sexta-feira, 20 de março de 2015

Globo, Band e Folha na lista do HSBC

Por Altamiro Borges

Agora dá para entender porque jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão têm feito tanto segredo com as sinistras contas no HSBC da Suíça - a maioria delas fruto das criminosas práticas de sonegação fiscal e evasão de divisas. É que vários barões da mídia estão metidos na falcatrua. Nesta semana, o jornal "O Globo" divulgou alguns nomes - como que se antecipando a um escândalo ainda maior. A lista parcial e marota apresenta 22 empresários do setor de comunicação e sete jornalistas. Aparecem figuras ligadas à própria Rede Globo, à Bandeirantes, ao jornal "Folha" e ao Grupo Abril - aquele que edita a asquerosa "Veja". Até agora, nenhum barão da mídia se pronunciou sobre o caso.

Dengue em alta não é manchete!

Por Altamiro Borges

A epidemia de dengue continua se alastrando pelo país, resultando em milhares de internações e muitas mortes – mas a mídia privada segue sem dar qualquer destaque para a grave situação. O motivo, talvez, é porque a incidência da doença é mais dramática em São Paulo – Estado que é governado há 20 anos pelo PSDB. Estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (12) revela que dos 511 municípios com registro de dengue no país mais da metade se encontra na mais rica unidade da federação. Os tucanos se fingem de mortos e a sua imprensa – sempre tão seletiva na escandalização da política – evita fazer maior alarde. A blindagem do governador Geraldo Alckmin continua inquebrantável.

Janot e o probo Aécio Neves

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Errou o Procurador Geral da República Rodrigo Janot ao não pedir abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves.

Primeiro, porque na delação do doleiro Alberto Yousseff havia indícios suficientes para a abertura de inquérito. Conforme o PGR cansou de alertar, pedido de inquérito não significa condenação nem incriminação de ninguém. É apenas um procedimento de levantamento de provas, em cima de indícios. Se nada for encontrado, arquive-se; se forem encontradas provas, proceda-se à denúncia, que poderá ou não ser aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Terceirização: o cerco está se fechando

Por Marcos Verlaine, no site da CTB:

O tempo corre e conspira contra os trabalhadores. Só uma grande e estratégica mobilização sindical, nesse momento, poderá salvar os direitos trabalhistas contidos na CLT.

Uma onda conservadora ronda o Brasil. As eleições parlamentares de outubro de 2014 elegeram um Congresso mais conservador que o anterior. O clima na sociedade é conservador. As manifestações de domingo (15) deixaram isso bem claro!

Youssef, Aécio e o silêncio da mídia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A única ditadura que existe, mesmo, no Brasil, é a da mídia.

Estamos em tempo de ruas cheias, fervor cívico, indignação popular contra a corrupção, não é?

O que diz Alberto Youssef, o ladrão que virou oráculo da verdade é o bastante para demolir reputações, prender, quase para linchar alguns.

A imprensa na história republicana

Por José Ricardo Figueiredo

Na República Velha, em contraponto à imprensa conservadora, da oligarquia dominante, existia uma imprensa de oposição, onde se destacava a juventude militar, e esta diversidade da imprensa teve importante papel no desenrolar dos acontecimentos até a Revolução de 1930. Nos anos seguintes continuou a florescer uma imprensa plural. Entretanto, após a instalação da ditadura em 1937, o governo Vargas submeteu toda a imprensa à censura do Departamento de Imprensa e Propaganda, além de financiar uma imprensa situacionista.

Os golpes de Estado do Século XXI

Por Victor Farinelli, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Houve um tempo em que se defendia no Brasil a ideia de que já não havia espaço para golpes de Estado na América Latina. Supostamente, as ditaduras nos haviam ensinado o que não queríamos, e nos Anos 90, alguns comentaristas políticos diziam isso, com uma segurança contagiante, tanto que me contagiaram na época.

Lembrei desses comentaristas – mas não vou citar nomes, até porque acho que realmente acreditavam nisso – quando, já trabalhando como jornalista, vivi na Argentina e no Chile, e pude constatar que a punição aos crimes dessas ditaduras deixou marcas na sociedade e nas instituições. Porém, no Brasil, onde pouquíssimo criminosos da ditadura foram julgados, e nenhum deles condenado, eu só me lembro deles quando vejo essa nova tendência brasileira de ir às ruas pedir intervenção militar.

