domingo, 10 de janeiro de 2016

Alckmin adia metrô. Haja incompetência!

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu suspender por um ano as obras de expansão da linha 2-verde do metrô até Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. A informação foi publicada no “Diário Oficial” em 31 de dezembro – ou seja, num veículo que ninguém lê e em plena festança da virada do ano. Na última sexta-feira (8), o jornal Estadão recuperou a notícia, mas evitou dar qualquer destaque ao escândalo, que só confirma a incompetência dos tucanos que governam o Estado há mais de 20 anos. Ainda de acordo com o diário chapa-branca da famiglia Mesquita, o governo paulista alegou que a suspensão das obras decorreu da crise econômica que atinge o país e do ajuste fiscal patrocinado pelo Palácio do Planalto. Haja cinismo na desculpa esfarrapada!

Recorde de mortes no campo em 12 anos

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou o seu relatório anual sobre os conflitos agrários no Brasil. Ele comprova que o número de assassinatos no campo em 2015 foi o maior dos últimos 12 anos no Brasil. Foram 49 mortes registradas, a maior parte delas na Região Norte. Rondônia (21) e Pará (19) são os Estados com os índices mais alarmantes de violência. As vítimas desta chacina são, na maioria dos casos, lideranças da luta pela regularização fundiária. É o caso de uma família no município paraense de Conceição do Araguaia, que teve todos os seus cinco membros mortos a golpes de facão e tiros em fevereiro do ano passado. Os mandantes e os jagunços permanecem impunes, graças à complacência da Justiça e o silêncio da mídia ruralista.

Alvaro Dias abandona a rinha tucana

Por Altamiro Borges

Após inúmeras ameaças e vários conchavos de bastidores, finalmente o senador paranaense Alvaro Dias oficializou sua desfiliação do PSDB. O político velhaco assinou o termo de sua saída na quinta-feira (7) e deve migrar para o PV – o tucano virou verde! De há muito tempo que ele já expressava o seu desconforto no ninho em rinhas sangrentas com o governador Beto Richa. Nas eleições de 2014, ele engoliu as críticas ao seu rival e garantiu, num misterioso acordo, a sua reeleição para o Senado. Agora, porém, ele abandona os tucanos. A mídia oposicionista, que insiste em vender a imagem de uma oposição unida e coesa, não deu maior destaque para a desfiliação e nem para as suas pretensões de concorrer à presidência da República em 2018.

Cunha sobreviverá à quebra de sigilo?

Por Altamiro Borges

O cerco ao correntista suíço Eduardo Cunha aumenta a cada dia que passa. Nesta sexta-feira (8), o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara Federal, de sua mulher, Cláudia Cruz, da filha Danielle e das várias empresas ligadas à família. A decisão atende ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e servirá para mapear as suspeitas movimentações financeiras do achacador entre 2005 e 2014. O líder da cruzada golpista pelo impeachment de Dilma é investigado na Operação Lava-Jato, acusado de ter recebido propina para viabilizar contratos da Petrobras. Também serão investigadas as contas que o deputado e a família mantinham no exterior. Será que Eduardo Cunha resistirá à devassa fiscal?

Cena de estupro na Globo gera revolta

Da revista Fórum:

Vem gerando repercussão nas redes sociais, desde a noite desta quinta-feira (7), a cena de violência sexual que foi ao ar pela minissérie “Ligações Perigosas”, da TV Globo. Depois de estrear na última segunda-feira (4) com bons índices de audiência, a trama foi alvo de críticas nas redes sociais por conta da cena protagonizada pelo personagem Augusto (Selton Mello), que estupra Cecília (Alice Wegmann).


