quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

EUA e Cuba: "Uma decisão histórica"

Do governo gestor ao governo de combate

Por Wladimir Pomar, na revista Teoria e Debate:

Em 2010, ao iniciar seu primeiro mandato, o governo Dilma já encontrou um cenário internacional e um cenário nacional diferentes dos enfrentados pelo governo Lula, entre 2003 e 2007. Nesse período, a entrada da China na OMC e sua ascensão, assim como a de outros países da Ásia oriental, no mercado mundial beneficiaram a economia brasileira de diferentes maneiras. Em primeiro lugar, pela elevação da importação de commodities minerais e agrícolas, permitindo altos saldos na balança comercial brasileira. Em segundo lugar, pela produção de manufaturados de baixo preço em grande escala, forçando a inflação mundial e também nacional a ser reduzida. Em terceiro lugar, por alcançarem um nível de acumulação de capitais que os obrigou a exportar capitais e contribuir para o reerguimento industrial e econômico de inúmeros países.

EUA, Cuba e a vitória do Brasil

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois de passar meio século em operações sombrias para derrubar o governo nascido da revolução de Sierra Maestra por todos os meios ao alcance do império, Washington tomou uma medida de acordo com o estágio de civilização criado pela formação dos Estados Nacionais, lá pelos séculos XVIII-XIX.

Anunciado ontem, o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba tem uma utilidade suplementar no Brasil: coloca em seu devido lugar o anti-comunismo primitivo que fez uma grande aparição na da última campanha presidencial.

JN altera resultados do Ibope-CNI

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Jornal Nacional divulgou na quarta à noite Pesquisa Ibope-CNI com resultados diversos daqueles que constam no material entregue aos jornais.

A pesquisa é trimestral. Pelo material divulgado pelo Ibope, foram efetuadas pesquisas em junho, setembro e agora em 8 dezembro.

Publicidade e as contas da Folha

Por Renato Rovai, em seu blog:

O jornalista Fernando Rodrigues, que conheci quando ainda era trotskista lá no campus da Universidade Metodista, tem desempenhado há alguns anos o papel de setorista pra questões do financiamento da mídia independente na Folha de S. Paulo, de onde, consta, foi recentemente demitido. De tempos em tempos ele busca, com informações levantadas no governo federal, prejudicar veículos que têm tido um papel importante na oxigenação do ambiente midiático. E atira na política de pulverização das verbas publicitárias, como se defendesse com isso o interesse democrático. Na prática, apenas faz o jogo dos donos da mídia tradicional.

EUA e Cuba: As razões da mudança

Por Lamia Oualalou, no site Opera Mundi:

Troca de prisioneiros, normalização das relações diplomáticas, viagens facilitadas e flexibilização do bloqueio econômico: em poucos minutos, os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, acabaram com 53 anos de política externa norte-americana. A notícia repercutida no mundo inteiro é o resultado de 18 meses de negociações secretas entre Washington e Havana, com a ajuda fundamental do Papa Francisco. Ela reflete também a profunda mudança do quadro político doméstico nos Estados Unidos.

"Novo capítulo" nas relações EUA-Cuba

Do jornal mexicano La Jornada, no site Carta Maior:

O presidente americano Barack Obama anunciou nesta quarta-feira o início de um ''novo capítulo'' nas relações de Washington com Cuba e prometeu que examinará, junto do congresso, o fim do embargo à Cuba. Obama declarou que era tempo de acabar com um 'enfoque antiquado' sobre a ilha.

A chegada a Cuba dos seus heróis



* Enviado pelo amigo internacionalista Max Altman, com a seguinte mensagem:

Amigas e amigos, companheiras e companheiros,

Impossível conter a emoção !

Nosso agradecimento a todos aqueles que no Brasil de alguma maneira lutaram para que este dia tão feliz, glorioso e histórico chegasse !

1º Comitê Brasileiro pela Libertação dos 5 Cubanos (fundado em 14 de março de 2000)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Não se amplia a voz dos idiotas

Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:

“Não se amplia a voz dos idiotas”. Mesmo tendo como referência esta citação de Millôr Fernandes, é impossível, diante da reincidência e pelo espaço que ocupa, evitar o mesmo com Bolsonaro. Suas ofensas inaceitáveis, ditas ao bel prazer para deleite de uma meia dúzia sanguinária, põem à mostra os monstros internos do parlamentar viúvo da Ditadura. O defensor de torturadores cultua o crime do estupro, ofende negros, homoafetivos e feministas a partir de uma linha de raciocínio frágil e débil, mas que levam ao delírio seus seguidores, igualmente intolerantes e saudosos do período de exceção.

Por que só a ditadura foi investigada?

Por Breno Altman, em seu blog:

Nos últimos dias, despontam ataques ao relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade, por suposta unilateralidade. Afinal, apenas os crimes cometidos pelo Estado, durante o regime militar, foram descritos no histórico documento.

A apuração realizada desde 2012 estaria contaminada porque exclui fatos violentos com origem na resistência democrática.

