sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Calero, o anti-herói, pode derrubar Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

Marcelo Calero foi o ducentésimo vigésimo quinto nome a ser avaliado por Temer para assumir o ministério da Cultura. Antes dele, uma fila que saia do Palácio de Planalto e terminava lá na cidade satélite de Taguatinga já havia recusado o convite do então presidente interino. Ninguém queria botar no currículo tamanha desonra.

Mas eis que surge Calero e topa o cargo. De secretário.

Sim, parece um passado longínquo, talvez ninguém mas se lembre. Mas Temer havia acabado com o MinC. E Calero não chegou ministro, virou depois.

A contra reforma de Temer

Por Samuel Pinheiro Guimarães

1. De 1500 a 2003, as classes hegemônicas brasileiras, estreitamente vinculadas as classes hegemônicas das metrópoles coloniais, hoje às classes hegemônicas dos Estados Unidos, organizaram a economia, a sociedade, o sistema político e o Estado brasileiros de acordo com seus interesses e em seu benefício.

2. A extrema concentração de riqueza e de renda, a situação de pobreza de grande parte da população, as condições de saúde, alimentação, saneamento, educação, transporte, segurança e cultura da enorme maioria demonstram cabalmente que a organização da sociedade feita pelas classes hegemônicas não beneficiou e não beneficia a esmagadora maioria do povo brasileiro.

O lodo, o povo e a rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

No Brasil dos anos 80, como agora depois do golpe, a discussão sobre o país e o seu desenvolvimento estava interditada.

A pauta dominante era a impossibilidade da sociedade brasileira de comandar o seu desenvolvimento.

Pelas leis de mercado, o país se reduzira a um pedaço de crosta terrestre à deriva.

Condenada ao degredo econômico, a população chapinhava no lodo político bombeado por uma ditadura que estrebuchava mas ainda oprimia.

À La Vue de Tous

Por Marcelo Zero

À La Vue de tous, à vista de todos, o governo Temer, que nunca foi sólido, se desmancha no ar. Melhor: se desmancha na lama rasa do compadrio e da corrupção.

E pensar que Dilma, uma presidenta que até os piores adversários reconheciam ser honesta, foi apeada ilegalmente do poder para dar lugar a essa vara de suínos vorazes e fisiológicos. Alguém consegue imaginar Dilma pressionando um ministro para resolver, de forma irregular, a questão pessoal, menor, corrupta de outro ministro? Impossível. Geddel sequer teria tido coragem de chegar perto de Dilma com uma “reivindicação” desse tipo.

O crime de responsabilidade de Temer


Políticos da oposição afirmam que a queda do secretário de governo, Geddel Vieira Lima, aprofunda a crise do governo Temer. Com indícios de que o presidente atuou para resolver "impasse" entre Geddel e o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que saiu acusando Geddel fazer pressão para liberar a construção de edifício em Salvador em que comprou um dos apartamentos, parlamentares já anunciam que entrarão com pedido de impeachment contra Temer.

"Vamos entrar com pedido de impeachment por crime de responsabilidade do presidente Michel Temer", afirma o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo ele, a base do pedido será o depoimento à Polícia Federal do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, em que afirma ter sido "enquadrado" por Temer em benefício de Geddel. "A saída de Geddel é só o início. Este governo precisa cair em sequência", disparou o senador, pelo Facebook.

Golpe impõe retrocesso à cultura

Foto: Raphael Coraccini
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os impactos causados na sociedade e na cultura por parte do golpe que destituiu Dilma Rousseff e alçou Michel Temer ao poder foram tema de debate nesta quinta-feira (24), em São Paulo. Os artistas Sérgio Mamberti e Tico Santa Cruz, além da jornalista Laura Capriglione, falaram sobre os retrocessos no campo cultural impostos pela agenda regressiva do novo governo, o papel das mídias alternativas e a importância de a esquerda apostar na comunicação.

Oito das oito testemunhas inocentam Lula

Do site Lula:

O juiz paranaense de primeira instância Sérgio Moro está ouvindo, nesta semana, as testemunhas de acusação elencadas pelo MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) em processo movido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tese dos procuradores do Paraná é a de que Lula seria o "proprietário oculto" de um imóvel no Guarujá, e o teria recebido de uma empreiteira em troca de favores e fraudes efetuadas em contratos da Petrobras com a construtora. 

Pois bem: das oito testemunhas ouvidas até agora, todas disseram que jamais conversaram com Lula sobre qualquer atividade fraudulenta em contratos da Petrobras. Também disseram não ter qualquer conhecimento ou prova de que o apartamento do Guarujá guarda alguma relação com Lula ou com as atividades desenvolvidas pela empreiteira na estatal petrolífera.

Oposição quer impeachment de Temer

Do site do PT:

Parlamentares da oposição vão pedir abertura de processo de impeachment contra o presidente usurpador Michel Temer. Na noite desta quinta-feira (24), o senador e líder da Oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que Temer usou a Presidência da República para defender interesses privados.

“Absurdo. No nosso entendimento, Temer vai ter que responder processo por crime de responsabilidade para ser julgado pelo Congresso”, disse.

Diretas já!: fim de linha do Temer

Por Jeferson Miola

No comunicado sobre a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, surge cristalino o artifício usado por Michel Temer – encampado pelo ministro Eliseu Padilha e pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil Gustavo Rocha [indicado para o cargo por Eduardo Cunha] – para patrocinar os interesses imobiliários do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima.

No item 3 do comunicado consta que “o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”.

Geddel sai para estancar a sangria

Do site Vermelho:

O governo já deixou vazar a informação de que o governo Michel Temer aguardava até o final do dia o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, mas antes mesmo do meio-dia desta sexta-feira (24), a carta chegou à mesa de Temer e, assim como fez com Romero Jucá e Henrique Alves, ambos do PMDB e apontados em esquemas de propinas da Lava Jato, o governo golpista tenta estancar a sangria.

O ativismo contra a violência machista

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher – nesta sexta-feira (25) – ocorrem manifestações em todo o país contra os retrocessos promovidos pelo governo golpista.

Mais uma vez, as mulheres estão à frente da luta, justamente porque iniciam hoje também os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, com inúmeras atividades que só terminam no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“É uma ótima coincidência a protesto contra esse governo golpista ocorrer hoje porque as mulheres são as que mais perdem com os projetos que estão sendo aprovados por esse congresso golpista e reacionário”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB).