sexta-feira, 28 de julho de 2017

O trio de capangas de Michel Temer

Por Altamiro Borges

Na próxima quarta-feira, 2 de agosto, a Câmara Federal deverá votar a admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o quadrilheiro Michel Temer. Caso aprove – o que hoje é improvável –, ele será afastado do cargo que usurpou com o golpe dos corruptos desferido no ano passado. Para evitar que seja defecado do poder, o Judas tem comprado deputados, liberando emendas, anistiando dívidas e promovendo outras “pedaladas”. O que se assiste no Congresso Nacional é “quase sexo explícito”, nas palavras diplomáticas do ex-chanceler Celso Amorim. Neste verdadeiro bordel, Michel Temer tem contado com a ação descarada de um trio de jagunços, segundo relatos da própria mídia golpista.

“O Globo” e o jornalismo de guerra

Do site de Dilma Rousseff:

A propósito do noticiário e das opiniões publicadas nesta sexta-feira, 28 de julho, no jornal “O Globo”, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. “O Globo” mente e distorce os fatos, como de costume. O jornal continua fomentando ilações sem fundamento. Não podemos esquecer que deu lastro aos golpistas que, hoje, afrontam o país.

2. As Organizações Globo fazem um jornalismo contra as forças populares e progressistas. Nada de novo. A empresa tem experiência nisso, como mostra a História, mas, mesmo assim, é forçoso esclarecer.

A insatisfação do empresariado com Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No dia em que o Copom reduziu a taxa Selic para 9,75%, o aplauso dos empresários do setor produtivo foi um muchocho: podiam ter cortado mais, disseram em coro. Eles apoiaram o impeachment, abraçaram Temer e sua agenda de reformas. Como o estouro do caso JBS, alguns flertaram com sua troca por Rodrigo Maia mas recuaram: ruim com ele, pior sem ele, chega de turbulência. Agora, porém, crescem os sinais de insatisfação do setor produtivo com um governo que não trouxe estabilidade política nem crescimento, aprofundou a recessão, agora aumentou impostos e enfrenta um descomunal desajuste fiscal.

A dívida pública e os juros

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A maior parte do noticiário atual tem se ocupado dos impactos políticos e econômicos derivados da mais recente decisão da equipe comandada por Henrique Meirelles. Trata-se da opção por lançar mão do aumento de impostos para dar uma maquiadazinha na calamitosa situação fiscal de nosso País. Na verdade, o problema não está tanto na majoração dos tributos incidentes na cadeia de combustíveis em si. Mas principalmente pelo fato de se tratar de mais um evento de estelionato golpeachmental patrocinado por Temer.

A esquerda e a nova fase do golpe

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

O país enfrenta uma grave crise. A economia vai de mal a pior. A indústria e o comércio em sérias dificuldades. O desemprego atingiu 14 milhões de trabalhadores. Houve uma queda de 6% de suas rendas.

O governo, no seu objetivo de liquidar com os direitos dos trabalhadores, enfrentou dificuldades para aprovar a reforma trabalhista. A reforma da previdência encontra maiores dificuldades e setores governamentais falam em adia-la, temendo as consequências eleitorais. Mas o empresariado pressiona por sua aprovação.
As denúncias de corrupção contra um grande número de Ministros e o Presidente ilegítimo mostram a verdadeira face do governo. Por outro lado Temer enfrenta a denúncia da Procuradoria Geral da República por corrupção passiva. Tentando impedir seu acatamento, compra deputados.

Irritado com Maduro? Lembre-se de Temer

Venezuela. Foto: Jornalistas Livres
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A indignação do conservadorismo verde-amarelo diante Assembléia Constituinte Venezuelana só pode ser vista como um insulto aos brasileiros. Do ponto de vista de democracia, não tem nenhuma reserva moral ou política para reclamar da situação.

Neste domingo, os venezuelanos irão às urnas para escolher 545 membros de uma Assembléia Constituinte, que serão encarregados de formular uma nova carta de leis para o país.

Você deve ter lido e ouvido críticas ao processo, e eu aconselho a leitura de uma entrevista do jurista Luiz Moreira, aqui neste espaço, para alguns esclarecimentos.

