegado a segundo plano pelas chamadas elites, especialmente as empresariais, com impacto nas políticas governamentais, descontínuas, à mingua de estratégia.

As eleições argentinas vistas do Brasil

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Pelas implicações diretas que há para o Brasil, provavelmente não exista país sobre o qual o peso da ideologia conservadora pese tanto quanto em tudo o que se refere à Argentina. A própria similaridade de vários aspectos da história dos dois países facilita as comparações e a utilização do que ocorre num deles para fazer a luta ideológica e política no outro.

Por que o PSDB agora corteja Toffoli?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os elogios rasgados do deputado tucano Carlos Sampaio ao trabalho do ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, na campanha de 2014, contrariam sua denuncia de fraude feita um ano atrás mas atendem a uma necessidade política do PSDB em 2015. Podem ajudar na nomeação de Gilmar Mendes como relator da AIME 761, investigação destinada alimentar a tentativa de cassar a chapa Dilma-Temer no TSE.

TSE aprovou R$ 10 mi de Caixa-2 para FHC

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A severidade com que o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da União tratam a presidente Dilma sugere que esses Tribunais seriam uma espécie de “guardiões da moralidade”. Porém, matéria da Folha de São Paulo publicada em 2000 mostra que hoje, no Brasil, mais do que nunca vale a máxima “Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”.

A mídia virou o palco dos patetas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não me esqueço dos “politicamente corretos” que, nas manifestações de 2013, me criticaram por dizer que o rapaz que se tornava conhecido como “Batman do Leblon” (na verdade, morador do subúrbio de Bento Ribeiro) tinha algum problema sério de comportamento.

Desculpem-me estes, certamente de boa-fé, mas o Brasil desenvolve um processo de imbecilização em massa que deixa aquela história dos “15 minutos de glória” do Andy Wharol parecendo de uma antiquadíssima discrição.

O discurso e o método dos golpistas

Por Geniberto Paiva Campos, no site Vermelho:

1.“Não discuta, não argumente, é desnecessário. Apenas repita, eles acabam entendendo”. Esta foi a recomendação enfática, anunciada num inglês perfeito, com legendas em português, por um jovem brasileiro aparentemente de classe média, em um vídeo de estética impecável, produzido profissionalmente, tendo como público alvo presumido outros jovens brasileiros e segmentos da classe média do país.

As nebulosas transações de Aécio Neves

Por Rogério Correia e Ilson Lima, no blog Viomundo:

O deputado Rogério Correia (PT) se reúne na terça-feira (13/10) com o promotor Eduardo Nepomuceno, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem entregará documentação referente às nebulosas transações entre a Cemig e a empreiteira Andrade Gutierrez. O parlamentar irá, objetivamente, contribuir no processo em andamento naquela promotoria, que estava em banho-maria, mas que com a Operação Lava-Jato voltou com carga total nos últimos dias.

Pedaladas, pilotadas e navegadas

Por José Carlos Peliano, no site Carta Maior:

A pedalada fiscal teve origem e passou a ser conhecida pela divulgação na mídia quando outrora era chamada de manipulação de dados ou manobra fiscal. Exemplo de providência usada e em uso para melhorar ou maquiar a apresentação da contabilidade fiscal das administrações de governo.

Na verdade, os mecanismos e expedientes postos em prática não diferem em essência do que se faz quando se quer vender melhor o peixe, dourar a pílula, captar votos, seduzir o outro ou ganhar adeptos. Os lobistas sabem bem disso, profissionais de marketing, as opiniões dos jornalistas de fala, vídeo e escrita, entre outros.

A pressa e a narrativa do golpe

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Passada a batalha do TCU, e antevendo que as contas de Dilma não terão o julgamento final e definitivo pelo Congresso ainda este ano, a oposição resolveu acelerar a marcha do impeachment com base apenas no parecer do tribunal de contas. Se o impeachment não sair este ano, dificilmente sairá em 2017. Nem o país aguentaria. Mais tarde pode ser tarde. Mais tarde Eduardo Cunha pode não estar no cargo para ajudar. O dilema da oposição é que, queimando etapa, fortalece a percepção do afastamento como golpe, como virada do jogo eleitoral perdido no tapetão de um impeachment cavado como pênalti por certos times.

