quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Lula cresce graças a Moro, PSDB e Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Mais uma pesquisa sobre a sucessão presidencial de 2018 revela que Lula não para de se fortalecer eleitoralmente apesar de ter uma condenação criminal nas costas e de sofrer uma das campanhas difamatórias mais inclementes que alguém já sofreu.

Que fenômeno é esse? De onde vem esse apoio CRESCENTE da sociedade a alguém com inimigos tão poderosos quanto o Poder Judiciário, que elegeu Lula seu inimigo e, contra ele, move todos os seus recursos, tendo tornado impossível ao ex-presidente obter qualquer vitória contra si?

Já é quilométrica a fila de analistas de todos os perfis político-ideológicos que tentam explicar esse fenômeno. O Blog da Cidadania também já flertou com ele, mas, aqui, ocorre uma nova especulação, pois a saudade do tempo que o petista governava já não basta para explicar.

Antes, vejamos a enésima pesquisa de opinião a registrar novo salto eleitoral de Lula.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais de 2018 fossem hoje, segundo pesquisa Ibope publicada na coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo. Em todos os cenários, Lula ficaria com o mínimo de 35% e o máximo 36% das intenções de voto.

A ex-senadora Marina Silva aparece em terceiro lugar em todos os cenários da pesquisa, que foi realizada entre os dias 18 e 22 deste mês, com intenções de voto entre 8% e 11% dependendo dos adversários. Em seguida, vêm Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e João Doria, com porcentuais entre 5% e 7%.

Entre os novos nomes, o apresentador de TV Luciano Huck foi testado na pesquisa, ficando em patamar igual aos do tucano Alckmin e Doria: 5% no cenário em que a disputa é com Lula e 8%, com Haddad. Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, teve entre zero e 1% das intenções, dependendo do cenário.

Na pesquisa espontânea, Lula também lidera, com 26% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 9%. Foram ouvidas 2.002 pessoas em todos os Estados, com margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.


Vários analistas estão dizendo que “Mais do que simplesmente confirmar a disparada do ex-presidente Lula nas pesquisas, o Ibope também trouxe um fato novo: são reais as chances de que Lula vença a disputa no primeiro turno.

No principal cenário, Lula teria 35% contra 40% de todos os adversários somados – o que praticamente configura um empate técnico.

No entanto, o Ibope inclui dois candidatos do PSDB – João Doria e Geraldo Alckmin – e também insere na pesquisa o apresentador global Luciano Huck, projeto de candidato de laboratório da Globo, que ainda não tem partido (…)”

Só discordo de que a possibilidade de Lula vencer a eleição no primeiro turno seria um “fato novo”. Todas as pesquisas apontam nessa direção, apesar de alguns analistas tendenciosos, que fazem campanha CONTRA o ex-presidente, ressuscitaram a tese do “teto eleitoral” de Lula.

Esse “analista” cita pesquisa Ipsos para dizer que Lula tem rejeição maior que aprovação. Só esqueceu de dizer que o próprio instituto Ipsos divulgou recentemente que aprovação de Lula vem subindo e a de seus inimigos vem caindo.

Ipsos: cai desaprovação a Lula e sobe rejeição a Moro e Bolsonaro


Esse fenômeno traduzido pela resiliência extraordinária de Lula não se explica só pelo seu governo exitoso (2003 – 2010), mas pela atuação desastrada de seus inimigos, que, com truculência, mentiras e incompetência permitem que a sociedade enxergue, cada vez mais, que o ex-presidente é vítima de um complô.


Mas, também, o nível de seus adversários beira o ridículo, de tão ruim. Vejamos como travam combate contra o ex-presidente.

Comecemos pelo hoje arqui-inimigo de Lula, Sergio Moro. Primeiro, ele se deixa flagrar em situações constrangedoras para um juiz ao confraternizar publicamente com inimigos capitais do seu alvo, como Aécio Neves ou Michel Temer.

Mas o mais importante e efetivo para se desmoralizar nos ataques a Lula é ter se deixado transformar em algoz do ex-presidente em lugar de julgador, além de condená-lo (ilegalmente), já que a lei que 12.850/13, que regula as delações premiadas, proíbe aos juízes fazer o que Moro fez, ou seja, condenar Lula com base, apenas, nas declarações de delatores.


Já os adversários diretos são tão ruins que pouco vale dizer sobre eles. Os tucanos derreteram na pesquisa. Aparecem atrás de Luciano Huck, outra invenção da direita como o prefeito tucano de São Paulo, João Doria, que, uma vez exposto à luz, vai virando pó, como mostra matéria recém-publicada sobre sua desidratação nas redes sociais após criar “ração para pobre”, maltratar munícipes etc.


O único que não está esmagado pela pré-candidatura de Lula é Bolsonaro, mas, como está página tem dito reiteradamente, Bolsonaro é o adversário dos sonhos de qualquer político, com todas as barbaridades que já disse na vida, como pregações de sonegação de impostos, espancamento de filhos homossexuais, genocídio de adversários políticos etc.


Finalmente todos os idiotas do Brasil ganharam um representante à altura, por isso Bolsonaro arrasta uma multidão por onde passa, pois há muito idiota neste país, como em qualquer país. Porém, os idiotas estão longe de ser maioria porque a regra da idiotia é que ela necessita de falta de preocupações sérias e a maioria dos brasileiros tem muitas preocupações assim.

Coroando tudo isso, o recall. A memória afetiva de um tempo em que a vida das pessoas só fazia melhorar simplesmente porque o governo entendia que é preciso tornar os pobres cidadãos, pois como cidadãos podem consumir, gerar impostos, gerar empregos e, assim, como diz Lula, os pobres podem fazer a roda da economia girar.

Que venha Lula de novo, então. Com a força do povo.

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