sexta-feira, 10 de junho de 2016

Dilma trucou e Temer fica sem alternativas

Por Renato Rovai, em seu blog:

A presidenta Dilma Rousseff gritou Truco ontem nas entrevistas que deu ao jornalista Luís Nassif e ao Brasil 247. Ao anunciar que o país precisa de um plebiscito para decidir se deve ou não ter novas eleições, isolou ainda mais o governo Temer na sociedade.

Temer é hoje presidente de um condomínio político destruído. De um grupo que assaltou o poder e que é assaltante de máquina pública há um bom tempo.

É neste grupo que Temer baseia sua governabilidade. Na sociedade ele tem 11% de apoio, como demonstrou a pesquisa da CNI.

Por isso não há a menor possibilidade de o governo Temer dar certo. Até porque se trata apenas de um esquema, não de um governo.

Mas o fato concreto é que Dilma, também por seus erros, não tem mais condições de voltar à presidência.

O país que sobrou precisa de um novo pacto político, como ela mesmo destacou nessas duas entrevistas.

E este novo pacto, passa não pela eleição de um novo presidente da República, como de um novo Congresso.

E no plebiscito o povo tem que ser convidado a decidir se que quer novas eleições para presidente da República ou para presidente da República, Senado e Câmara dos Deputados.

Se a sociedade entender que a volta de Dilma significa devolver o poder de decisão à sociedade, as ruas se unirão em torno deste objetivo e não vai sobrar apoio algum à continuidade do governo Temer.

Só os congressistas do golpe e a mídia golpista, que evidentemente não são poucos. Mas que não são suficientes para segurar o clamor popular.

As ruas são o zap do jogo de truco que está em jogo. Para o lado que elas penderem nos próximos dois meses, se decidirá a fatura.

A questão é que além de Dilma conceder essas entrevistas. Os movimentos têm que chamar as manifestações com essa bandeira.

O slogan tem de ser algo na linha: Plebiscito já contra o golpe.

Essa é a bandeira que pode unificar. E o PT não deve pedir o plebiscito para ser contra novas eleições.

O partido precisa ter desprendimento e coragem para dizer que o mandato de Dilma e o atual Congresso perderam a legitimidade para governar por conta de tudo o que ocorreu e que o país precisa de novas eleições para sair dessa situação.

Se isso vier a ocorrer, o golpe será dinamitado e o Brasil poderá seguir em frente.

Evidente que será muito difícil emplacar eleições gerais porque os deputados e senadores estão doidos para se segurar nos seus cargos, até porque boa parte deles é investigado na Operação Lava Jato e quer manter o foro privilegiado.

Mas ao lançar o plebiscito como solução, Dilma e os movimentos devolverão a esse grupo que assaltou o poder a batata quente. Eles terão que dizer ao povo que são contra que ele decida o rumo das vida política do país.

E ao dizer isso de forma explícita, serão devolvidos ao seu exato lugar na história, a dos golpistas. E a história e o povo costumam não perdoar essa gente.

Nas eleições, eles vão ver o que é bom para tosse.

4 comentários:

Anônimo disse...

Revi minha posição e já acho que os movimentos sociais deveriam apoiar o plebiscito por duas razões: a primeira é que se tornou mais importante apear os corruptos selvagens que tomaram o Poder de assalto ilegalmente; a segunda é porquê no plebiscito pretendo votar NÃO a novas eleições e fazer intensa campanha para que a Presidenta Dilma exerça o mandato que lhe foi conferido nas eleições de 2014 para durar até 2018. Ou seja, o plebiscito não impede que continuemos a defender o mandato legítimo de Dilma. Qualquer governante pode ter altos e baixo, é só ler a mídia internacional e ver os índices de aprovação de presidentes como o dos EUA e da França, entre outros, mas em nenhum desses países estão querendo depor seus presidentes legítimos por causa de impopularidade, que pode ser momentânea.

Anônimo disse...

Como assim Dilma errou? Papo besta.dilms foi eleita por maioria .simrs assim.demo povo cracia governo, saco

Anônimo disse...

Porque assino como anônimo, pq não aceita outra identidade.sou analfabeta digital

Anônimo disse...

Mesmo defendendo a legitimidade dos 54 milhões de votos que Dilma recebeu( incluindo o meu!!) começo a imaginar que para o grau necessário de mudanças q se fazem necessárias no nosso vergonhoso e assustador contexto político, sua permanência ou saída definitiva da presidência seria meio q uma solução com efeito duvidoso pq o Congresso e o Senado q lá estão tornariam tão ou mais difícil sua retomada ao poder e a possibilidade de superar a crise. Além do mais - como já foi colocado aqui por outra pessoa: novas eleições pode perfeitamente a reconduzir ao poder com mais força. Mas o mais importante sobre a possibilidade de um Plebiscito seria uma provável chance de implodir os quadros políticos que hoje são o principal sustentador e gerador da pior crise política, jurídica e moral pela qual já atravessamos. A curto prazo provavelmente não nos livraria permanentemente dos políticos e partidos de alugel, mas seria um baque em tudo q está aí. Seria a chance de um INÍCIO !!!