quinta-feira, 2 de junho de 2016

Golpistas têm medo da derrota no Senado

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Até agora, todos previam a duração do processo de impeachment até setembro.

Quando Anastasia tentou antecipar, foi para agosto, o que já era discutível.

Agora, por ordem direta de Michel Temer, o PMDB quer apertar mais o prazo: julho.

Deu um golpe de mão para isso, hoje, na comissão do impeachment no Senado.

Um ato de força, sim. Que, em condições normais, não prevaleceria no Judiciário, mas com este aí nada se pode garantir.

Mas é também um sinal de fraqueza.

Apavorou-se com as notícias de que senadores iriam rever suas posições.

E está sendo cobrado a soltar logo seu pacote de maldades, o que só que quer fazer depois de garantida a presidência que usurpou.

Temer não tem um governo, têm – disse muito bem o José Roberto de Toledo no Estadão – um condomínio que, muros adentro, andam aos esbarrões.

Precisa expulsar logo a presidente legítima que, embora desastrada, acaba funcionando como a antítese do comprometimento até a medula da trupe que planejou e executou seu afastamento.

Aliás, é do manual dos usurpadores livrarem-se rápido dos usurpados.

Eles ficam em suas testas como o anátema da traição.

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