"Reforma" da Previdência sobe no telhado

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Com uma base aliada esfacelada e recorde de impopularidade, o governo de Michel Temer já cogita abandonar a votação da reforma da Previdência, que era parte do pacote de reformas prometido ao mercado financeiro.

Se a proposta de reforma já não tinha consenso entre os parlamentares – inclusive da base aliada – agora, diante do desgaste do governo e por exigir um quórum especial, isto é, três quintos dos parlamentares em dois turnos de discussão, a votação da emenda constitucional da reforma da Previdência perde força.

Kishiyama, a ponte Meirelles-Bahamas?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os rolos empresariais de Henrique Meirelles vêm de longe.

Em 2004, o PSDB pediu a sua demissão do Governo Lula porque seu primo (e procurador) Marco Túlio Pereira de Campos, foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para Brasília levando na pasta R$ 32 mil em espécie.

Ele era acusado de ter aberto uma empresa quando já estava no Governo, a Catenária Participações, aberta em Goiás, em 2003, tendo o então presidente do BC e a mãe, Diva, que tinha então 94 anos, como sócios. Ele, com R$ 299.970 e a mãe com meros R$ 30.

O mundo fantástico das delações premiadas

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi aos EUA prestar contas de suas ações, mas não explicou porque, no Brasil, as delações premiadas se tornaram essa palhaçada.

Há alguns meses, uma delação bombástica ocupou a capa de todos os jornalões. Joesley Batista teria dito, em sua delação premiada, que Lula e Dilma tinham uma conta no exterior, onde receberam US$ 150 milhões em propina.

A notícia tem sido desmentida, desde então, em notas de pé de página.

Hoje, na coluna de Monica Bergamo, mais uma pá de cal sobre a mentira, que desmoraliza não apenas essa delação, mas o próprio Ministério Público Federal.

Com Temer, Brasil volta à condição de Colônia

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Em pouco mais de um ano, Michel Temer conseguiu um improvável feito: reduzir o País à condição de colônia, submetida a uma nova metrópole. Diante da impossibilidade físico-temporal de retroagir no tempo, seu projeto guarda certas singularidades em relação ao modelo do Brasil Colônia, mas a arquitetura é a mesma.

Com um mercado doméstico fragilizado e abastecido por produtos manufaturados importados, a produção orienta-se quase exclusivamente para o mercado externo. Como no passado, os produtos de exploração são as commodities agrícolas e minerais. As adaptações impõem-se por força das atuais circunstâncias. Os juros da dívida pública somam-se aos valiosos artigos oferecidos ao mercado.

Os cachês de Meirelles foram lobby na veia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Apenas para efeito de avaliação: a não ser consultorias geopolíticas de altíssimo nível, como as de Henry Kissinger, não existe consultoria para negócios no Brasil, pelo menos nas áreas de especialização de Henrique Meirelles, que justifique os ganhos obtidos nos últimos anos.

Meirelles nunca foi um consultor estrategista. Muito menos um executivo que se destacasse. No seu tempo no Bank Boston o máximo que chegou foi a Global President, ou seja, diretor da área internacional do banco, representado apenas por ativos no Brasil e na Argentina.

O bandido de estimação da Globo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O ex-presidente da CBF entre 1989 e 2012, Ricardo Teixeira, está sendo procurado pela polícia de dois países.

Na Espanha, é acusado de lavar dinheiro de comissões ilícitas recebidas na venda de amistosos da seleção brasileira.

Ele teria formado uma “organização criminosa” com o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, preso há quase dois meses.

Nos EUA, responde por fraude, lavagem de dinheiro e por embolsar propinas para beneficiar empresas de marketing esportivo. Sua prisão é pedida desde 2015.

Ocupar as ruas para ter força em 2018

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As dificuldades que a esquerda enfrenta para chegar a 2018 não são poucas. Ela precisa trabalhar por uma unidade que alguns questionam, para ter força diante do golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff do governo, tendo pela frente a ofensiva judicial contra sua mais forte alternativa eleitoral, o ex-presidente Lula. Precisa também entender por que as reformas de Michel Temer não estão provocando movimentos de rua da magnitude esperada e refletir sobre seus próprios erros.