segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Serra não é o dono da bola

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Ao contrário do que diz o senso comum, de que não existe páreo para José Serra nas eleições de outubro, o fato é que a candidatura do tucano está longe de ser um passeio. A aliança com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), serve para não rachar o eleitorado conservador - e era isso que o PT queria quando negociava com o prefeito a adesão à candidatura de Fernando Haddad. O PSD, todavia, não agrega voto não conservador. PSDB e PSD bebem do mesmo copo. A opção de Kassab não divide, mas também não acrescenta.

Obama e o pacto com o diabo

Por Amy Goodman, no sítio da Adital:

"O presidente se equivoca”, afirma um dos reluzentes diretores da campanha pela reeleição do presidente Barack Obama.

Essas quatro palavras encabeçam o site da organização Progressistas Unidos (Progressive United), fundada pelo ex-Senador estadunidense e atual assessor da campanha de Obama, Russ Feingold, em referência ao recente anúncio de Obama de que aceitará fundos dos comitês de ação política (super PAC, por suas siglas em inglês) para sua campanha de reeleição.

O Oscar e a infantilização do cinema

Por Andre Barcinski, no sítio da Fundação Maurício Grabois:

Nenhuma grande surpresa no Oscar. Eu apostava numa divisão dos principais prêmios da noite, mas as vitórias de “o Artista” nas categorias filme, diretor e ator não podem ser consideradas zebras.

Se 2011 não ficará marcado como uma grande safra de filmes, pelo menos será lembrado como o ano em que o abismo entre o Oscar e o público americano tornou-se intransponível. Nunca houve um descompasso tão grande entre o gosto da Academia e o gosto do público.

Uruguai assume os crimes da ditadura

Da CartaCapital:

O Uruguai assumiu nesta segunda-feira, 27, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a responsabilidade do Estado pela repressão ocorrida em sua ditadura militar (1973-1985). “O governo uruguaio realizará um ato público de reconhecimento de sua responsabilidade pela violação dos direitos humanos ocorrida no país durante a ditadura militar”, disse Luis Almagro, ministro de Relações Exteriores, em um discurso em Genebra.

As punições do "AI-5 da Copa"

Por Andrea Dip, no sítio da Agência Pública:

Enquanto as atenções estão voltadas para o projeto de Lei Geral da Copa (2.330/11) que deve ser votado na Câmara na próxima terça-feira (28), os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Ana Amélia (PP-RS) e Walter Pinheiro (PTB-BA) correm com outro Projeto de Lei no Senado, conhecido pelos movimentos sociais como “AI-5 da Copa” por, dentre outras coisas, proibir greves durante o período dos jogos e incluir o “terrorismo” no rol de crimes com punições duras e penas altas para quem “provocar terror ou pânico generalizado”.

O retorno da múmia em São Paulo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Em se tratando de processos eleitorais internos de seu partido, Serra tem uma preferência algo bizarra por só entrar na luta após humilhar seus correligionários e incendiar suas bases. Foi assim em 2010, é assim agora. Confesso que desta vez cometi um erro crasso como analista político: acreditei em Serra. Depois de ouvir inúmeras declarações peremptórias, até mesmo raivosas, de que não entraria na campanha, que era a sua palavra final, blá blá, eu acreditei que o ex-governador desta vez estava falando sério. Vivendo e aprendendo.

Análise econômica ou mau-agouro?


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Houve pressões explícitas, e o Banco Central cedeu. Tentou convencer que a decisão (de baixar os juros) foi tomada de forma técnica. Não convenceu. A deterioração do quadro externo justificaria manter os juros para esperar para ver. Até porque, mesmo reduzindo o ritmo de crescimento do mundo, a inflação não está cedendo.”

O comentário aí, da simpática Miriam Leitão, tem apenas seis meses.

Serra e a inteligência do paulistano

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A recém-anunciada decisão do ex-governador tucano José Serra de disputar mais uma vez a prefeitura de São Paulo revela seu mais completo desprezo pela inteligência da maioria do povo paulistano.

Serra tem lá suas razões para acreditar que a maioria dessa população é incapaz de assoviar e amarrar os sapatos ao mesmo tempo. Até hoje, há muita gente aqui que recita com orgulho o bordão de que “Maluf rouba, mas faz”, apesar de ser um ladrão que não pode nem sair do Brasil por ser procurado pela Interpol.

Folha declara apoio a José Serra

Por Altamiro Borges

Nenhum dos postulantes à prefeitura da capital paulista recebeu da Folha de S.Paulo uma saudação de boas-vindas tão vibrante como o tucano Serra. Em seu editorial de hoje (27), o jornal da famiglia Frias decreta: “O retorno de José Serra (PSDB) ao páreo das pré-candidaturas para a prefeitura de São Paulo contribui para devolver certa racionalidade à política na maior cidade do país”.

Serra e as privatizações. E a filha?

Por Altamiro Borges

Em sua coluna no Estadão, o eterno candidato José Serra, que agora aceitou o “enterro” na disputa para a prefeitura paulistana, finalmente resolveu falar sobre as privatizações. Não sobre o livro “A privataria tucana”, que ele considera um “lixo” – realmente houve muita sujeira naquele processo entreguista. Mas sobre o leilão dos aeroportos patrocinado pela presidenta Dilma Rousseff.

