segunda-feira, 19 de junho de 2017

PF conclui: Temer e Loures são corruptos!

Charge de Lézio Junior (Diário da Região)
Por Altamiro Borges

A Polícia Federal encaminhou nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatório parcial sobre as investigações acerca da bandidagem praticada pelo “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”. Segundo o site da revista Veja, ela “concluiu que há indícios de materialidade da prática do crime de corrupção passiva pelo presidente Michel Temer (PMDB) e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, preso em Brasília”. O relatório deve atormentar ainda mais a viagem do golpista à “República Socialista Soviética da Rússia”, segundo a hilária descrição do site do Palácio do Planalto. Se bobear, o usurpador pede asilo na Sibéria para evitar uma ordem de prisão no Brasil.

OAB pede urgência no impeachment de Temer

Por Altamiro Borges

Em nota oficial divulgada neste sábado (17), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou que o presidente da Câmara Federal, o demo Rodrigo Maia, paute – “com urgência” – a análise dos pedidos de impeachment do usurpador Michel Temer. O comunicado, assinado pelo presidente nacional da entidade, Cláudio Lamachia, veio a público logo após a publicação pela revista Época da bombástica entrevista com o mafioso Joesley Batista, dono da JBS. “A Câmara dos Deputados não pode continuar agindo com cinismo, como se nada estivesse acontecendo no país... O presidente da Câmara deve satisfação à população e, por isso, precisa pautar com urgência a análise dos pedidos de impeachment”, explicou Cláudio Lamachia.

Marianna Dias, a nova presidenta da UNE

Do site da UNE:

Neste domingo (18/06) terminou em Belo Horizonte o 55º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). A estudante de Pedagogia da UNEB (Universidade do Estado da Bahia), Marianna Dias (25), natural de Feira de Santana (BA), foi eleita presidenta da entidade durante a Plenária Final do encontro, realizada no Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte.

Candidata da chapa “Frente Brasil Popular: A unidade é a bandeira da esperança”, Marianna obteve 3.788 votos (79%) e assumirá a presidência da UNE pelos próximos dois anos.

A crise política e a ascensão autoritária

Por Luis Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

Para aqueles que supõem que a crise política está próxima do seu fim, a resposta positiva é improvável. Pelo contrário, a crise política pode se agravar. Essa verdade desnuda demonstra que uma possível eleição de um aventureiro qualquer pode nos tirar da crise para algo pior. Porque saídas mágicas para a crise política como o afastamento de Dilma não nos livrou de nenhum dos problemas da república e nos acrescentou vários, agravando, ampliando e perpetuando o caos.

A saída da crise política não pode ser posta, principalmente pelo campo progressista, para além da política. Será uma saída política e pela política. Mas, para isso é preciso entender as origens e as causas desta encalacrada situação que começa em 2013.

A UNE e os jovens dão exemplo a ser seguido

Por Haroldo Lima

Marianna Dias, a recém-eleita presidenta da União Nacional dos Estudantes, no seu 55º Congresso, é de Feira de Santana, a cidade baiana por onde começa o sertão nordestino, chamada de “Princesa do Sertão”, base política da esquerda em passado próximo, terra do deputado “autêntico” Francisco Pinto, baluarte na luta contra a ditadura no Brasil.

Carina Vitral, a presidenta que encerrou com luzes seu mandato vitorioso de presidenta da UNE, é de Santos, a cidade onde fica o famoso “porto vermelho de Santos”, assim descrito nos “Subterrâneos da Liberdade” por Jorge Amado, pelas lutas memoráveis lá travadas pelos portuários.

Essas duas jovens guerreiras seguem o caminho aberto em 1982 pela também baiana Clara Araújo, primeira mulher a presidir a UNE em toda sua história, caminho depois palmilhado por outras jovens, todas aguerridas, Gisela Mendonça (1986-1987), Patrícia de Angelis (1991-1992), Lúcia Stumpf (2007-2009) e Virgínia Barros, a Vic (2013 -2015).

São Paulo está um lixo

Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

A frase não é minha, mas de João Doria Jr. Foi proferida em 4 de dezembro passado, mas poderia ser repetida hoje. À época representava um certo exagero, pelo menos no que é visível para a classe média. Para as periferias, o quadro era, como sempre, muito problemático.

Mas agora, o abandono do que se chama zeladoria pelo alcaide que estreou fantasiado de gari atingiu píncaros espantosos até nas regiões centrais.

Buracos em profusão nas ruas, mato crescendo em parques e praças, lâmpadas queimadas, semáforos inativos, lixo pelas ruas e muito mais derrubam ainda mais a imagem de quem ficará marcado como autor de um esboço de pogrom na Cracolândia.

'Época' tenta esconder Meirelles

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nós sabemos que no mundo da justiça-espetáculo as versões costumam ser mais importantes do que os fatos. Lembrei dessa regra ao ler o depoimento de 12 paginas de Joesley Batista à revista Época, reproduzido com tambores e trombetas na noite de sábado no Jornal Nacional. Alguns fatos e versões se encontram, indiscutivelmente, fora do lugar, formando uma construção que gera resultados políticos óbvios. O maior exemplo envolve o papel do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, personagem numero 2 do governo comandado pelo "chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil" nas palavras de Joesley.

