terça-feira, 15 de agosto de 2017

Desemprego dizima 15 vagas por hora em SP

Por Altamiro Borges

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta semana um dado assustador sobre a alta do desemprego na região metropolitana de São Paulo – hipoteticamente, a mais desenvolvida do país. Segundo o levantamento, a região fechou, entre janeiro e junho deste ano, 15 vagas por hora, ou 364 postos por dia. Ao todo, são 66 mil postos de trabalho dizimados no primeiro semestre. O jornal Agora deste domingo (13) ouviu algumas destas vítimas. Mesmo jurando que a economia está melhorando – sabe-se lá para quem – o diário do Grupo Folha expôs o drama dos sem-emprego.

Bolsonaro é multado. Devia ser cassado!

Por Altamiro Borges

Por quatro votos a zero, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta terça-feira (15) a decisão que determinou que o fascista Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pague indenização à deputada Maria do Rosário (PT-RS) por danos morais. Ele já havia sido condenado em duas instâncias da Justiça pelo crime de incitação ao estupro. Em dezembro de 2014, ele disse no plenário da Câmara Federal – e depois reafirmou ao jornal gaúcho Zero Hora – que não estupraria a parlamentar porque “você não merece”. Ele recorreu da decisão e agora perdeu novamente. A multa aplicada é de apenas R$ 10 mil – um valor insignificante para o deputado que é apoiado pela indústria das armas, pelos ruralistas e outros ricaços reacionários.

As medidas para barrar a desindustrialização

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

“Hoje trabalhadores e empresários industriais estão excluídos no Brasil”, afirmou o ex-ministro e professor da Fundação Getúlio Vargas, Bresser-Pereira, durante o debate “Indústria e Desenvolvimento” nesta terça-feira (15), em São Paulo. Clemente Ganz, do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e Marilane Teixeira, pesquisadora da Unicamp, também foram palestrantes do evento organizado pela Fitmetal e pela CTB.

Dados do Dieese apontam que 2017 pode ser o 4º ano consecutivo de queda no emprego metalúrgico, fato inédito entre a categoria. A queda na produção industrial extinguiu 326 mil empregos no ano passado. A indústria automobilística voltou a patamares de produção registrados em 2005.

Regulação da mídia é censura?

Aspectos ditatoriais no Brasil de hoje

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate:

Por que um continente com tantas riquezas como a América Latina tem tanta pobreza? Bernardo Kliksberg em seu livro “Como enfrentar a pobreza e a desigualdade? Uma perspectiva internacional”, publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo, tenta recolocar no debate essa questão. A resposta do autor é que os índices de pobreza estão ligados à desigualdade, ou melhor, existe pobreza porque existe desigualdade. Inclusive, o autor aponta que se as ditaduras militares na América Latina não tivessem promovido um modelo de desenvolvimento que propiciasse o crescimento da desigualdade, ao fim destas ditaduras a quantidade de pessoas que padeciam da pobreza teria sido a metade na região.

Nenhum tucano preso na Lava Jato; nem será!

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

Uma das principais críticas à operação Lava Jato é a seletividade. Ou seja, a ideia de que os juízes e procuradores interpretam os indícios de maneira diferente, conforme o nome do réu ou o partido político envolvido nas denúncias.

PT, PSDB e PMDB foram os que mais receberam dinheiro de empresas citadas na Lava Jato. Os partidos se defendem dizendo que as doações foram feitas conforme a lei. Entre os três mais citados, apenas o PSDB não teve nenhum dos membros preso.

O senador Aécio Neves é o único político tucano com abertura de inquérito solicitada pela Procuradoria Geral da República. E os indícios contra ele não são poucos.

A Marina Silva que se esconde nos detalhes

Por Renato Rovai, em seu blog:

O sociólogo Luiz Eduardo Soares concedeu entrevista a BBC Brasil na qual trata da sua frustração em relação à parceria que teve com a ex-senadora Marina Silva.

Soares foi o primeiro presidente da Rede no Rio de Janeiro e apoiou Marina na eleição de 2014, tendo papel destacado na sua campanha.

Na opinião de Soares, ao decidir pelo apoio ao impeachment de Dilma, a ex-senadora jogou fora suas possibilidades de ser uma candidata com chances reais em 2018.

