sexta-feira, 29 de julho de 2011

Atentados em Oslo e a era do preconceito

Por Celso Amorim, no sítio da CartaCapital:

Nesta era da internet a informação é instantânea. A desinformação também. A notícia sobre os trágicos atentados de Oslo chegou-me enquanto eu navegava pelos sites que costumo frequentar para me atualizar sobre o que ocorre no mundo. Pus-me imediatamente em busca dos detalhes. Abri a página de uma respeitada revista internacional. Além de alguns pormenores, obtive também a primeira explicação, que veria em seguida nas versões eletrônicas dos jornais brasileiros, segundo a qual o perpetrador dos atos terríveis era alguém a serviço de um movimento fundamentalista islâmico.

Idec lança campanha contra "AI-5 digital"

Por Raoni Scandiuzzi, na Rede Brasil Atual:

Os críticos do Projeto de Lei 84/99, apelidado de “Lei Azeredo”, ganharam um reforço nesta terça-feira (26). O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou uma campanha, batizada de “Consumidores contra o PL Azeredo”, com o objetivo de recolher o maior número possível de assinaturas contrárias à proposta e apresentá-las logo na volta do recesso parlamentar, em agosto.

Mídia: as mudanças virão das ruas

Por Venício Lima, no sítio Carta Maior:

Esperava-se que os acontecimentos envolvendo o tablóide “News of the World” – que se espraiam não só para outros veículos do News Corporation, mas também para outros grupos de mídia na Inglaterra e, talvez, em outros países – provocassem algum tipo de reflexão crítica por parte da grande mídia brasileira, seus parceiros e defensores.

O que temos visto, no entanto, é uma postura quase agressiva de, sem mais (1) atribuir o ocorrido a ação criminosa de apenas alguns indivíduos que não representariam um comportamento rotineiro da grande mídia; (2) insistir que os fatos não podem servir de exemplo para a defesa da regulação do setor ou comprovar a ineficiência da autorregulação; e (3) acusar aqueles que discordam de pretenderem amordaçar a imprensa e cercear a liberdade de expressão.

EUA e o declínio do império (financeiro)

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

As crises ensinam. Até ontem à noite, os políticos norte-americanos continuavam incapazes de chegar a um acordo sobre a ampliação da dívida do país — única forma de evitar, a partir de 2 de agosto, um colapso múltiplo dos serviços públicos e, talvez, um calote contra os credores do país. Por suas consequências devastadoras, sobre toda a economia mundial, tal desfecho é, ainda, improvável. Mas um texto das jornalistas Julie Creswell e Louise Story, publicado semana passada no New York Times debate as consequências de longo prazo da crise destas semanas. A leitura sugere que o papel de que os Estados Unidos se beneficiaram desde o final da II Guerra — o de grande centro financeiro global — sofrerá grande desgaste.

Europa, o Titanic e o mar de icebergs

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, advertiu que “a Europa pode afundar, como o Titanic”. Desde a crise norte-americana que os observadores anunciam o desastre. Entre as várias causas está a ilusão de que é possível unificar a Europa, a partir da economia. Enquanto todos os países se encontravam mais ou menos na mesma situação, foi possível estabelecer a Comunidade do Carvão e do Aço e, pouco a pouco, criar os mecanismos de integração.

As duas faces de Dilma Rousseff

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É bem menos simples do que parece decidir se foi boa ou ruim para a presidente Dilma Rousseff a declaração do ministro Nelson Jobim de que votou em José Serra na eleição do ano passado. Há pelo menos duas formas de entender o fato e nenhuma delas pode ser considerada tão melhor ou tão pior do que a outra.

Elite brasileira mostra sua cara

Editorial do jornal Brasil de Fato:

“Há casos folclóricos nos hangares do Campo de Marte. Como o da milionária que mandou o cão para o veterinário de helicóptero. Dona da aeronave, ela estava em Maresias (litoral norte) e viu o cãozinho comer a marmita de seu segurança. Ela mandou o piloto voltar imediatamente a São Paulo para fazer exames no pet", relata um piloto, que pede para não ser identificado.

O caos da privatização na energia elétrica

Por Heitor Scalambrini Costa, no sítio da Adital:

Passados quase 20 anos desde o inicio das privatizações das distribuidoras de energia elétrica, já se pode fazer um balanço do que foi prometido; e realmente do que esta ocorrendo no país, com um primeiro semestre batendo recorde em falhas no fornecimento de energia elétrica em diversas regiões metropolitanas.

Desde então a distribuição elétrica é operada pela iniciativa privada. As distribuidoras gerenciam as áreas de concessão com deveres de manutenção, expansão e provimento de infraestrutura adequada, tendo sua receita advinda da cobrança de tarifas dos seus clientes.

Murdoch e o espírito do capitalismo

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no blog de José Dirceu:

A falta de leitura dos clássicos nos cursos de comunicação – O Capital, entre eles – obriga-me, muitas vezes, a recorrer a comparações singelas para explicar em palestras para estudantes a formação dos monopólios na mídia.