Graças ao silêncio da Época, o cidadão brasileiro permanece sem saber o papel do ministro da Fazenda Henrique Meirelles nos negócios do grupo.

Judiciário define a agenda política

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

"A crise viajou", pilheriava Fernando Henrique Cardoso, então líder do governo no Senado, assim que o presidente José Sarney embarcava para mais uma missão no exterior.

Os dois eram do PMDB, e o país já vivia em crise naqueles primórdios da redemocratização, no primeiro governo civil pós-ditadura que o vice Sarney herdou do falecido Tancredo Neves.

Três décadas depois, agora patriarca do PSDB, sem saber se fica ou não na pinguela do PMDB, FHC já não deve estar com espírito para brincadeiras, mais preocupado com a sobrevivência do próprio partido.

A máquina de demolir da TV Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, ao contrário de Lula, não tem gordura para queimar em matéria política.

Pode ter, sim, em maioria parlamentar, ainda por algum tempo, ainda que cada vez mais cara.

Hoje, o Poder360 registra que a máquina de demolição da Globo dedicou cerca de 25 minutos (24min43s, exatamente) do Jornal Nacional ao caso JBS, três quarto deles à entrevista do butcher de Temer (mais chique, pela celebridade, que chama-lo açougueiro), e o restante para a bravata presidencial em processá-lo, depois de muitos gaguejos e mentidos e desmentidos sobre aviões, além de nenhuma explicação sobre malas e mochilas.

O desafio é avançar na mudança estrutural

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Do ponto de vista histórico, os principais períodos de mudanças estruturais na sociedade brasileira não resultaram de rupturas decorrentes do progresso técnico. O contrário, todavia, do que se pode constatar em outras sociedades como a inglesa, a estadunidense e a alemã, se tomadas como exemplos.

Desde a segunda metade do século 18, com o salto proporcionado pela primeira Revolução Industrial e Tecnológica, produtora da mecanização assentada na indústria têxtil – com a introdução do tear mecânico –, além da ferroviária e naval – com o motor a vapor –, o Reino Unido se transformou profundamente. O progresso tecnológico trouxe para a sociedade de lá repercussões internas e externas, o que permitiu, por exemplo, levá-la a ocupar inédita posição de hegemonia no sistema capitalista em formação mundial.

O PSDB e sua decomposição moral

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Todo organismo político, seja ele um líder, um partido, um movimento ou um Estado tem (ou deveria ter) um fundamento moral, definido pelos seus princípios, e um fundamento ético, definido pelos seus objetivos e finalidades. A corrupção, no sentido amplo do termo, tem se revelado, ao longo dos temos, o mal mortal dos organismos políticos, incluindo os líderes. Ela costuma decompor a substância do organismo nas suas dimensões morais, éticas, políticas e programáticas, transmutando-o daquilo que ele é a aquilo que ele não é.

A História e a Filosofia Política mostram que a corrupção leva os corpos políticos e os líderes a um declínio inexorável, por mais generalizadamente corrupto que seja um sistema e por mais que ele tenha uma vida prolongada no tempo. De modo geral, nos momentos de erosão e de ocaso, o que se manifesta são agudas crises de legitimidade do Estado, do partido ou do líder. Claro que existem possibilidades e mecanismos de regeneração de corpos degenerados, mas esta tarefa sempre é difícil e demanda esforços hercúleos e pouco suscetíveis de serem assumidos pelos entes corrompidos.


Os amigos que protegem FHC na Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um leitor me manda um email. “Lembrei de você”, disse ele.

O que o fez lembrar de mim foi um trecho que a Folha deu sobre o novo livro de FHC.

“Sujei as mãos para ler”, disse ele.

Ele me poupou tempo: me mandou o que o incomodara.

Era uma frase de FHC segundo a qual ele é muito amigo de Merval e de Ali Kamel.

Não apenas amigo. Bastante amigo, sublinhou FHC.

Prazer com a crise vem de longe

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O Brasil parece naufragar nas águas revoltas de um oceano mal-humorado. Esse cenário ambientado sob uma tempestade violenta é mesmo muito dramático, mas a verdade é que tal fenômeno tem muito pouco ou quase nada de natural em sua manifestação.

A crise econômica é evidente. As consequências sociais de sua propagação são impressionantes. O desemprego atinge níveis recordes, com a taxa de desocupação atingindo mais de 13,7% da população economicamente ativa. São mais de 14 milhões de trabalhadores que perderam seus postos no mercado formal de trabalho, com os inescapáveis reflexos sobre o nível de renda e bem-estar de suas respectivas famílias.

TV paga sofre nova queda. É a crise!

Por Altamiro Borges

Bem que a mídia chapa-branca, nutrida com milhões em publicidade do covil golpista de Michel Temer, tentou criar um clima de otimismo na sociedade sobre os rumos da economia. Apesar das péssimas notícias – com recordes de desemprego, queda do salário, falência de empresas, etc. –, os ex-urubólogos da mídia passaram a repetir o mantra “mas vai melhorar”. O tempo passou e a realidade desnudou mais esta farsa da imprensa manipuladora. Agora não dá mais para esconder o desastre causado pela quadrilha que assaltou o poder – com a inestimável ajuda da mídia golpista. Os efeitos são devastadores até para as próprias empresas de comunicação. No mês retrasado, por exemplo, a TV paga perdeu 171 mil assinantes e agora afunda na crise.