segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Herdeiro do Itaú foi à marcha golpista?

Por Altamiro Borges

Numa nota minúscula, o site da Época postou uma curiosa informação na semana passada: "Roberto Setubal, presidente do Itaú, diz amiúde não haver razões para que Dilma sofra impeachment. Parece que Guilherme Setubal Souza e Silva, seu sobrinho, filho de Neca Setubal, pensa diferente. Ele conversa com movimentos anti-Dilma e participou, em março, de uma manifestação em que já se pedia o afastamento da presidente". A pergunta que fica é se o jovem ricaço também pagou mico nas marchas golpistas deste domingo (15), que foram um vergonhoso fiasco em todo o Brasil.

Outras celebridades, famosas por suas fortunas e carreiras, também não confirmaram se estiveram presentes nos ridículos protestos deste final de semana. O cambaleante Aécio Neves, que fez questão de discursar no ato pelo "Fora Dilma" em agosto, em Belo Horizonte, parece que preferiu evitar o vexame - confirmando a fama, difundida pelos fascistas mirins, de que é um "arregão". É certo que o tucano andou levando umas bicadas no seu próprio ninho. Rivais do mineiro no PSDB, os paulistas Geraldo Alckmin e José Serra já fazem questão de se diferenciar do "aventureiro" magoado com a derrota nas eleições presidenciais do ano passado e que torce pelo "quanto pior, melhor".

Já o descendente da "família real", Luiz Philippe de Orleans e Bragança, ainda é uma incógnita. Nas marchas golpistas de março, abril e agosto, ele fez questão da aparecer como líder de um grupelho anti-Dilma. Agora, ele deve ter fugido dos holofotes da mídia. Em agosto, o "empresário" estava todo excitado com a hipótese da derrubada da presidenta da República e da volta da monarquia. Mentor do movimento Acorda Brasil, que reúne vários figurões da "alta sociedade", o sobrinho de Luiz Gastão de Orleans e Bragança já sonhava com a coroa de "imperador".  Pelo jeito, o seu sonho - e também o do jovem ricaço do Itaú e o do cambaleante tucano - foi adiado!

Em tempo: Até agora a mídia golpista evitou comentar o fiasco das marchas deste domingo. É como se o desastre não tivesse ocorrido. Antes, ela fazia questão de destacar o número de manifestantes - com manchetes nos jornalões e longas e efusivas reportagens nos telejornais. A Folha tucana, metida a obrar estatísticas, adorava mentir a "força das ruas": em 15 de março, foram 1,7 milhão de pessoas em todo o país; em 12 de abril, foram 546 mil; em agosto, foram 720 mil. E agora? A mídia golpista preferiu não fazer a conta dos gatos pingados para esconder o ridículo.

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1 comentários:

RLocatelli Digital disse...

A maré virou. Agora, é a esquerda na luta contra o golpe e contra os ajustes levyanos. Agora é ocupar as escolas contra o fechamento delas.