sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Terrorista do MBL é preso em Brasília

Arsenal apreendido no acampamento do MBL
Por Altamiro Borges

Nesta quinta-feira (12), véspera dos bárbaros atentados terroristas em Paris - que causaram mais de 60 mortes -, a Polícia Militar do Distrito Federal deteve um fanático que estava acampado em pleno gramado do Congresso Nacional. Em seu carro, ela encontrou uma pistola Taurus, um soco inglês, sprays de mostarda, diversos furadores e um porrete. Num primeiro momento, a identidade do maluco não foi revelada. Agora já se sabe que se trata do sargento reformado Jorge Luiz Damasceno. Ele é um dos participantes do acampamento, organizado pelo grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL), que prega o impeachment de Dilma e a volta dos militares ao poder. Segundo relatos, o terrorista nativo esbravejava que iria "matar a presidente e jogar uma bomba no parlamento".

Diante da repercussão negativa da notícia, os fascistas mirins do MBL correram para tentar limpar a imagem do movimento golpista. Renan Santos, um dos dirigentes do grupo, gravou um vídeo em que afirma que "a mídia comprada e governista tenta difamar” o protesto. Com sua mentalidade doentia e conspirativa, ele ainda acusa o governo de ter armado uma "arapuca", como se o fanático preso pela PM fosse um infiltrado do Palácio do Planalto. Recentemente, outro chefete infantil deste grupo, Kim Kataguiri, postou uma foto empunhando uma arma de ar comprimido e a legenda ameaçadora: "Enquanto não cai o Estatuto [do desarmamento], o jeito é ficar no airsoft". Pelo jeito, o sargento reformado e debiloide não entendeu a ironia e encheu o seu carro com armas verdadeiras!

As fotos do arsenal do seguidor do MBL logo bombaram nas redes sociais. De imediato, o líder do PT na Câmara Distrital, deputado Chico Vigilante (PT-DF), divulgou uma nota de repúdio: "Na noite desta quinta-feira, a Polícia Militar do Distrito Federal prendeu, no acampamento em frente ao Congresso Nacional, um manifestante pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff portando um verdadeiro arsenal de guerra ameaçando simpatizantes do governo. Na abordagem, os policiais encontraram uma pistola calibre .380, 12 cápsulas de spray de pimenta, 16 furadores de coco, 1 canivete adaptado em um instrumento conhecido como soco inglês e um porrete de madeira escondidos no seu veículo".

O parlamentar dá ainda mais detalhes sobre a prisão. "A confusão começou quando o manifestante pró-impeachment discutiu com simpatizantes do governo e prestou queixa de ameaça. Ouvidos, os simpatizantes informaram uma outra versão na qual o cidadão favorável à derrubada da presidenta é que teria feito ameaças, inclusive utilizando-se da pistola .380. A Polícia Militar abordou o veículo do manifestante e encontrou o arsenal. Encaminhado à 5a. DP, o manifestante foi identificado. Trata-se de um sargento reformado da PM do Distrito Federal que não possui permissão para o porte de arma de fogo. O cidadão foi enquadrado e responderá a processo por porte ilegal de arma. É esse tipo de gente que prega a derrubada da presidenta Dilma Rousseff".

Ainda sobre o lamentável episódio, que exige rigorosa atitude das autoridades públicas - até hoje nada foi feito contra os terroristas que jogaram uma bomba no Instituto Lula e que atacaram as sedes do PT -, o jornalista Kiko Nogueira, do blog Diário do Centro do Mundo, postou o artigo a seguir: 

Um sujeito foi preso pela PM do Distrito Federal em frente ao Congresso Nacional na noite de quinta (12). Ele estava acampado com outros manifestantes. A iniciativa é do MBL, que se instalou ali com seus militantes no dia 18 de outubro para “fazer pressão lá na porta dos políticos para o impeachment de Dilma Rousseff”.

O nome do cidadão é Jorge Luiz Damasceno, sargento reformado. Em seu carro havia: uma pistola, um soco inglês, uma corrente, luvas, sprays de mostarda, ao menos dezessete furadores de gelo e um porrete de madeira. Foi preso na Papuda por porte ilegal de armas.

O maluco faz parte de um grupelho que pede a intervenção militar. É um negócio “família, cristão, pacífico”, diz um dos “líderes”, Dom Werneck. Imagine se não fosse. De acordo com Dom, seu amigo falou que queria “matar Dilma” e jogar uma bomba no Congresso.

O MBL já se tem jurisprudência em micos de proporções bíblicas. Depois da famosa caminhada do nada ao lugar nenhum, esse camping é uma idiotice histriônica. Mais do que isso, é uma tragédia anunciada.

Inevitável que comece a chegar gente. Todo desocupado paranoico vai para lá porque um dia aparece na televisão. O sargento é apenas um.

O tal Werneck, como não poderia deixar de ser, se define como “bolsonarista”. Ele e a namorada desfilam com uma camiseta com a face do Jair estampada. Escreveu no Facebook, direto de Brasília: “AGORA É A HORA! Estoquem alimentos e combustível.” ???

No Recife, skinheads neonazistas recepcionaram a família Bolsonaro. A eterna desculpa é de que se tratava de “infiltrados”.

É a mesma ladainha usada pelo MBL com o terrorista capturado. Renan Santos — aka Renan Haas, um de seus vários nomes — gravou um vídeo em que aparece apoplético, um Collor fase supositório, afirmando que “a mídia comprada e governista tenta difamar” o movimento. Claro que denuncia também uma “arapuca” do governo. O sargento é José Dirceu disfarçado.

Renan e seus colegas não são apenas imbecis, mas imbecis e irresponsáveis. Quanto mais tempo ali, mais loucos aparecerão. Ou eles pretendem anotar nome e cpf de cada palhaço?

É curioso como esse pessoal reclama do “bolivarianismo” e da “ditadura lulopetista” enquanto faz o que quer. Quando é que as autoridades competentes tomarão alguma atitude? Imagine, apenas imagine, se você e seus amiguinhos resolvessem montar barracas em frente à Casa Branca. Cana antes do fogareiro acender.

Esses meninos não têm pais? Não tem um tutor legal? Uma babá? Ninguém trabalha? Ninguém tem conta para pagar? Ninguém estuda?

O verdadeiro papito, o Cunha, saiu para comprar cigarros na Suíça e nunca mais voltou. Eles esperam, agora, o novo messias do golpe. Está na hora de pararem de brincar com explosivos porque é perigoso.

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