quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Os Verdes e o derretimento da direita

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

No México, os ambientalistas do Partido Verde Ecologista (PVEM), apoiaram o candidato da direita, Henrique Peña Nieto, do PRI. Na Venezuela, o Movimento Ecológico Venezuelano, cujo símbolo é um radiante girassol, entregou-se de corpo e alma à candidatura do engomadinho Henrique Capriles Randonski, com a qual os golpistas de ontem testam sua versão 'moderna e jovem' de hoje. Em São Paulo, o PV apoia José Serra, que dispensa apresentações. Em Salvador, os verdes estão fechados com o demo Antonio Carlos Magalhães Neto, de tradição conhecida.

A lei de Lynch e o “mensalão”

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A origem do “linchamento” é polêmica. Alguns atribuem ao coronel Charles Lynch, que teria adotado a prática em 1782 contra os colaboradores dos britânicos na guerra de independência dos Estados Unidos. Outra versão atribui ao capitão William Lynch, da Pensilvânia, durante a revolução de 1780. Existem ainda outras versões. Trata-se do assassinato por uma multidão, sem qualquer procedimento judiciário ou legal.

A imagem do linchamento vem à mente ao presenciar a intensa cobertura da mídia sobre o julgamento do chamado “mensalão” no Supremo Tribunal Federal.

Michael Moore e a violência nos EUA

Por Michael Moore, no sítio da Adital:

Desde que Caim enlouqueceu e matou Abel sempre houve humanos que, por uma razão ou outra, perdem a cabeça temporária ou definitivamente e cometem atos de violência. Durante o primeiro século de nossa era, o imperador romano Tibério gozava, jogando suas vítimas na ilha de Capri, no Mediterrâneo. Gilles de Rais, cavalheiro francês aliado de Joana D’Arc, na Idade Média, um dia, enlouqueceu e acabou assassinando centenas de crianças. Apenas umas décadas depois, Vlad, o Empalador, na Transilvânia, tinha inúmeros modos horripilantes de acabar com suas vítimas; o personagem de Drácula foi inspirado nele.

A mídia quer destruir a CLT

Editorial do sítio Vermelho:

A reunião ocorrida nesta segunda-feira (6) no Palácio do Planalto entre dirigentes de cinco centrais sindicais (CTB, Força Sindical, CUT, Nova Central e UGT)) e o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, foi instrutiva a partir de pelo menos dois pontos de vista. Um deles enfatiza a necessidade da leitura crítica acurada do noticiário dos grandes jornais e revistas (e da TV); o outro diz respeito à qualidade das relações entre o governo e os trabalhadores e as centrais sindicais.

As cotas sociais e os demotucanos

Por José Dirceu, em seu blog:

Finalmente, depois de quatro anos de morosa tramitação (o projeto foi apresentado em 2008), está aprovada a lei que institui cotas sociais e raciais nas universidades e escolas técnicas federais. É um grande passo no processo de inclusão social brasileiro e para a melhoria do nosso ensino em geral, do fundamental e médio ao universitário.

O espírito olímpico está em falta

Por José Antonio Lima, na CartaCapital:

A cinco dias do fim das Olimpíadas de Londres, é certo que os Jogos de 2012 entrarão para a história marcados pelo grande número de violações éticas. As “entregadas” e outros artifícios usados para levar vantagem foram cometidos em diversos esportes, do ciclismo ao badminton, por atletas de inúmeros países. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e as federações de cada modalidade tentaram reagir, mas pouco puderam fazer para conter a desonestidade, um sinal de que precisam se mover de olho em futuras competições.

A outra tese do mensalão

Por Paulo Salvador, na Rede Brasil Atual:

A leitura do recém-lançado livro A Outra Tese do Mensalão, da Editora Manifesto, é como respirar ar puro em tempos soturnos de tanta pressão da mídia conservadora sobre o julgamento do mensalão. De autoria de Antônio Carlos Queiroz, Lia Imanishi Rodrigues e Raimundo Rodrigues Pereira, o livro pretende ser uma revisão do caso.

Abundam os picaretas “indignados”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A inundação dos meios de comunicação com frases moralistas de efeito sobre o julgamento da Ação Penal 470 e certas reações que essa campanha provoca na sociedade são fenômenos que serão estudos por séculos. O historiador do futuro se espantará com a hipocrisia que fez hordas de picaretas saírem da toca batendo no peito.

Muito barulho por pouca prova

Por Túlio Vianna, na revista Fórum:

As três primeiras sessões de julgamento da Ação Penal 470 indicam que a TV Justiça terá seus picos de audiência garantidos por várias semanas ainda. Questões que poderiam ser resolvidas com votos bem objetivos são tratadas em votos prolixos, recheados com citações para demonstrar erudição perante o público não iniciado.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Barbosa, a mídia e o mensalão tucano


Por Altamiro Borges

A jornalista Mônica Bergamo publicou hoje três notinhas reveladoras na página Ilustrada da Folha:

*****

Olhos abertos

O ministro Joaquim Barbosa, relator do "mensalão do PT" no STF (Supremo Tribunal Federal), segue atento ao "mensalão mineiro", que envolve líderes do PSDB. Ele pretende deter-se em providências que levem à rápida localização de testemunha considerada chave nas investigações e que tomou chá de sumiço em Minas Gerais.

