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segunda-feira, 18 de março de 2024

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Javier Milei e as políticas de comunicação

Charge: Serko
Por Javier Tolcachier, de Córdoba-ARG, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

“Em consequência, o papel da imprensa mudou radicalmente. Já não consiste essencialmente em debater, mas interpretar e contribuir a apontar as decisões do governo com os argumentos que este pode aportar” - Max Ruchner, Neue Zürcher Zeitung, outubro de 1933

A frase da epígrafe não foi extraída do Decreto 117/2024, com a qual Milei promoveu intervenção nos meios públicos da Argentina. A sentença pertence ao comentarista de um jornal suíço que explica com essas palavras a Lei Alemã para Editores, sancionada alguns meses depois de que Adolf Hitler conquistara, em março de 1933, a cessão do poder legislativo e a quebra da separação dos poderes através da Lei de Plenos Poderes. Coincidências históricas fortuitas ou habitual proceder autocrático?

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Argentinos param contra motosserra de Milei

Primeira greve geral contra Milei. Foto: Tiempo Argentino
Por Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Milhões de argentinos se somaram nesta quarta-feira (24) à greve geral convocada pelo movimento sindical e social para repudiar o ‘Plano Motosserra’ do fascista Javier Milei, o Decreto Nacional de Urgência (DNU) 70/2023 e a ‘Lei Ônibus’, um pacotaço que atenta contra direitos civis, sociais e trabalhistas conquistados ao longo de décadas.

Em Buenos Aires, centenas de milhares de pessoas tomaram a frente do Congresso Nacional com cartazes gigantes estampando “Pátria sim, FMI não”, e ridicularizando Milei como marionete dos cartéis transnacionais, a quem quer doar dezenas empresas estratégicas como o Banco Nación, a ARSAT (de satélites e telecomunicações) e a YPF (de petróleo). Faixas gigantescas reivindicavam a garantia de direitos e a necessidade de valorização do trabalho, enquanto o governo tenta engatar uma marcha à ré.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Milei em Davos: “Boludo” Global

Charge: Rocchia/Agência Nova
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:

A alma libertária do sapiente Conan anda inquieta e agressiva. Milei, seu psicógrafo, resolveu expressá-la nada mais nada menos que em Davos.

A catilinária a favor do anarcocapitalismo, retirada dos idos do final do século XIX, quando a iluminação pública ainda era a gás, não teve o brilho esperado e causou risos estupefatos no segmento racional da seleta e esvaziada plateia de empresários e políticos.

Tal qual nosso folclórico ex-chanceler, Ernesto Araújo, Milei advertiu o mundo que o Ocidente está em perigo.

Seriam as mudanças climáticas? As crescentes desigualdades, talvez? As fake news? As ameaças à democracia?

Não, claro que não.

Cuba fará ajustes na economia em 2024

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O fracasso do fascista argentino em Davos

Charge: Adán Iglesias Toledo/Cartoon Movement
Por Moisés Mendes, em seu blog:

A repórter Luisa Corradini, do La Nación, informou o que a maioria da imprensa tentou esconder, inclusive a Globo no Jornal Hoje: foi um fracasso e tratada com deboche a palestra de Javier Milei em Davos.

O fascista era anunciado pela extrema direita argentina como uma das estrelas do Fórum Econômico Mundial. Luisa informa que metade do auditório estava vazio.

A jornalista definiu a reação do público de milionários e executivos mundiais como de “estupor e surpresa”.

“Bizarro”, disse um empresário britânico. “Com ele não se salva nada”. Luisa ouviu um jornalista alemão exclamar: “É um delírio absoluto”. Outro empresário balançava a cabeça: “Demasiado, é demasiado para mim”.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

FMI impõem forte arrocho na Argentina

Charge: Ramsés/Cartooning for Peace
Por Cezar Xavier, no site Vermelho:


O anúncio do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê o desembolso de US$ 4,7 bilhões, foi recebido com alívio, evitando um possível calote argentino. Ele oferece um fôlego temporário ao ministro da Economia argentino, Luis Caputo. Contudo, esse montante está longe das expectativas iniciais de Caputo, que esperava uma contribuição mais substancial para enfrentar os desafios financeiros iminentes.

Na última semana, a Argentina fechou novas metas com o FMI, mas atingir esses objetivos exigirá um rigoroso arrocho não apenas nos programas sociais, mas também nos setores produtivos. As medidas adotadas gerarão insatisfação popular, aumentando a antipatia pela entidade e fornecendo munição à oposição. Na realidade, o movimento do governo Milei no Congresso é ainda mais depressivo para a renda dos argentinos do que as exigências do FMI. Mas ambos se confirmam mutuamente rumo ao massacre que se promete aos trabalhadores, sua capacidade de consumo e empregos.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Mídia legitima a violência no Equador

Grupo armado invade o canal TC Televisión
e faz funcionários reféns
Por Érika Ceconi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


"Estamos em uma situação de guerra, em meio à desinformação da mídia, desorganização e falta de esclarecimento sobre quais são os objetivos do Governo [Daniel Noboa] para resolver este conflito", alertou a advogada equatoriana Angélica Porras Velasco, durante entrevista coletiva concedida aos jornalistas da Agência ComunicaSul na última quinta-feira (11).

Não é de hoje que o país andino vive uma crise social, política e econômica. Segundo ela, este cenário se deve a fatores externos como a migração do fluxo do tráfico de drogas e internos como a dolarização da economia, a implementação de políticas neoliberais, o desmonte do Estado, a criminalização dos movimentos sociais e perseguição aos governos progressistas.

Violência no Equador e o retrocesso neoliberal

Charge: Ramón Díaz Yanes/Cartoon Movement
Do jornal Brasil de Fato:


Para entender as origens da onda de violência que assola o Equador, é preciso observar as diretrizes políticas e macroeconômicas tomadas por quem governou o país no passado recente. Elas revelam que o retorno ao neoliberalismo, em 2017, e seu aprofundamento desde então são a principal causa da capilaridade obtida pelo crime organizado, segundo avaliação da socióloga equatoriana Irene León.

Desde que o ex-presidente Lenín Moreno (2017-2021) assumiu o poder, com uma plataforma neoliberal, o Equador está afetado por uma incursão do crime organizado, que encontrou vários nichos de atuação, num processo que contou inclusive com a participação de integrantes da elite política, explica a socióloga ao Brasil de Fato.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O Equador e o fracasso da 'guerra às drogas'

Charge: Camdelafu/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O que acontece agora no Equador é mais uma demonstração do retumbante fracasso da “guerra às drogas”.

Lançada, em 1971, por Richard Nixon, a “guerra às drogas” já teria consumido mais de US$ 1 trilhão, somente do orçamento federal estadunidense, ao longo de 52 anos.

Resultados? Nulos ou praticamente nulos.

Não houve redução do consumo de drogas ilegais. Ao contrário, esse mercado continua bastante aquecido.

Também não houve redução das mortes por overdose. Na realidade, o uso de opioides sintéticos tem aumentado essas mortes, especialmente nos EUA.