Foto: Reprodução/TV Globo

A inflação e as mulas-sem-cabeça

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Na toada implacável para apresentar o Brasil aos brasileiros e aos estrangeiros como a porta do inferno, a mídia vem fazendo um estardalhaço com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2015 com alta acumulada de 10,67% — a maior dos últimos 13 anos desde os 12,53% de dezembro de 2002, coincidentemente o último da nefasta era Fernando Henrique Cardoso (FHC). O grande problema, segundo os “analistas” da mídia, são os 4,16 pontos percentuais superiores ao teto da meta fixada pelo Banco Central para 2015, que foi de 6,5% e 6,17 pontos percentuais acima do centro da meta, de 4,5%.

O mundo estranho de Geraldo Alckmin

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Pior do que o incompetente só o incompetente que se finge de gênio.

Os líderes do PSDB são mestres nisso.

Serra, por exemplo, não conseguiu lidar sequer com os pernilongos de São Paulo quando foi prefeito e se apresenta como um grande gestor.

Não salvou nem as árvores da cidade, apodrecidas e incapazes de enfrentar chuvas mais fortes sem cair. Também não viu, em sua miopia ululante, a importância da bicicleta para o futuro de São Paulo.

Torquemada e nosso futuro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Personagem da principal entrevista da revista Brasil 247 que pode ser lida aqui, o depoimento do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo merece alguns minutos de reflexão.

Cardozo é um dos responsáveis pela arquitetura legal dos acordos de leniência em debate no Brasil de 2016. Mecanismo inspirado pela melhor jurisprudência internacional para permitir uma travessia delicada na história de qualquer país, os acordos de leniência permitem a punição de executivos e dirigentes envolvidos em atos de corrupção e a cobrança de multas pesadas contra empresas envolvidas em abusos e desvios. Ao mesmo tempo, permitem a preservação de empresas e empregos que concentram uma riqueza acumulada pela nação inteira ao longo de sua história, evitando sacrifícios e retrocessos desnecessários, capazes de comprometer os principais avanços obtidos em décadas.

A trágica gestão de Sartori no RS

Por Sandro Ari Andrade de Miranda, no site Sul-21:

O Rio Grande do Sul iniciou o ano de 2016 com a elevação em 5% em vários produtos e serviços, como combustível, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, TV por assinatura, dentre outros. Apesar de todo o bloqueio midiático de informações, especialmente pela Rede Brasil Sul de Telecomunicações – RBS, parceira da Rede Globo no Estado, a grande responsabilidade por esse aumento generalizado dos preços é do ajuste fiscal aprovado em 2015 pelo Governador José Ivo Sartori com a sua base parlamentar na Assembleia Legislativa.

Dilma, coelhos e cartolas

Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas. Foto: Ichiro Guerra/PR
Editorial do site Vermelho:

No café da manhã com jornalistas na quinta feira (7), a presidenta Dilma Rousseff disse que não tem coelho na cartola, sinalizando que não haverá pacotões para sair da crise econômica. A saída resultará de uma construção paciente, que já começou em dezembro com a troca no ministério da Fazenda e a iminência do fim da política econômica recessiva de Joaquim Levy.

A gravidade da crise econômica não autoriza qualquer solução mágica. No Brasil ela tem componentes externos e internos, refletindo a doença que ataca o capitalismo a nível mundial e agora manifesta-se nas dificuldades como as vividas pelas bolsas chinesas. A situação é grave e impõe para o Brasil a adoção de medidas econômicas e sociais de forte impacto que ajudem a recompor a capacidade fiscal para que o Estado possa atender às demandas sociais que o país exige.

Cunha: dez anos de cumplicidade da mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha, hoje, dá manchete para o relatório da Comissão de Valores Mobiliários – vinculada ao Poder Executivo – onde se afirma que os ganhos de Eduardo Cunha no mercado financeiro, à custa de prejuízos para o fundo de pensão dos funcionários da companhia de água e esgotos (que metáfora!) do Rio de Janeiro superam cosmicamente qualquer obra do acaso.

O esquema era simples: Cunha e a Prece aplicavam recursos em fundo de uma corretora, que aplicava o “bolo”. Onde ganhava, 98% era de Cunha; onde perdia, dos da entidade de previdência: