quinta-feira, 16 de junho de 2016

FNDC lançará campanha em defesa da EBC

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançará, nos próximos dias, a campanha “A EBC é Sua”. O objetivo é divulgar a comunicação pública como direito e incentivar a sociedade civil organizada a visitar as emissoras públicas levando suas pautas. A campanha se dará basicamente nas redes sociais.

A empresa vem sofrendo interferências desde que Temer assumiu como presidente interino. A primeira delas foi a demissão ilegal do presidente da empresa, nomeado para um mandato de quatro anos, conforme prevê a Lei 11.652/08, posteriormente restituído ao cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, programas foram cancelados e profissionais foram demitidos sob a justificativa de que a empresa precisa se adequar ao ajuste fiscal. Mais recentemente, o governo tem deixado claro que pretende extinguir a empresa.

Renata Mielli, coordenadora geral do Fórum, explica que campanha nasce da necessidade de aprofundamento da compreensão do conceito de comunicação pública dentro da sociedade. “O povo brasileiro precisa compreender a estrutura de radiodifusão pública gerida pela EBC como uma conquista ainda em construção, mas seriamente ameaçada por esse governo provisório e ilegítimo. O discurso do ajuste fiscal não justifica o desmonte de uma rede de emissoras públicas. Temos consciência de que o processo de construção da comunicação pública teve falhas até aqui, mas isso não justifica o desmonte da EBC”, afirma.

A campanha foi apresentada ao presidente da empresa, Ricardo Melo, nesta quinta (16/6). Ele agradeceu ao apoio, reafirmando que comunicação pública precisa do apoio da sociedade. Ontem, durante o seminário “O Futuro da Comunicação Pública”, organizado pelas Universidades de Brasília (UnB) e do Minho, de Portugal, o jornalista ressaltou que “a comunicação pública existe para dar voz aos que não têm voz, e é esse o lema da EBC”. “Temos uma rede de rádios que chega onde nenhuma outra quer chegar. Na nossa grade de programação há espaço para a diversidade LGBT, para as mulheres, negros, para os movimentos sociais. Estamos fazendo o que prevê a Constituição, nada mais!”.

Além de publicações diárias nas redes sociais, os materiais da campanha ficarão disponíveis numa página exclusiva no site do FNDC.

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