segunda-feira, 9 de março de 2015

Panelaço e xingamentos contra Dilma

Por Laura Capriglione, em seu blog:

Não foi o ajuste fiscal e seus efeitos deletérios sobre a população mais pobre o que levou os bairros ricos de 12 capitais, Higienópolis e Leblon como símbolos, a uivar de suas varandas gourmet impropérios contra a presidente eleita do Brasil.

Também não foi a corrupção, ou teriam sido ouvidos apupos endereçados aos peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Os dois apareceram na lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como suspeitos de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.

O panelaço da barriga cheia e do ódio

Por Juca Kfouri, em seu blog:

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.

Quem vai investigar Aécio em Furnas?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os escândalos envolvendo o PT, reais ou imaginários, ocupam milhares de repórteres, todos frenéticos e ambiciosos, tentando um lugar ao sol.

Investigar treta petista, mesmo inexistente, vale promoções, prêmios, aumentos de salário, tapinha nas costas dos patrões.

Investigar escândalo tucano, como sabem os jornalistas mineiros, paranaenses e paulistas, apenas serve para abreviar a carreira.

A imprensa bate panelas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de segunda-feira (9/3) fornecem um material precioso para a análise do processo que vimos observando, cuja principal característica é uma ruptura entre o chamado ecossistema midiático e o mundo real. O noticiário e os penduricalhos de opiniões que tentam lhe dar sustentação têm como fato gerador o pronunciamento da presidente da República em rede nacional da TV, mas o que sai nos jornais com maior destaque é a reação de protesto que partiu das janelas de apartamentos nos bairros onde se encastelam as classes de renda média e alta das grandes cidades.

Quem é o repórter-jagunço da 'Veja'

Por Maíra Streit, na revista Fórum:

A coluna “Nas Asas do Planalto”, da revista Veja Brasília, por várias vezes se rendeu à fofoca política para tentar emplacar suas notas entre os leitores mais ácidos e curiosos. Nos textos assinados pelo jornalista Ullisses Campbell, é possível conferir um conhecido deputado da capital aproveitando o Carnaval carioca de máscara e peito desnudo, que, segundo o próprio repórter, teria “arrancado suspiros” por onde passava.

A necessária volta às ruas

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A conjuntura política nacional está aumentando a temperatura a cada dia. A burguesia industrial abandonou completamente a aliança que tinha no governo Lula através do programa de neodesenvolvimentismo. Agora, em vez de investimentos e empréstimos no BNDES, prefere fazer especulação financeira e ganhar dinheiro no rentismo. A taxa de investimento de nossa economia está paralisada há mais de dois anos na faixa de 18% do PIB, que é muito baixo (a China investe 30% do PIB) e a maior parcela é de investimento público. A economia está patinando e em diversos setores os preços dispararam.

O panelaço foi uma panelinha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha publicitária contra Dilma tenta, diariamente, dar a impressão de que o governo acabou e que os eleitores de outubro fugiram. Quem viu a cobertura do discurso da presidente, ontem a noite, pode até achar que a única reação dos brasileiros foi abrir a janela para fazer uma batucada numa frigideira e depois assumir o volante do carro para buzinar pela vizinhança. Nada mais falso.

A tarefa para Lula contra o golpismo

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Por Saul Leblon, no site Carta Maior: 

A separação entre direitos políticos e jurídicos, de um lado, e direitos sociais e econômicos, de outro, marca um período histórico específico da sociedade humana.

O período capitalista.

Aquele em que a democracia promete mais do que o mercado está disposto a conceder.

Sobre a popularidade de Dilma e FHC

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Analisar a evolução da popularidade de Fernando Henrique Cardoso ao longo de seu segundo mandato contribui para a discussão das perspectivas da relação entre Dilma Rousseff e a opinião pública até o fim de 2018. A razão é simples: apesar das grandes diferenças entre os presidentes e seus governos, há semelhanças entre eles.

O elemento comum fundamental, do ponto de vista da opinião pública, é que os dois iniciaram o segundo governo frustrando expectativas da sociedade. Cada um a seu modo, FHC e Dilma prometeram algo que não conseguiram entregar.

Paulistas vaiam e dengue se alastra em SP

Por Altamiro Borges

Neste domingo (8), alguns bairros nobres da capital paulista promoveram panelaços e vaias contra Dilma Rousseff durante seu pronunciamento em rede nacional de rádio e tevê. Talvez os moradores “chiques” destas áreas não estejam incomodados com a grave crise de falta de água, com as panes e superlotações dos trens do Metrô e com a escalada de violência no Estado mais rico do país. Eles também nem devem estar cientes da epidemia de dengue que se alastra por São Paulo. Afinal, a chamada classe média – ou “mérdia” – prefere confiar no noticiário da mídia tucana, regada por generosos anúncios publicitários do governador Geraldo Alckmin. Mas é bom ela ficar esperta. A dengue também pode atingi-la!