domingo, 11 de outubro de 2015

Queda da extrema pobreza não dá manchete

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado pelo insuspeito Banco Mundial nesta semana confirma que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população. O próprio economista Emmanuel Skoufias, especialista da instituição, disse que ficou surpreso com a redução da miséria no país. Mesmo assim, a mídia hegemônica - que no seu complexo de vira-lata adora alardear os dados negativos da economia brasileira - não deu destaque para a alvissareira notícia. Ela não virou manchete nos jornalões, nem capas das revistonas semanais e nem motivo de elogios na rádio e tevê. Desta forma, como o governo não possui influentes meios de comunicação, o estudo do Banco Mundial virou uma não notícia para a maioria dos brasileiros.

Pela nova metodologia estabelecida pela instituição a linha de pobreza extrema é de US$ 1,90 (cerca de R$ 7,32) por dia, contra US$ 1,25 (cerca de R$ 4,81 na cotação atual). Com base neste cálculo, a redução da miséria no Brasil foi maior do que a divulgada anteriormente. Em vez de 59% de queda, o país na verdade diminuiu a extrema pobreza em 64%. Estes dados surpreendentes foram apresentados durante a reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lima, Peru, nesta semana. Na maioria dos países da América Latina - em especial, nos comandados por governantes progressistas - houve uma forte tendência de queda da miséria nos últimos anos.

"De maneira geral, o Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na redução da pobreza nos últimos anos. Apesar de todos os países latino-americanos terem se beneficiado do boom das commodities nos anos 2000, no Brasil o declínio da taxa de pobreza foi mais rápido do que no resto da região”, enfatiza Emmanuel Skoufias. O especialista do Banco Mundial atribuiu o sucesso brasileiro ao Bolsa Família e a outros programas sociais dos governos Lula e Dilma. Segundo ele, estes programas são "muito eficazes para evitar que as pessoas caiam na pobreza e para ajudá-las a sair da pobreza". 

É evidente que estes comentários e os dados divulgados não mereceram qualquer destaque na mídia oposicionista, mais envolvida na cavalgada golpista pelo impeachment da presidenta Dilma.

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