segunda-feira, 20 de junho de 2016

"Bancada da Bíblia" começa a rachar

Por Maurício Puls, na Revista Brasileiros:

Quem acomp­anhou os debates na Câmara dos Deputados nos últimos meses ficou com a nítida impressão de que os parlamentares evangélicos formam um bloco direitista coeso e homogêneo: dos 81 integrantes da “bancada da Bíblia”, 75 votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Essa constatação é reforçada pela pregação reacionária de diversos religiosos pentecostais. No dia 11 de maio, o Pastor Everaldo (PSC) batizou o deputado federal Jair Bolsonaro, notório defensor da ditadura militar, nas águas do rio Jordão. E, logo após a posse de Michel Temer, o pastor Silas Malafaia festejou a extinção do Ministério da Cultura por ser um antro de “esquerdopatas”.

Marca de luxo e o trabalho escravo

Por Piero Locatelli, no site Repórter Brasil:

O mesmo tecido que estampa a capa da página da Brooksfield Donna no Facebook estava sobre mesas de uma precária oficina de costura na zona leste de São Paulo no começo de maio. Na rede social, o tecido vestia o corpo de uma modelo loira, magra e alta. Na periferia de São Paulo, ele era costurado por cinco bolivianos que trabalhavam ao menos 12 horas por dia, sete dias por semana, e moravam dentro do local de trabalho.

Temer paga à mídia a conta do golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

É tudo tão previsível.

O Brasil, de fato, se tornou a maior república de bananas do planeta.

Os poucos meios de comunicação que fazem crítica, de maneira organizada, profissional, jornalística, ao golpe, ao governo Temer, aos grandes conglomerados de mídia, são perseguidos à luz do dia.

Não é de hoje. Os executivos da Globo, há alguns anos, começaram a processar judicialmente blogueiros. No Paraná, o governo do Estado mandou e o TRE aplicou multa de 200 mil reais num blogueiro - o Tarso, para o qual fazemos campanha de arrecadação até hoje.

Paulinho da Força é escrachado no avião

Sob governo de Temer, o país é para poucos

Por Cida de Oliveira, na Revista do Brasil:

Segundo a visão de país expressa no documento Uma Ponte para o Futuro, do PMDB, apenas 10 milhões de brasileiros – os 5% mais pobres – devem ser alcançados pelo sistema de proteção social. Menos de duas semanas depois de “empossado”, o governo do presidente interino, Michel Temer, com seu pacote de ajuste fiscal aprovado a toque de caixa pelo Congresso, golpeou de uma só canetada a saúde e a educação pública historicamente subfinanciadas e políticas recentes de distribuição de renda. Nas palavras da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma catástrofe para a sociedade, “menos para a elite rentista, preguiçosa e escravagista que ainda há no Brasil”.

Temer ataca a comunicação pública

O Fla-Flu político dos EUA

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Acho superestimada essa discussão, ou melhor, essa queixa frequente sobre o Fla-Flu que vivemos. Vejo muita gente dizendo que está cansada, que o Brasil está polarizado demais, que não existe mais esquerda e direita e que devíamos nos dedicar a acabar com essa divisão. Mas até que ponto isto não é uma ilusão e uma tentativa vã de fazer de conta que os conflitos não existem? Esta reclamação é irmã gêmea do blá-blá-blá de que o PT inventou a luta de classes, algo que existe desde que o primeiro rico explorou o primeiro pobre. Tanto quanto no futebol, o Fla-Flu é um clássico.

O 'Fora Temer' e a mudança efetiva

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

A estratégia do golpeachment tinha por objetivo afastar a Presidenta do Palácio do Planalto e viabilizar a implementação da agenda da política econômica que havia sido derrotada nas urnas em outubro de 2014. A cada dia que passa não restam mais dúvidas a respeito de tal intenção. Porém, deve ser acrescentado também o desejo de promover a inviabilização da Operação Lava Jato e dos processos em curso. São inúmeros de casos de investigação de corrupção envolvendo centenas de dirigentes políticos e empresários, a partir da Petrobrás e outras instituições públicas.

Sergio Moro não sumiu: foi sumido

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Moro sumiu.

Ou melhor: foi sumido.

Como as pesquisas do Datafolha e do Ibope, tão frequentes na desestabilização do segundo mandato de Dilma, Moro saiu do ar.

Ou, de novo: foi saído.

Você tira duas conclusões daí:

UnB rechaça manifestação fascista

Do site Vermelho:

A Universidade de Brasília (UnB) repudiou nesta segunda-feira (20) o protesto organizado por um grupo de 15 pessoas que proferiu ofensas contra estudantes no campus da instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (17).

Arrocho ideológico: censura à mídia crítica

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

No orçamento de 2016, a Secretaria de Comunicação do governo federal, a Secom, reservou ao conjunto da mídia progressista brasileira cerca de R$ 11,2 milhões do total destinado à publicidade pública (estatais, administração direta etc).

O valor, repita-se, dividido entre toda a mídia progressista, equivale a 1% dos recursos direcionados em 2015, por exemplo, apenas à publicidade nas redes de televisão (mais de R$ 1,2 bilhão).

Neste mês de junho, o golpe cortou esse 1%.

Direitos trabalhistas correm sério risco

Por Altamiro Borges

As marchas golpistas pelo “Fora Dilma”, insufladas pela mídia privada, conseguiram seduzir muitos assalariados que possuem carteira de trabalho e direitos trabalhistas. Com a vitória parcial do “golpe dos corruptos”, porém, alguns destes “midiotas” – os ingênuos manipulados pela imprensa – já devem ter se arrependido da besteira que fizeram. Aos poucos, o governo interino de Michel Temer vai deixando explícito seus verdadeiros objetivos, que não têm nada a ver com o combate à corrupção – muito pelo contrário. Entre os seus intentos, um deve angustiar cada vez mais os trabalhadores. O risco de uma “reforma trabalhista” que anule as conquistas fixadas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Kassab nomeia advogada de TVs. Gratidão?

Por Altamiro Borges

Muita gente já concluiu que o “golpe dos corruptos”, que resultou no governo de bandidos chefiado pelo Judas Michel Temer, só vingou graças ao apoio dos barões da mídia. Não é para menos que em todas as manifestações de rua contra os assaltantes do Palácio do Planalto uma palavra de ordem já virou rotina: “Fora Globo”. O império global é o símbolo do Partido da Imprensa Golpista, o PIG. Prova maior deste crime contra a democracia, porém, foi dada na semana passada. Como forma de gratidão aos barões da mídia, o novo “ministro” das Comunicações, o oportunista Gilberto Kassab, nomeou para cuidar das outorgas de rádio de televisão a advogada Vanda Jugurtha Bonna Nogueira, que sempre defendeu os interesses das emissoras. É um típico caso da raposa no galinheiro!