Sean Penn no comício de Chávez

Por Altamiro Borges

A campanha pela reeleição de Hugo Chávez à presidência da Venezuela ganhou importante reforço neste final de semana. O ator estadunidense Sean Penn, ganhador de dois Oscar - "Sobre meninos e lobos", em 2003, e "Milk", em 2008 -, fez  questão de participar de um comício do líder bolivariano em Valencia, no interior do país. "Somos todos americanos, eles [dos EUA] são do Norte e nós, do Sul. Muito obrigado por nos visitar de novo, caro amigo", afirmou Chávez, dirigindo-se carinhosamente ao astro hollywoodiano.

Serra e Gilmar unidos na censura

Por Altamiro Borges

A blogosfera não está prolongando as insonias apenas do notívago José Serra. O ministro Gilmar Mendes, do STF, também anda incomodado com a internet. Segundo o jornalista João Bosco Rabello, do Estadão, ele já solicitou à Polícia Federal abertura de investigação contra a enciclopédia virtual Wikipédia e pretende ainda ingressar com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra os chamados "blogs sujos". Desta forma, José Serra e Gilmar (Mendes? Dantas? Mentes?) se unem também na censura!

Os crimes de FHC serão punidos?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

No grande circo armado pela mídia para o "julgamento do século" do chamado "mensalão do PT", até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Ontem (6), na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: "Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido... Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça". 


Brasil aprova ações militares na Síria

Por Beto Almeida

Na última sexta feira, dia 3 de agosto, a ONU aprovou uma resolução que, descaradamente , permite ações militares contra a Síria, já alvo de intervenção estrangeira via mercenários pagos declaradamente pela Arábia Saudita e o Qatar, com o apoio oficial dos EUA, pela voz de Hillary Clinton. Barack Obomba também autorizou a CIA a interferir abertamente para a derrubada do governo de Baschar Al Assad. A resolução aprovada é uma pá de cal a todo esforço para uma resolução negociada e pacífica do conflito sírio. Detalhe grave: o Brasil votou a favor desta resolução que dá espasmos de prazer à indústria bélica.

Cuba, a ilha da saúde

Por Salim Lamrani, no sítio da Adital:

Desde o triunfo da Revolução de 1959, o desenvolvimento da medicina tem sido a grande prioridade do governo cubano, o que transformou a ilha do Caribe em uma referência mundial neste campo. Atualmente, Cuba é o país que concentra o maior número de médicos por habitante.

A mídia seletiva e os mensalões

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

A lisura no trato da coisa pública é uma aspiração legítima da sociedade brasileira, e o fato de o conservadorismo, em conluio com a mídia, manipular politicamente tal demanda não a torna menos genuína. A esquerda não pode igualar-se à direita e se utilizar de dois pesos e duas medidas para relativizar a corrupção e dissimular suas próprias violações éticas, sob pena de comprometer não apenas sua imagem, mas a legitimidade de seu projeto político.

As primeiras lições do julgamento

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Para quem abriu espaço na agenda para o julgamento do mensalão, assistir ao confronto entre a acusação e a defesa tem sido uma oportunidade única de exercício democrático.

O Brasil passou os últimos 7 anos ouvindo versões variadas do depoimento de Roberto Jefferson. Alvejado pelo único depoimento claro de malfeitorias no governo, resumido naquele vídeo-confissão de um protegido que nomeou para os Correios, Jefferson foi transformado numa espécie de herói conveniente para o jogo político da oposição, que pretendia atacar o governo Lula, José Dirceu em particular e o PT em geral. Pela repetição em milhares de depoimentos, entrevistas, editorais, reprises, idas, voltas, e assim por diante, Jefferson só não virou herói porque assim também não dá – mas esteve perto, vamos combinar.

TV e o reino da mediocridade

Por Washington Araújo, no blog Cidadão do Mundo:

O que está acontecendo com nossos fins de semana? Temos a semana para ganhar o sustento pessoal e familiar, trabalhamos o horário nobre dos dias: todas aquelas horas em que o sol está firme no horizonte. Os restos do dia são dedicados ao repouso, tão necessário para refazer as energias a serem canalizadas para a jornada seguinte. E os vestígios do dia, essas poucas horas e momentos que sobram, passamos com quem amamos, nossos familiares, nossos amigos.

O vício rentista do empresariado

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O governo criou as melhores condições possíveis, no marco atual de pressões recessivas internacionais, para que aumentem os investimentos – diminuição significativa da taxa de juros, desvalorização do real, retirada de impostos -, mas a reação do grande empresariado é quase nenhuma. Antes criticavam o governo quando a taxa de juros era mantida, quando o dólar estava muito desvalorizado. Quando o governo atende a essas reivindicações, as entidades empresariais simplesmente se calam e se somam ao coro aziago da diminuição do crescimento econômico.

Que “opinião pública” é essa?

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

“Brasília virou as costas para o julgamento do maior escândalo da história recente do país. Em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), silêncio e um vazio perturbador. O maior ato do dia, que contou com apoio do PSDB, do DEM e do PPS – principais partidos de oposição – reuniu apenas 15 manifestantes.”