domingo, 1 de outubro de 2017

Datafolha faz a direita arrancar os cabelos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não é “oficial”, mas montei um gráfico com os números já divulgados do Datafolha.

Dispensa explicações.

Como a Folha admite que 35% é o mínimo que Lula atinge nos cenários propostos, é “daí para pior”.

Algumas observações , quase óbvias.

A perseguição beneficiou Lula em grande escala. Passar de 30 apara 35% significa que cada cinco eleitores de Lula viraram seis.

Se estes seis virarem sete, chegam a 41% e vence, provavelmente, no primeiro turno, dado o grau de rejeição à política que a mídia incutiu na população.

Bolsonaro, aparentemente, chegou no seu teto, inacreditavelmente alto.

Mesmo se o esvaziarem, não têm certeza de que alguma parte de seus votos migrem para Lula.

Marina Silva é quase um voto nulo ou branco, é a fuga do debate político, quase uma desculpa para abstenção.

Dória, como me disse um amigo, é um avião que deu todo o motor e chegou à metade da pista sem velocidade para decolar e acelerado demais para abortar a corrida.

Até mesmo um arranjo para que ele reflua a uma candidatura a governador, se não quiser se aventurar fora do PSDB terá um sabor de “é, não deu” e uma desconfiança imensa pelo seu comportamento de traidor do padrinho Alckmin.

E sinaliza que aventuras “Huck” e outras que tais não terão melhor resultado.

O resto é só o resto.

O mais significativo, porém, é o empate técnico num suposto “segundo turno” entre Lula e Moro.

Embora improvável (e se tentado será um strip-tease das intenções do juiz, visível até para cegos) mostra que a exclusão de Lula da disputa eleitoral arrastará toda a legitimidade do processo.

O povão é muito mais decente que a classe média e mais inteligente que os doutores de “punhos de renda”.

1 comentários:

Unknown disse...

♫ O Estadão publicou matéria de Marcelo Godoy entrevistando o pensador italiano Antonio Negri, Professor de filosofia do Direito e Teoria do Estado na Universidade de Pádua e mais tarde da Universidade de Paris VIII e do Collège International de Philosophie.
Entre outras coisas, o professor diz diz “Como se pode aceitar uma Constituição na qual a corrupção é necessária para fazer qualquer lei?”, referindo-se principalmente aos governos do PT.
O que ele parece esquecer é que Lincoln conseguiu aprovar a 13ª Emenda – que extinguiu a escravidão – só depois de corromper vários congressistas do Partido Democrata de então, no fim da Guerra Civil que já contabilizava 600 mil mortos.
Em política, os fins justificam às vezes os meios. Você luta com as armas que estão ao alcance; porque, se ficar esperando todo mundo virar bonzinho, jamais fará coisa alguma...