A reforma política que despolitiza

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O debate da reforma política ganhou impulso de novo no Congresso, com a Câmara e o Senado discutindo mudanças nos sistemas eleitoral e partidário, porém numa perspectiva de despolitização.

Na Câmara, a Comissão Especial da Reforma Política está em fase de audiência pública, ouvindo autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil, mas já se sabe que os dois temas mais caros ao PT e aos movimentos sociais – o sistema eleitoral e o financiamento de campanha – terão um conteúdo diferente do defendido por eles.

Aécio prepara ataque à democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao anunciar projeto para cassar o registro de partidos que recebem propina de empresas privadas, Aécio Neves não consegue esconder qual é a etapa final da Operação Lava Jato - a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Não que o pagamento de propinas ao PT já esteja provado ou seja fácil de demonstrar pelas regras da Justiça, com respeito aos rituais jurídicos e direitos de defesa. Simplesmente, pode ser a cena final do espetáculo Lava Jato, que o país assiste sem que as instituições responsáveis pela defesa das garantias individuais se manifestem, como se poderia imaginar.

O direito divino à publicidade estatal

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As empresas de mídia têm direito divino ao dinheiro da publicidade do governo federal?

Você pode ser levado a pensar isso, se ler as repercussões a uma alegada declaração de Rui Falcão sobre o tema.

Quer dizer: a sociedade está condenada a subsidiar eternamente as famílias Marinhos, Civitas, Frias etc, segundo este raciocínio cínico e anticapitalista.

A intolerância ocupou a Avenida Paulista

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

As manifestações do domingo, dia 15 de março, tiveram o dom de revelar o DNA da elite brasileira. Os cartazes nas ruas, a forma como os manifestantes lidaram com as divergências, a rebeldia contra o resultado de eleições livres, limpas e populares revelam mais do que uma crise de poder. O Brasil vive uma quase crise civilizatória.

Quem é contra tributar os milionários

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Não é novidade. Somos um país extremamente injusto quanto ao sistema tributário.

Aqui, quem tem carro popular, paga anualmente IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. Já dono de avião particular, helicóptero ou lancha, não é taxado.

Assim como a nossa massa trabalhadora paga proporcionalmente mais impostos do que um milionário.

Inundar as ruas para pautar os avanços


Por Anderson Bahia, no site da UJS:

O acirramento da luta política no país ganhou as ruas. Dois dias após a bela manifestação dos movimentos sociais aumentando o coro pela defesa da democracia e por mais direitos, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) mostrou que ainda tem fôlego e induziu milhares de pessoas a ir às ruas com os mais estranhos clamores. Muito já foi dito sobre ambas as datas, limito-me a dar uns pitacos sobre o que está surgindo e o que seria bom surgir.

Youssef e o "mensalão" de Aécio Neves

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Por muito menos, o Jornal Nacional deu infinitos minutos a denúncias similares, e os grandes jornais deram manchetes garrafais.

O doleiro Alberto Youssef, cujas delações, assim como a de outros delatores, foram consideradas verdades absolutas quando mencionavam o PT, entregou também Aécio Neves.

Segundo Youssef, Aécio Neves recebia de 100 a 120 mil dólares por mês, num esquema que durou durante quase todo o governo FHC e envolvia a empresa Baruense e a estatal Furnas.

A batalha está nas redes sociais

Do site Vermelho:

O renomado jornalista e cientista político franco-espanhol, Ignacio Ramonet, conclamou os governos progressistas a usarem as redes sociais para enfrentar as campanhas midiáticas da oposição. “Hoje a batalha está nas mídias social”, disse.

Depois de esclarecer que é perfeitamente legítimo que a oposição use as novas tecnologias, como WhatsApp, Twitter ou Facebook, para espalhar a sua mensagem e mobilizar seus seguidores, Ramonet considerou que governos progressistas também devem refletir sobre como eles podem usar essas ferramentas.