Queda da extrema pobreza não dá manchete

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado pelo insuspeito Banco Mundial nesta semana confirma que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população. O próprio economista Emmanuel Skoufias, especialista da instituição, disse que ficou surpreso com a redução da miséria no país. Mesmo assim, a mídia hegemônica - que no seu complexo de vira-lata adora alardear os dados negativos da economia brasileira - não deu destaque para a alvissareira notícia. Ela não virou manchete nos jornalões, nem capas das revistonas semanais e nem motivo de elogios na rádio e tevê. Desta forma, como o governo não possui influentes meios de comunicação, o estudo do Banco Mundial virou uma não notícia para a maioria dos brasileiros.

sábado, 10 de outubro de 2015

RBS/Globo protege as “contas” de Nardes

Por Altamiro Borges

O ministro Augusto Nardes ganhou os seus minutos de fama nesta semana ao propor a rejeição das contas do governo Dilma. Seu frágil relatório, aprovado por unanimidade no anódino Tribunal de Contas da União (TCU), foi motivo de festança para os convidados especiais da sessão – entre eles, o fascista mirim Kim Kataguiri, o jagunço Paulinho da Força e vários parlamentares do PSDB, DEM e PPS. A mídia também deu destaque para a decisão “histórica”, afirmando que ela reforça a cavalgada pelo impeachment da presidenta. Todos os golpistas elegeram Augusto Nardes como o herói da semana. Mas a bajulação não vai durar muito tempo. Nesta semana, a Operação Zelotes confirmou que o “ético” ministro está metido num bilionário esquema de fraude fiscal no Rio Grande do Sul. Ele teria facilitado as mutretas da RBS, a afiliada da TV Globo no Estado.

Direita abandona Cunha, o bagaço golpista

Por Altamiro Borges

Em nota conjunta divulgada neste sábado (10), as principais siglas da oposição finalmente decidiram abandonar Eduardo Cunha. O presidente da Câmara Federal virou um estorvo para o plano golpista do impeachment de Dilma. Como bagaço, ele agora foi jogado no lixo. O lobista nem pode reclamar da traição. Afinal, a oposição deu total apoio a Cunha na sua cruzada insana para desgastar o governo federal. Festejou a sua vitória para a presidência da Casa e garantiu respaldo às suas ações e projetos irresponsáveis e direitistas. A descoberta das contas secretas na Suíça, porém, dificultou a blindagem e explica a postura oportunista destes partidos expressa na lacônica nota reproduzida abaixo:

Metrô, mídia e os segredos de Alckmin

Por Altamiro Borges

Questionado na Justiça e bombardeado nas redes sociais, o governador Geraldo Alckmin finalmente decidiu recuar na decisão ditatorial de impor sigilo de 25 anos para todos os documentos referentes ao Metrô de São Paulo. Tornados "ultrassecretos", a sociedade teria ainda maiores dificuldades para descobrir os corruptos do "trensalão" - o esquema de propina envolvendo poderosas multinacionais e vários tucanos de alta plumagem - e as razões dos atrasos nas obras deste setor, que causam tantos prejuízos aos paulistas. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca já tenta aliviar sua imagem. A revista Época, por exemplo, postou no maior cinismo que "Alckmin revoga sigilo de 25 anos dos documentos do metrô" - como se o governador não tivesse qualquer culpa pelo ato suspeito.

Greve dos bancários e as tarifas abusivas

Por Altamiro Borges

Deflagrada na última terça-feira (6), a greve nacional dos bancários cresce a cada dia que passa. De acordo com os sindicatos da categoria, ela já tem a maior adesão dos últimos dez anos. No caso da capital paulista, a paralisação atingiu 52 mil trabalhadores nesta sexta-feira - com o fechamento de 23 centros administrativos e 667 agências bancárias. "A semana termina com os bancários fazendo uma das greves mais fortes dos últimos anos. A categoria está indignada com a proposta feita pelos bancos, mesmo com lucro liquido de 36 bilhões de reais no semestre. O silêncio dos banqueiros fez a greve crescer”, explica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Aécio é o pior perdedor da nossa história

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em meio a tantas incertezas, uma coisa é fato: Aécio é o pior perdedor da história do Brasil.

Faz já mais de um ano que ele não se dedica a outra coisa que não tentar derrubar, por meios grotescos, quem o derrotou.

Ele não teve grandeza em nenhum momento. Já começou tentando colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.

Alckmin e a transparência à força

Da revista CartaCapital:

Assim caminha o escândalo dos trens e metrôs em São Paulo. Ninguém está preso, não se criou uma força-tarefa para investigar o escândalo e nenhum dos suspeitos foi mantido sob constrangimento atrás das grades para ser forçado a assinar um acordo de delação premiada.

Poderia ser pior: na surdina, o governador Geraldo Alckmin chegou a decretar o sigilo por 25 anos de centenas de documentos do transporte público metropolitano, incluídos arquivos da CPTM e do Metrô.

Por que a esposa de Cunha não é presa?

Por Renato Rovai, em seu blog:


O juiz Sérgio Moro, que costuma ser muito rápido no gatilho ao investigar pessoas ligadas ao PT, tem nas mãos a possibilidade de mostrar que sua celeridade não é seletiva.

Documentos enviados por autoridades da Suíça apontam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a sua esposa movimentaram contas bancárias no país que foram alimentadas por dinheiro sujo da operação Lava Jato.