sábado, 5 de novembro de 2016

Invasão da escola do MST e silêncio da mídia

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não é só impressionante como revelador o silêncio de todos os portais, TVs, rádios e quetais do que se convencionou chamar de mídia golpista acerca da invasão da Escola Florestan Fernandes, do MST.

O silêncio é tanto conivente quanto envergonhado. Afinal, não há como tratar do assunto sem dizer que todos os direitos foram violados nesta invasão.

Os policiais não tinham mandado de busca e apreensão e chegaram atirando, como se pode ver em vários vídeos e fotos circulando nas redes e mesmo em matérias desta Fórum.

No local, como também se pode perceber, não havia nenhum militante portanto qualquer objeto que pudesse ser utilizado como arma de resistência.

Ou seja, não há a menor justificativa para a ação.

Mas não é só isso que fez com que esse fato não se tornasse notícia. Há um sujeito oculto por trás deste silêncio ensurdecedor.

Funciona mais ou menos assim.

O inocente repórter deve ter dito ao chefe, parece que teve um rolo lá na escola do MST e a polícia está no local.

O editor esperto provavelmente deslocou equipe para o local.

O inocente repórter voltou todo empolgado com a matéria. Mas ao relatar o que aconteceu, não convenceu.

O editor esperto queria os porquês, o que motivou aquela ação.

O inocente repórter não tinha o que dizer sobre isso.

O editor esperto passou a bola pra frente.

E lá de cima veio o recado.

Deixa essa história pra lá, porque o super chefe queria silêncio sobre o caso.

Mas quem é o super chefe, perguntou o inocente repórter.

O editor esperto respondeu: isso não é problema nosso.

E assim um certo sujeito que manda e desmanda na mídia paulista e que indicou o ministro da Justiça vai fazendo a lei ao seu gosto e sabor.

Isso mesmo, amigos. O silêncio da mídia no caso da invasão da Escola do MST tem nome e sobrenome: Geraldo Alckmin.

O resto é história pra boi dormir.

1 comentários:

Alexandre Figueiredo disse...

O silêncio da mídia tem um motivo. Para ela, o MST é uma "quadrilha de bandidos perigosos", e tudo é feito para convencer a opinião pública de que o grupo é composto por "verdadeiros monstros que provocam desordens e são capazes de decapitar pessoas com suas enxadas".

Recentemente foram presos supostos membros do MST acusados de envolvimento com atividades criminosas.

Infelizmente, neste país ultraconservador, os trabalhadores rurais não podem se organizar livremente. Ver que MST e PT se tornaram as siglas mais odiadas do país causa muita tristeza e preocupação.