Yoani Sánchez é uma fraude

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:

O influente diário mexicano La Jornada publica um texto do professor e jornalista francês Salim Lamrani, que demonstra a falsa liderança da blogueira Yoani Sánchez na rede social twitter, alcançado não por seguimento natural de audiência, mas pela intervenção de tecnologias e grandes somas de dinheiro.

A quarta parte dos partidários de Yoani no twitter são fantasmas sem seguidores ou “mudos” que jamais escreveram um tuiter. Em junho de 2010, a blogueira chegou a ter, em um único dia, 700 novos adeptos, o que só é possível através de robôs de software – já que ela diz que tem acesso à internet apenas via celular ou a por uma conexão semanal em um hotel.

Farc anunciam fim dos sequestros

Do sítio Vermelho:

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram neste domingo (26) que libertarão unilateralmente 10 prisioneiros de guerra e que a partir de agora os sequestros estão proscritos.

"Queremos comunicar nossa decisão de somar à anunciada libertação dos seis prisioneiros de guerra, a dos quatro restantes em nosso poder", assinala o grupo insurgente em comunicado divulgado neste domingo.

O Oscar e o declínio do império

Por Oscar Guisoni, no sítio Carta Maior:

Os prêmios da Academia de Hollywood foram entregues pela primeira vez no dia 16 de maio de 1929. O contexto político e social não pode ser mais significativo: faltam apenas alguns meses para o grande Crack de outubro, os Estados Unidos vive montado na maior bolha especulativa de sua história, a Europa se contorce no caos sob os efeitos das crises políticas que afetam a maior parte de seus países e, na periferia do mundo, poucos sabem ainda o que significa a palavra Hollywood, embora muitos já tenham percebido na própria pele em que consiste o novo poderio norte americano.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Religião, política e os Torquemadas

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

As igrejas, sempre de costas para o futuro, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio católico no Ocidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à fogueira, amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas heresias.

Nos dias de hoje, impotentes para ditar condenações capitais, os inquisidores ordenam aos fiéis a punição de políticos que defendem propostas dissidentes à doutrina que pregam. O aborto e a defesa da homofobia são os exemplos mais gritantes. E irritantes. Em reação, eles promovem nas eleições a “queima” de votos dos hereges e, com isso, cerceiam a liberdade do eleitor e intimidam os candidatos.

Para destravar debates interditados

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Eu não sei o que seria da minha vida profissional se, na metade dos anos 2000, eu não tivesse “descoberto” a internet. Como as coisas mudaram desde então! Primeiro, foi o brotar de 1.000 flores na blogosfera. Depois, de um milhão nas redes sociais, notadamente o twitter e o facebook. Milhão, eu disse milhão? Milhões.

Morre ex-dona da sonegadora Daslu

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Guardei uma distância de alguns dias para escrever isto para não ser acusado de insensibilidade. Afinal de contas, há um processo de beatificação instantânea de quem morre, e não apenas no Brasil, como se biografias devessem ser compostas apenas dos atos bons, simplificando essa teia complexa e doida que é a vida.

PSDB tenta salvar demos do inferno

Por Altamiro Borges

O Estadão publicou ontem uma curiosa reportagem. Com o título “Tucanos tentam salvar espólio do DEM em cinco capitais”, ela relata os esforços da cúpula do PSDB para evitar que os demos rumem para o inferno nas eleições de outubro próximo. A matéria poderia até ter um subtítulo: “O abraço dos afogados”. E uma chamada: “Diabo já avisou que não aceita os demos”.

Dois “flanelinhas” desistem da prévia

Por Altamiro Borges

Em “primeira mão”, o blogueiro Ricardo Noblat, hóspede do jornal O Globo, informou hoje (26) pela manhã:

*****

SP: Secretários desistem de prévias para apoiar Serra

Andrea Matarazzo, secretário de Cultura do governo de São Paulo, anunciará no início da tarde de hoje que desistiu de concorrer às prévias do PSDB que indicarão o candidato a prefeito da capital.

Bruno Covas, secretário do Meio Ambiente, anunciará a mesma decisão amanhã durante reunião com o governador Geraldo Alckmin e parte dos demais secretários.

As opções de classe de Boris Casoy





Por Altamiro Borges

Boris Casoy, âncora da TV Bandeirantes, nunca disfarçou o seu elitismo. Ele adora paparicar os ricaços e as “celebridades”. Circula neste meio e é venerado pelos abastados e por setores da classe “mérdia”. Talvez isto explique porque o jornalista até hoje ocupa papel de destaque na mídia elitizada. Num vídeo que vazou no final de 2009, ele deixou explícito seu desprezo pelo povo:

Serra desistiu de 2014. Aécio acredita?

Por Altamiro Borges

O pragmático Gilberto Kassab garantiu neste sábado (25) que José Serra desistiu de ser candidato à presidente da República em 2014. “Essa questão está encerrada na vida do Serra... Ele tinha um grande projeto, aliás, legítimo, de ser presidente. Caso fosse candidato de novo, se fosse eleito, seria um grande presidente, mas ele entendeu que deveria abandonar esse projeto. E ele abandonou”.