sábado, 23 de abril de 2016

O mundo inteiro denuncia o golpe

Por Jeferson Miola

A democracia brasileira está ameaçada de um golpe de Estado. O impeachment da Presidente Dilma Rousseff, segundo a imprensa internacional, foi aprovado por “uma assembléia de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional”.

O impeachment está numa etapa avançada: o Senado Federal deverá decidir, dentro de poucas semanas, se continua ou se arquiva o processo aprovado na “assembleia de bandidos”. Caso o Senado prossiga o processo, a Presidente Dilma, que foi eleita para governar o Brasil até 31 de dezembro de 2018, será afastada por até 180 dias até a decisão final. Na prática, porém, praticamente equivale à sua destituição.

O efeito bumerangue do 17 de abril

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O vergonhoso dia 17 de abril já é uma marca histórica do novo tipo de golpe de Estado, expressão do DNA da direita, constante na história política do Brasil. O espantoso enredo que culminou neste dia fatídico descobriu na atualidade as entranhas do conservadorismo de direita no Brasil, sua ideologia e seus métodos políticos enraizados desde a origem da casa grande, passando pelo selo do período histórico do capitalismo “retardado”, resultando no sistema político predominantemente elitista, patrimonialista e umbilicalmente subordinado ao poder econômico dominante. Nem os ares democráticos que bafejaram a Constituição de 1988, derrotando o autoritarismo ditatorial, alcançaram reverter essas dominâncias.

A imprensa brasileira e seus dilemas

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Professor de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro tem há muitos anos contato frequente com jornalistas. Durante cinco meses, em 2015, ele experimentou essa convivência sob outra ótica, como ministro da Educação. Antes disso, de 2011 a 2013, ministrou curso de Ética na Imprensa na pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing, e acumulou reflexões sobre esse universo, que começou a conhecer de casa: seu pai, Benedicto Ribeiro, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre 1959 e 1961.

O escracho na casa de Temer em Brasília

Da revista Fórum:

Um grupo de manifestantes realiza, nesta tarde de sábado (23), um protesto em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em Brasília. De acordo com os organizadores, o ato tem como objetivo alertar a população sobre o golpe executado por Temer junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidenta Dilma Rousseff.

A ponte para o passado dos golpistas

Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, no site Carta Maior:

Os neurônios dos impichadores emitem certezas dos maníacos-obsessivos: todos os males se encerram com o fim deste governo.

Cosmopolitas desconectados do resto do mundo, reapresentam as recomendações que comandavam as políticas sociais e econômicas desde os anos 80 do século XX. Os remédios estão com a validade vencida e a caducidade ocorreu ainda antes da Grande Recessão de 2008.

A polarização entre o individualismo xenófobo de Donald Trump e o socialismo democrático de Bernie Sanders e as manifestações contra a reforma trabalhista que tomaram as ruas na França atormentam o mundo desenvolvido.

Golpistas envergonham o Brasil no mundo

Ilustração: http://www.cartoonmovement.com/
Editorial do site Vermelho:

A inquietação da direita e dos golpistas brasileiros ante a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Nova York, para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na sede da ONU, revela justamente aquilo que eles tentam desmentir: o impeachment que açulam contra a presidenta ofende a legalidade e a ordem constitucional e, depois da vexatória sessão da Câmara dos Deputados no domingo (dia 17), aos bons costumes. É um golpe, e o mundo está convencido disso.

O que pesa contra Temer na Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

No domingo, 17, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos a 137, os deputados entenderam que as acusações de crime de responsabilidade procedem e impedem Dilma de continuar a governar.

O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República caso o Senado confirme a decisão da Câmara, não deve ter vida fácil, entretanto. Ao contrário de Dilma, ele é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção investigados na Lava Jato.

O significado da cuspida de Zé de Abreu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A cuspida de Zé de Abreu num imbecil que o xingou num restaurante em São Paulo é muito mais que uma mera cuspida.

É um símbolo do Brasil que a plutocracia predadora criou. (Aqui, você pode ver o vídeo.)

Pela imprensa, a voz da plutocracia, milhões de midiotas foram manipulados brutalmente nos últimos anos e estimulados a agredir petistas onde quer que os encontrassem.

FNDC rechaça golpe e denuncia a mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A defesa da democracia e o rechaço ao golpe midiático ditaram o tom da abertura da XIX Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), nesta quinta-feira (21). O deputado federal Orlando Silva e o professor João Sicsú alertaram para o horizonte de retrocessos que o processo ilegal do impeachment de Dilma Rousseff deve trazer para os campos social, econômico e político.

O direito de resposta da Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

João Roberto Marinho enviou resposta ao jornal inglês The Guardian, onde suas Organizações Globo são apontadas como parte das forças que promovem e apoiam a derrubada de Dilma Rousseff.

Basicamente, contra um parágrafo:

Na verdade, a maioria dos maiores meios de comunicação de hoje – que aparecem respeitáveis para pessoas de fora – apoiou o golpe militar de 1964, que marcou o início de duas décadas de ditadura de direita e e enriqueceu mais os oligarcas do país.Este evento histórico chave ainda lança uma sombra sobre a identidade e política do país. Estas corporações – liderados pelos braços múltiplos de mídia da organização Globo – anunciam um golpe como uma ação nobre contra um governo liberal corrupto, democraticamente eleito. Soa familiar?

Acuada, mídia dá sinais de desespero

Por Thiago Takamoto, no blog O Cafezinho:

A grande imprensa brasileira não consegue mais disfarçar o desespero que veio à tona após a descoberta, pelo mundo, da trama na qual está envolto o pedido de impeachment apresentado contra a Presidenta Dilma, pedido esse que foi meticulosamente desenhado e construído pelas famílias que controlam os grandes conglomerados midiáticos em conluio com os políticos oportunistas que apenas ocupam espaço no Congresso Nacional.