terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Previdência privada aplaude a “reforma”

Ilustração: Bira Dantas
Por Altamiro Borges

A proposta de “reforma” da Previdência do Judas Michel Temer é tão cruel e desumana que até já virou motivo de piadinhas macabras. O irreverente José Simão não perdeu a oportunidade: “Se eu estivesse morto, eu teria que trabalhar mais 20 anos pra me aposentar! E o Congresso? O Congresso vai se aposentar por anos de propina. Aposentadoria por tempo de propina... E o [site] Kibeloco: ‘A reforma é simples: se você não é militar, não vai se aposentar’. A Reforma da Previdência é simples: você não vai se aposentar! Pronto! E adorei a charge do ATorres com uns véinhos numa mesa branca: ‘Seu Astrodo, o senhor está entre nós? Já saiu sua aposentadoria, seu Astrodo’”.

O apoio midiático à 'PEC da Morte'

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site Carta Maior:

A PEC-55 limitando os gastos públicos por 20 anos é um dos pilares do golpe de Estado perpetrado em 31 de agosto deste ano contra o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Dois outros são a entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo e a criminosa reforma da Previdência.

A ação golpista não estancou na destituição da governante eleita pelo voto popular.

Constituiu-se na atual legislatura uma maioria parlamentar capaz de aprovar qualquer medida anti-popular e anti-nacionalista que seja apresentada.

Sentença de morte: você não vai se aposentar

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A reforma da Previdência anunciada pelo governo não eleito pode ser resumida numa sentença de morte: você não vai se aposentar. É só fazer as contas. O tempo de contribuição necessário para ter direito a aposentadoria integral (que de integral não tem nada) passou a ser de 49 anos. Some a essas quase cinco décadas a idade que você começou a trabalhar, os eventuais períodos em que ficou sem contribuir e compare com a expectativa de vida média do brasileiro. A indesejada das gentes vai chegar primeiro.

PEC-55: instrumento do 1% mais rico

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Grazielle David e Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

No Brasil, o comprometimento do orçamento da União para o pagamento de despesas financeiras, cujos estoques estão em poder de donos de títulos da dívida pública, pessoa físicas ou jurídicas, e principalmente nas mãos do sistema financeiro, dos bancos, alcançou a marca de 27,8% [1] do orçamento federal em 2015.

Esse cenário torna a dívida pública um dos principais instrumentos de dominação da sociedade brasileira por parte dos grandes rentistas, proprietários de grande parte dos títulos da dívida. O processo de gerenciamento da dívida pública, que carrega uma elevada taxa de juros e a lógica de curto prazo no pagamento das obrigações financeiras, tem sido o principal condicionante da política econômica nas últimas duas décadas, o que torna o capital portador de juros um sócio privilegiado do orçamento público.

Previdência: a farsa desmascarada

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Às vezes, diz o brocado, é mais fácil pegar um mentiroso que um coxo. Nos últimos dois anos, os conservadores brasileiros surfaram na onda do sentimento anti-establishment que percorre o planeta. Deram-lhe conteúdo reacionário. Em maio, derrubaram um governo que ensaiava reformas sociais tímidas porém inéditas – acusando-o de responsável por práticas de corrupção que marcam a história do país há séculos. Promoveram uma série inédita de ataques aos direitos sociais, aos serviços públicos e às liberdades democráticas. Governam como saqueadores, loteando o Estado e desmantelando as políticas públicas.

Triplex não é de Lula, confirmam testemunhas

Do site Lula:

A engenheira da OAS Empreendimentos Mariuza Aparecida Marques depôs nesta segunda-feira (12) em processo na 13ª Vara Justiça Federal, em Curitiba, por videoconferência. Ela é testemunha de acusação dos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná contra Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser dono de um um apartamento triplex do qual jamais foi o proprietário oficial nem jamais fez uso. Atualmente, a OAS é a dona do imóvel.

A PEC-55 e o estado de sítio rentista

Por Jeferson Miola

Em 13 de dezembro de 1968, o ditador Costa e Silva decretou o Ato Institucional nº 5. Essa medida, equivalente ao estado de sítio, consolidou o caráter totalitário do regime de exceção iniciado com o golpe de Estado perpetrado em 31 de março de 1964 com a derrubada do Presidente João Goulart.

O AI 5 ficou vigente até dezembro de 1978, portanto seus efeitos duraram 10 anos.

Exatos 48 anos depois, neste dia 13 de dezembro de 2016, o regime de exceção vigente hoje no Brasil dará um passo decisivo para a instauração do estado de sítio rentista.

Reforma previdenciária presenteia os bancos

Ilustração: Quinho
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Já se soube que o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, antes de fechar e apresentar a proposta de reforma do governo, reuniu-se diversas vezes com empresários, banqueiros e fundos de Previdência Privada. Só quando tudo estava pronto, teve um encontro com as centrais sindicais. O que não se sabia, e estava passando batido, é que ele incluiu na reforma um presente para os bancos e fundos de previdência privada, manobra que está sendo denunciada pela líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Os crimes do narcoestado peruano

Por Leonardo Wexell Severo, de Lima-Peru

Passada a sangrenta ditadura de Alberto Fujimori e o estelionato eleitoral de Ollanta Humala, o povo peruano enfrenta agora o desgoverno de Pedro Pablo Kuczynski (PPK) e um parlamento corrupto, controlado pelo narco-fascismo fujimorista. Uma feroz disputa entre direitistas para ver quem é mais submisso ao sistema financeiro e aos cartéis estrangeiros; que se empenham na implantação da política neoliberal de desmonte do Estado, via ajuste fiscal, concessões-privatizações e reformas trabalhista e previdenciária.

República estilhaçada e a falência do STF

Ilustração: Quinho
Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Uma república se sustenta sobre a funcionalidade do tripé dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - conforme o estabelecido na Constituição. Nas últimas semanas, a república brasileira veio abaixo com o desmoronamento do último poder que ainda mal subsistia: o Judiciário. Fruto de um golpe, o Executivo, sem legitimidade não podia ser considerado um poder republicano desde a posse de Temer. Além da ilegitimidade originária, esse governo era e é inaceitável pelo seu caráter criminal. Se alguém ainda duvidava de que se tratava de uma quadrilha, as delações dos executivos da Odebrecht acabam de desvelar qualquer dúvida. A principal missão desse governo é a de investir com violência contra os direitos sociais e contra o espírito e a letra da Constituição de 1988.

Com Temer, a questão indígena retrocede

Por Murilo Matias, na revista CartaCapital:

Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que sugere excesso de autoridades para um reduzido número de seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política nacional.

Ausentes nos espaços de poder, os indígenas veem seus dramas se intensificarem, com a fragilização da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ofensiva da bancada ruralista e o massacre de etnias impulsionado pela guerra de especuladores do agronegócio, percebida por muitos como a continuação de um genocídio.