segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Crise e renovação da democracia

Por Marco Aurélio Weissheimer, no sítio Carta Maior:

Na abertura do primeiro painel do seminário Crise da Representação e Renovação da Democracia, no final da tarde de quinta-feira (5), no Palácio Piratini, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), apontou duas memórias marcantes do período pós-queda do Muro de Berlim, que carrega até hoje. A primeira delas é um artigo publicado por Eric Hobsbawm, onde o historiador inglês pergunta o que restou para os vencedores da Guerra Fria. Neste texto, Hobsbawm adverte que, rompido o equilíbrio geopolítico mundial existente até então, com o colapso da União Soviética, as forças destrutivas do capitalismo poderiam movimentar-se sem maiores barreiras com uma consequência nefasta para os direitos sociais e trabalhistas no mundo inteiro. A segunda memória é uma foto feita logo após a queda da União Soviética, mostrando um cafetão numa esquina de Moscou oferecendo uma criança vestida de mulher.

Globo vomita no prato em que comeu

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Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Ingratidão da Globo me espanta, ela vomita no prato em que comeu, com o perdão pelo uso do verbo, de eficácia indiscutível, no entanto. Aludo ao editorial com que o mais autorizado porta-voz das Organizações, O Globo, brindou seus leitores dia 1º de setembro. Diz-se ali que apoiar o golpe de 64 foi erro nascido de um equívoco. Veio a ditadura, como sabemos, provocada pelos gendarmes chamados pelos donos do poder civil, entre os quais figurava, com todos os méritos, Roberto Marinho, e os anos de chumbo de alguns foram de ouro para a Globo.

Espionagem dos EUA e ditadura da mídia


A paz e a democratização da Colômbia

Editorial do sítio Vermelho:

Desperta grande expectativa para os povos da América Latina e do mundo, além, naturalmente, do povo colombiano, o reinício, nesta segunda-feira (9), dos diálogos de paz para a Colômbia depois de uma prolongada pausa. É o 14º ciclo de um processo que teve início oficial em outubro do ano passado, em Havana, Cuba.

Onde Joaquim Barbosa fracassou

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que o caso do Mensalão chega a seu clímax. De todos os personagens da trama, o mais extraordinário é, por razões óbvias, Joaquim Barbosa.

Com seu jeito bruto e tosco, com suas palavras duras e inclementes contra os réus, ele rapidamente se converteu num heroi do 1% - o diminuto grupo de privilegiados que tem sua voz nas grandes empresas de mídia.

O Gigante está ficando sóbrio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Certos grupos políticos amanheceram, no domingo, de cabeça inchada, tal qual o torcedor de futebol que, no dia anterior, viu seu time ser goleado. Apostaram que 7 de setembro marcaria a interrupção da recuperação de popularidade pelo governo Dilma, bem como pela própria, por obra e graça de imensas manifestações que voltariam a ocorrer no país.

Onde está José Dirceu?

Por Lincoln Secco, no blog Viomundo:

Depois de oito anos de acusações hoje sabemos que o escândalo do mensalão foi tão somente a forma que a oposição encontrou para ocultar sua luta contra um governo contra o qual não tinha argumentos eleitoralmente viáveis. A oposição não podia ser contra o Prouni, as cotas, bolsa família, aumento do salário mínimo e outros programas sociais que garantiram a popularidade do Governo Lula. O discurso racista e elitista ficava para seus apoiadores mais exaltados nas redes sociais.

7 de setembro: crocodilos derrotados

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nossos cronistas que tentam impedir que os condenados da Ação Penal 470 tenham direito a uma revisão adequada de suas penas e mesmo uma segunda jurisprudência perderam um argumento depois de ontem (7 de setembro).

Numa postura autoritária, que confundia seus desejos com a realidade, falavam do monstro, do ronco, do demônio das ruas para justificar a prisão imediata dos condenados.

domingo, 8 de setembro de 2013

Fiasco do "maior protesto da história"

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Fracassou em todo o país "o maior protesto da história do Brasil", evento anunciado durante toda a semana nas redes sociais e amplificado por setores da grande imprensa, que divulgaram massivamente os atos de protestos marcados para 149 cidades.

A Síria e a hipocrisia dos EUA

Por Mauro Santayana, em seu blog:

John Kerry anunciou esta semana, na Casa Branca, que os Estados Unidos têm “provas irrefutáveis” do uso de armas químicas pelo governo sírio. Traços de gás Sarin teriam sido encontrados no sangue e nos cabelos de voluntários que participaram do resgate de civis atingidos logo após um suposto ataque do governo contra rebeldes no dia 21 de um agosto.

Urubólogos e as notícias da economia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os urubus estão acuados com o bombardeio de notícias promissoras para a economia brasileira, e nervosos com o risco cada vez maior de 2013 ser um excelente ano para o Brasil, o que enterraria os sonhos da oposição.