A culpa não é do povo

Por Caio Botelho, no site da UJS:

Os retrocessos civilizacionais em curso no Brasil são imensos e o governo golpista liderado por Michel Temer conta com a repulsa da quase unanimidade dos brasileiros, de acordo com as recentes pesquisas de opinião. Diante desse cenário, não é estranho perguntar: onde está, afinal, o povo? Como se mantém silente mesmo quando estão em jogo questões tão fundamentais, como os direitos trabalhistas e a garantia de sua aposentadoria?

Sem meias palavras: nazismo, nunca mais

Por Francisco Carlos Teixeira, no site Carta Maior:

Depois de seguidas manifestações de ódio racial, de gênero – misógino, feminicídio, homofobia, transfobia –, de brutais preconceitos contra regionais brasileiros, em especial nordestinos em grandes cidades do Sul-Sudeste, e agora de refugiados haitianos e sírios no Brasil, vimos com espanto o toque de reunir dos neonazistas na cidade de Charlottesville, na Virgínia, Estados Unidos.

Na Europa, Alemanha, Polônia, Hungria, Letônia, Ucrânia e Áustria são assoladas por grupos cada vez mais explícitos, numerosos e fortes, de homens e mulheres, que defendem uma agenda claramente fascista, ou mesmo nazista: claro ódio aos judeus, aos negros, ao povo LGBT, a tudo que surge como uma forma de alteridade – um outro, o “alter”, que deve ser negado e anulado em face de um “Nós” homogêneo, racialmente “limpo” e “superior”.

É o petróleo, estúpido!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Hoje eu me deparei com um texto no blog do Nassif, assinado pelos economistas Leonardo Guerra e Günther Borgh, comentando a tal “conta petróleo”, que teria ficado positiva nos primeiros sete meses do ano. Fui pesquisar melhor o assunto e vi que essa conta-petróleo é um dado que a imprensa brasileira vem divulgando sem oferecer mais detalhes ao público e sem pedi-lo também ao governo.

No sistema Alice, o banco de dados oficial do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, aberto e público, não encontrei nenhum superávit.

Crimes contra a vida da dupla Alckmin-Doria

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Nesta semana nem a mídia tradicional, que elegeu e mantém a dupla tucana Alckmin-Doria, conseguiu esconder. As capas de dois jornais de grande circulação em São Paulo mostraram a insanidade das medidas adotadas por ambos contra a segurança das pessoas: “Mesmo com ações policiais, cresce o número de roubos na região da Cracolândia” – Estado de S. Paulo, 07/08. “Apenas 17% concluem internação em ação anticrack da gestão Doria” – Folha de S. Paulo, 08/08.

A política econômica de Temer fracassou

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A equipe econômica do governo Michel Temer vai refazer as contas para estabelecer nova meta de déficit de 2017 e 2018. Com receitas em permanente queda, o governo deve ampliar a meta do déficit deste ano, passando de R$ 139 bilhões para R$ 158 bilhões. Projeções também indicam que os investimentos do governo federal podem chegar ao final deste ano no menor nível em dez anos.

“Isso quer dizer que estamos na maior depressão da história econômica, maior do que a dos anos 30 do século 20. E, num cenário como esse, o investimento público tem que substituir o privado, porque o investimento privado é feito com base em expectativas do mercado. E numa depressão, as expectativas são muito negativas e pessimistas”, diz o professor do Instituto de Economia da Unicamp Fernando Nogueira da Costa.

O "outro mundo" da democracia brasileira

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

"É outro mundo". Foi essa a definição que a ex-ministra da Justiça da Alemanha, Herta Däubler-Gmelin, deu para o Brasil em sua passagem pelo país esta semana. Ela estava espantada com o fato de o presidente brasileiro não ter renunciado logo após a denúncia da PGR. Pobre, Herta. Mal sabe que isso é quase irrelevante perto da pornochanchada que tomou conta das instituições brasileiras.

Mas há quem acredite que está tudo normal. Quando a Câmara livrou Temer da denúncia de Janot por corrupção passiva, Gilmar Mendes comemorou a estabilidade que o engavetamento do caso trouxe ao país e ressaltou a normalidade do funcionamento das instituições: “Isso é uma questão da competência da Câmara. O sistema de ‘checks and balances’ (sistema de freios e contrapesos) está funcionando.”