EUA articulam o terror mundial

Por Noam Chomsky, no site Outras Palavras:

“É oficial: os EUA são o maior Estado terrorista do mundo e se orgulham disso”.

Essa deveria ter sido a manchete da notícia principal do New York Times no dia 15 de outubro, que foi polidamente intitulada “Os Estudos da CIA sobre ajuda secreta alimentam ceticismo sobre a ajuda aos rebeldes sírios”. O artigo relata uma revisão da CIA sobre as operações secretas dos EUA para determinar sua efetividade. A Casa Branca concluiu que infelizmente os sucessos foram tão raros que é necessário repensar essa política.

Fábrica de Sheherazades de Silvio Santos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Silvio Santos se faz de velhinho bobo aos domingos, mas de idiota nada tem.
Ele foi formando no SBT, país afora, um grupo de comentaristas de direita comparável à da Globo.

A diferença é que, diante de rumores de que possa ter problemas com os 150 milhões de reais que ganha anualmente do governo em publicidade federal, ele não tem hesitado em silenciá-los.

Petrobras sitiada, governo calado

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os ataques contra a Petrobras se dão em inúmeras frentes.

1) Há um ataque especulativo, com forte viés político, cuja dinâmica se tornou explícita durante a campanha eleitoral.

Sempre que as intenções de voto em Dilma caíam, as ações da estatal subiam, o que sinalizava claramente o desejo de um grupo de acionistas que a Petrobras adotasse uma política mais voltada para o lucro rápido e fácil, e menos para o longo prazo.

Globo quer golpear Petrobras no pré-sal


Merval Pereira derrubou, hoje, a presidente da Petrobrás, Graça Foster. Ela “perdeu as condições políticas” para continuar, seja lá o que isso signifique. Graça tem ligações estreitas com a presidente Dilma Rousseff.

O “impeachment” de Graça, patrocinado por Merval - aliás, é incrível como a presidente da Petrobras foi derrubada em uníssono pelos jornalões de hoje - equivale a meio impeachment de Dilma.

"Trensalão tucano": O cartel paulista

Por Anna Beatriz Anjos, na revista Fórum:

Grandes empresas cartelizadas, contratos superfaturados, pagamento de propina. Quem acompanha os noticiários em tempos de Operação Lava Jato dirá que o cenário descrito remete ao esquema de corrupção operante há anos na Petrobras. Mas as práticas, na verdade, estendem-se a outro caso, investigado no Brasil desde 2008, mas um pouco menos explorado pela mídia tradicional: a formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrôs de São Paulo, mais conhecido como “Trensalão”.

Os dedos sujos de óleo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais fazem um retrato tenebroso da situação em que se encontra a Petrobras, um mês depois de revelada a extensão das negociatas que envolveram políticos, dirigentes da estatal e grandes empreiteiras que fazem parte de sua constelação de negócios. Os números são tão grandiosos que o leitor é incapaz de imaginar o volume de dinheiro desviado em negócios superfaturados.

Golpismo, hipocrisia e reforma política

Por Mauro Santayana, na Revista do Brasil:

Nas últimas semanas, insatisfeitos com o resultado das eleições, golpistas que nos últimos anos praticavam seu ódio à democracia e às instituições pela internet têm convocado caminhadas pelo país, pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff ou intervenção militar. Para tentar derrubar o governo, os novos golpistas fazem como fizeram os que os antecederam na história brasileira, que praticamente mataram Getúlio em 1954, tentaram inviabilizar Juscelino Kubitscheck em 1955 e derrubaram João Goulart em 1964.

Bolsonaro julgado por quebra de decoro

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Do site Vermelho:

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurou nesta terça-feira (16) processo por quebra de decoro contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Bolsonaro afirmou, na tribuna do Plenário, que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia.

O relator do processo será escolhido posteriormente de uma lista tríplice sorteada nesta tarde, que inclui a deputada Rosane Ferreira (PV-PR), Marcos Rogério (PDT-RO) e Ronaldo Benedet (PMDB-SC).

Os cartéis e o discurso de Alckmin

Por Fabio Serapião, na revista CartaCapital:

O governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, reeleito com no primeiro turno com 57% dos votos válidos, deparou-se com alguns jornalistas ao chegar a um almoço em homenagem ao falecido Mário Covas no domingo 14. Conforme noticiou o portal de O Estado de S. Paulo, indagado sobre a corrupção na Petrobras e na compra de trens do Metrô e CPTM, disse que os dois casos são "coisas diferentes". Segundo o tucano, em "São Paulo não tem nada, nada comprovado, há uma suspeita de cartel onde o governo é vítima". Na Petrobras, diz ele, trata-se de parte de uma “doença sistêmica”.

Ataque à Petrobras visa o pré-sal

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ataque especulativo que as ações da Petrobras estão sofrendo tem um significado muito claro.

Não corresponde, em hipótese alguma, aos “perigos” que os desvios de recursos produzidos por Paulo Roberto Costa e Cia possam ter produzido.

Mesmo que tenham atingido o bilhão de reais que a mídia acena, isso não corresponde, sequer, a um mês de lucro da companhia.