quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Vereador do MBL é um capitão do mato

Por Altamiro Borges

Em entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira (4), o vereador Fernando Holiday, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) que ganhou projeção midiática nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma” e obteve 48 mil votos como candidato pelo fisiológico DEM em São Paulo, disse que pretende apresentar dois projetos de imediato: um para revogar o Dia da Consciência Negra e outro para acabar com as cotas raciais em concursos públicos na capital paulista. Com estas posições, o fascista mirim, que é negro e homossexual, tenta se cacifar como expressão da onda conservadora no país e assume abertamente a postura do típico “capitão do mato” da época da escravidão.

O Dia da Consciência Negra foi uma conquista dos movimentos sociais que lutam contra o racismo. O dia 20 de novembro foi escolhido para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares assassinado em 1695. Já as cotas raciais em concursos públicos foram implantadas pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) em 2013. Mas para o “capitão do mato” do MBL, as duas iniciativas são “esquerdistas”. Ele propõe “outra data que relembre a libertação dos negros, mas que homenageie outra figura e que não tenha o nome 'Dia da Consciência Negra', que é segregacionista e acaba de certa forma sendo racista. As pessoas devem ter consciência humana, independentemente da cor da pele”.

Quanto à proposta do fim das cotas raciais, Fernando Holiday explica que “há muito tempo venho encampando este debate, porque acredito que elas reforçam o racismo ao invés de ajudar os negros”. Repetindo um chavão das elites, ele alega que defende a tal “meritocracia” e que é contrário a qualquer política pública afirmativa. Eleito pelo DEM – partido que teve a sua origem na sanguinária ditadura militar –, o cínico vereador também afirma que apresentará um projeto para proibir homenagens a ditadores em sessões solenes na Câmara Municipal. “Já protestei contra uma homenagem que fizeram a Fidel Castro em uma sessão solene”, afirma o provocador fascista.

Como se observa, Fernando Holiday é um típico capitão do mato. Para quem não conhece esta história, reproduzo a explicação do Wikipédia:

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O capitão do mato era na origem um empregado público da última categoria encarregado de reprimir os pequenos delitos ocorridos no campo. Na sociedade escravocrata do Brasil, a tarefa principal ficou a de capturar os escravos fugitivos. O termo capitão do mato passou a incluir aqueles que, moradores da cidade ou dos interiores das províncias, capturavam fugitivos para depois entregá-los aos seus amos mediante prêmio. Os capitães do mato gozavam de pouquíssimo prestígio social, seja entre os cativos que tinham neles os seus inimigos naturais, seja na sociedade escravocrata, que os considerava inferiores até aos praças de polícia, e os suspeitava de sequestrar escravos apanhados ao acaso, esperando vê-los declarados em fuga para depois devolvê-los como recompensa.

4 comentários:

Anônimo disse...

Assim como os capitães do mato, haviam também os prisioneiros de campos de concentração nazistas que "trabalhavam" para os opressores. Reprimindo, delatando....Eram odiados por ambos

Dilma Coelho. disse...

Ele é um infeliz, meio oligofrenico, bobalhão. Um dia poderá despertar e perceber quantas bobagens já fez. Tipo "se acha" ou "tem certeza".
Infelizmente, graças as urnas fraudadas pela turma do alkmim foi eleito...

Idéias do Canossa. disse...

Se cor da pele é a única qualidade a ser considerada. O artigo é correto.

Unknown disse...

Eu considero negros, humanos como eu, sendo assim, não acredito que eles precisem de cotas ou coisas parecidas, pois eles são capazes. Eles não estão mais em um Senzala graças à Deus e não precisam ser tratados como se ainda estivessem. Negros e brancos são humanos e tem a mesma capacidade de lutar e vencer pelo que quiserem. Sociedade não fiquem felizes por ganhar nada que tenha sublirnamente uma mensagem que você é menor que o outro.