quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Senado não tem moral para julgar Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A senadora Gleisi Hoffmann sintetizou, na abertura do julgamento final do impeachment no Senado, a grande questão nacional.

Que autoridade moral têm os senadores para julgar Dilma?

Nenhuma.

E quem aparece para defender a autoridade dos senadores? Ele mesmo, o derrotado nas eleições, o corrupto blindado a partir de quem decorreu todo o projeto do golpe: Aécio.

Aécio, o rei das delações. O amigo dos donos da mídia. Aquele que deu dinheiro público para empresas de mídia de sua família quando governador de Minas. Aquele que construiu um aeroporto privado em terras da família.

Aquele que pilhou Furnas durante anos e anos.

Aquele que fugiu até de um teste de bafômetro por não estar em condições de enfrentar a verdade.

Não.

O Senado não tem moral para julgar Dilma.

Muito menos o Câmara tinha moral para aprovar o impeachment. Era Eduardo Cunha no comando. Era um sindicato de corruptos na função de juízes.

Eram os 260 deputados que Eduardo Cunha disse que mantinha à base de propinas.

Não. Ora, todos sabemos que este Congresso foi eleito com o dinheiro da plutocracia. Foi o pior Congresso que o dinheiro pode comprar.

O Senado não tem moral. Assim como a Câmara não tinha.

E ainda assim Dilma está à beira do patíbulo.

Aécio conseguiu dizer que os senadores estão ali como “juízes”.

Ora, ora, ora.

Juízes?

Carrascos é a palavra. Juiz julga. Carrasco executa. Isto não é julgamento; é um circo, é uma farsa, é uma monstruosidade disfarçada de tribunal.

É uma vergonha o que está ocorrendo.

O Senado não tem a menor condição moral de julgar Dilma.

O resto é silêncio, para evocar as grandes palavras de Shakespeare.

4 comentários:

Sérgio Vianna disse...

Depois da confissão do auditor do TCU, Antonio Carlos D'Ávila, de que ele desenvolveu a tese das pedaladas, depois ajudou o procurador do TCU a elaborar o questionamento, que afinal foi distribuído para o mesmo auditor analisar o pedido do procurador, aí é que virou um circo mesmo. Um circo familiar, carcomido pela miséria humana, daqueles circos em que toda a família mambembe participa de todas as atividades, a começar do PSDB contratante da Janaína que apresenta a denúncia e que vai ser relatada por membro do mesmo PSDB. Agora sabemos que a tese iniciada no TCU teve o mesmo autor da tese das pedaladas auxiliando (nas palavras dele no depoimento de ontem no Senado) o procurador que apresenta a denúncia, cuja peça vai ser examinada e julgada pelo mesmo auditor que elaborou a teoria, e que agora ele próprio se apresenta no Senado como testemunha de que houve pedalada. Se isso não é um circo, então eu não sei mais o que temos nesse Brasil provinciano e arcaico dominado pela Casa Grande. Argh!

Anônimo disse...

Realmente... Muito menos ela, a Senadora, tem moral para apontar o dedo!
Como disse um certo vereador de uma cidade do Norte, eles estão "cagando e andando" pro Brasil.
Pra essa salafrária melhor então é o Brasil ser assaltado pela gang que armou e institucionalizou o maior esquema de roubo do mundo, surrupiando a grana dos nossos impostos.
Vai pra lá gangster, arriégua!!!

Anônimo disse...

Melhor mesmo é dar uma varrida nesses bandidos, dos deputados federais, senadores e os de toga também... e, também, dar uma lição nesse povo que quer um Brasil honesto e limpo, mas comete todos os roubos possíveis.
Os políticos são o retrato do povo que vota neles!
Só mesmo deixando os militares supervisionando o governo, não que eles sejam "santos", mas para garantir o "estado de direito", prender bandidos de todas as "facções", e, o governo implantando um a educação que liberte este Brasil desse "espírito de vira-lata" como disse o nadador bandido do tio san...

Anônimo disse...

Psiu!
Silêncio!
Tem uns bandidos julgando outro(a)s...