O IBGE acaba de divulgar a inflação de agosto. O índice ficou em 0,24%, quase a metade da inflação em igual mês do ano passado. No acumulado 12 meses, a inflação registrou queda substancial e ficou em 6,09%, abaixo do teto de 6,5%.



A televisão me deixou burro

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Resolvi aperfeiçoar um roteiro, postado por aqui anteriormente, com coisas que andei vendo na TV nos últimos dias. Acho que agora está digno.

Cena de fazenda ocupada por indígenas. Zoom na latinha de cerveja. Câmera abre até mostrar indígenas sentados em roda, rindo de algo. Locução do repórter cobrindo as imagens:

- Eles estão festejando a invasão de trocentos mil hectares de terra. Terra que, até então, era produtiva.

Quem quer ser um bilionário?

Por Daniel Fonseca, no Observatório do Direito à Comunicação:

Os três irmãos herdeiros de Roberto Marinho têm se destacado porque foram classificados, pela revista Forbes, como três das dez pessoas mais ricas do Brasil - e entre os 130 do mundo. Divididos, cada um tem R$ 17 bilhões e alguns milhões de casas decimais; somados, chegam a mais de R$ 51 bilhões. Este valor é maior do que toda a riqueza produzida em um ano (PIB) por cerca de 70 países do mundo.

Um guia para blogueiros processados

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A ONG Artigo 19 e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé lançaram, nesta quarta-feira (4), o guia 'Fui processado. O que eu faço?', durante oficina sobre o tema no III Fórum da Internet no Brasil, em Belém (PA). A publicação é destinada aos blogueiros que sofrem com a crescente prática da judicialização da censura contra comunicadores digitais e busca explicar como funciona um processo judicial, de que maneira o blogueiro pode evitar perseguições e retaliações e, por fim, como se deve proceder caso venha a ser processado.

A derrota da opinião midiática

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Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Foram muitas as leituras em torno do escândalo político-midiático. Destaco, no entanto, a contribuição de Venício A. Lima, notável pesquisador da mídia no Brasil. Duas de suas obras – uma voltada ao estudo da crise política e de poder no Brasil, outra, com vários autores, destinada à análise da mídia nas eleições de 2006 – foram essenciais para a elaboração deste texto, embora Lima, por obviedade, não tenha nada a ver com as interpretações que o autor faz a partir dessas leituras.

A concorrência desleal da Globo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A Folha de S.Paulo publicou na sexta-feira (6/9) a notícia de que a Infoglobo Comunicações S.A – empresa proprietária dos jornais O Globo, Extra e Expresso da Informação, além do Valor Econômico, no qual tem parceria com a própria Folha – foi obrigada a fechar um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para evitar uma condenação por concorrência desleal.

Folha, não dá para não rir!

Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

Na edição de sábado, dia 7 de setembro, página A-10 da Folha de S. Paulo, o leitor é surpreendido com a seguinte matéria de página inteira:

Título: A pauta das ruas

Linha fina: Reportagens da Folha forneceram informações aos manifestantes que saíram as ruas para protestar contra a corrupção e exigir melhores serviços públicos.

A pauta do Grito dos Excluídos

Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:

Entoando gritos de “a juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”, 8 mil pessoas marcharam neste sábado (7) da Praça Oswaldo Cruz à Assembleia Legislativa de São Paulo, no Grito dos Excluídos, que há 19 anos reúne trabalhadores e movimentos sociais em um ato alternativo aos desfiles oficiais de 7 de setembro. Em um protesto pacífico, os manifestantes pediam o fim da violência na periferia, em especial dos assassinatos de jovens negros cometidos pela polícia.

Globo e a nota de três reais

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Demorou quase meio século para as Organizações Globo reconhecerem timidamente que o apoio ao golpe militar de 1964 foi um mero "erro editorial" . Num texto repleto de senões e ressalvas, a nota publicada na noite deste sábado no site do jornal presta grande homenagem ao cinismo e à dissimulação. Na sua tentativa desesperada de entregar os anéis para preservar os dedos, a Globo, embora se renda aos manifestantes que gritam nas ruas "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura", apela para o contorcionismo retórico e para contextualizações históricas desfocadas da realidade para justificar o apoio ao golpe.

Quem Obama pensa que é?

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O governo dos Estados Unidos espionam todos os países do mundo. Isso é parte de sua cultura de guerra e de sua síndrome de donos do planeta. É bem verdade que, além de relações no âmbito da diplomacia, as embaixadas de todos os estados nacionais repassam informações sobre o que acontece ao seu redor. Mas isso não lhes dá o direito de grampear chefes de estado e de governo, empresas ou pessoas comuns.