Preciso, antes de tudo, dessacralizar as empresas de comunicação. Por ingenuidade ou má fé, elas são vistas ou apresentadas apenas como instituições sociais, obscurecendo a natureza capitalista de suas estruturas básicas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Governo arranha os agiotas financeiros

Por Altamiro Borges

Depois de várias medidas que penalizam os trabalhadores – como os quatro aumentos consecutivos das taxas de juros e as duras restrições ao crédito –, o governo Dilma finalmente resolveu intensificar o ataque aos agiotas financeiros, os verdadeiros culpados pelos entraves ao desenvolvimento do país. Não dá nem para chamar de ataque, foi mais um pequeno arranhão, mas ele pode sinalizar uma mudança de comportamento diante das incertezas que atormentam a economia capitalista mundial.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os efeitos do jornalismo de esgoto

Por Luis Nassif, em seu blog:

Um dos pontos centrais das políticas de direitos humanos é o chamado direito à privacidade. Desde que não afete a vida de terceiros nem desrespeite as leis, toda pessoa tem o direito à sua privacidade.

O caso Murdoch expôs uma das características mais repelentes do jornalismo-espetáculo e do jornalismo "partido político": a exposição da vida de pessoas, os ataques pessoais, os chamados assassinatos de reputação como ferramentas não apenas para aumento de audiência, mas como arma política.

Tire as mãos do meu carro!

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Critiquei o comentário tosco do prefeito de São Paulo ao tratar do frio a que estão submetidos moradores de rua no meu último post. É incrível mas, quando toco nesse assunto, há uma enxurrada de comentários raivosos e, entre eles, a frase que representa toda a sabedoria reacionária por trás de tanto ódio:

Folha ataca Toffoli e salva Gilmar Mendes

Por Antônio Mello, em seu blog:

A Folha da ditabranda é um jornal que tem lado, mas finge que não. Publica com destaque escândalos do governo federal e abafa - ou dá notinhas - quando o podre é do governo de SP, ou tucano em geral.

O mesmo acontece agora, no STF. O ministro Antonio Dias Toffoli, indicado pelo presidente Lula, é denunciado hoje pelo jornal por haver viajado ao exterior com duas diárias de hotel pagas por um advogado. Já Gilmar Mendes, indicado por FHC, teve protocolado um pedido de impeachment por inúmeras mordomias a mais que isso sem merecer uma única linha sequer da Folha.

Voto em Serra e outras tucanices de Jobim

Por André Cintra, no sítio Vermelho:

Dado a demonstrações de força no governo anterior — como o hábito de divergir publicamente das orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, o agora ministro da Defesa do governo Dilma, Nelson Jobim, virou o disco. Sua nova tática é aproveitar espaços na imprensa e nos púlpitos para constranger a presidente Dilma Rousseff não com discordâncias explícitas — mas via declarações dúbias, ironias, maledicências, provocações.

Dilma mantém o "namorico" com a mídia

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

A presidenta Dilma Roussef concedeu, sexta-feira (22/07), entrevista a cinco grandes jornais brasileiros e deu recados importantes em política e economia. Disse que as trocas em cargos da área dos Transportes vão continuar e atingir quem for preciso. E que o crescimento não será sacrificado pela meta de inflação. Foram mensagens duras, dirigidas aos partidos e ao “mercado”.

Jobim e os idiotas que perderam a modéstia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na Folha de hoje:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez uma revelação sobre sua preferência na disputa presidencial do ano passado: “Eu votei no Serra”.

Internet lenta trava crescimento do país

Por Vinicius Konchinski, na Agência Brasil:

A má qualidade da internet em banda larga e o alto preço dos computadores portáteis em forma de prancheta (tablets) são os principais problemas que dificultam o acesso dos leitores aos livros digitais (e-books). Essa é a opinião da presidenta da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, que abriu hoje (26) o 2º Congresso Internacional do Livro Digital, promovido pela entidade, em São Paulo.

Ato em defesa da pauta trabalhista

Por Celso Jardim, no sítio da CTB:

As centrais sindicais realizaram na manhã desta segunda-feira, 25/7, mais uma reunião para organização do ato em defesa da pauta de reivindicações da classe trabalhadora.

Wagner Gomes, presidente da CTB, ressaltou a importância da presença dos dirigentes das entidades dos movimentos sociais, que confirmaram presença e estarão com as centrais sindicais no próximo dia 3 de agosto, 4ª feira, na concentração em frente ao Estádio Municipal do Pacaembu.

O erro da privatização dos aeroportos

Por Artur Henrique, presidente da CUT, em seu blog:

Privatização dos aeroportos: temos de aprender com os erros passados (e com os bueiros que voam). Este foi um dos alertas que fiz ao ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria da Aviação Civil (SAC), na primeira conversa que tivemos – no mês passado – para discutir as concessões nos aeroportos de São Paulo, Campinas e Brasília. O ministro tentou defender a proposta do governo falando do suposto “êxito” das privatizações nos setores elétrico e de telefonia.

"Responsabilidade social" é pura balela

Por Vito Giannotti, no jornal Brasil de Fato:

A base do sistema capitalista é uma só: a exploração máxima dos trabalhadores e da natureza visando unicamente o lucro, ou seja, a multiplicação do capital nas mãos dos donos das empresas. O resto é conversa mole. Se o capital puder dispensar milhares de trabalhadores e deixá-los na sarjeta, fará isso sem nenhum problema. Uma empresa capitalista não é uma entidade filantrópica. Não tem nenhum objetivo social, humano, humanitário. Se puder acelerar o ritmo de trabalho até o extremo ela vai fazer. Quem morrer que morra. Há sempre milhões à espera de uma vaga.