terça-feira, 11 de agosto de 2015

Os "golpes suaves" na América Latina

Do site Vermelho:

Nos últimos meses, os governos latino-americanos têm sido alvo dos chamados "golpes suaves" promovidos pela direita nacional e internacional, que tentam derrubar as administrações dos líderes revolucionários e progressistas através de ações violentas nas ruas, greves, e guerra psicológica e econômica.

Os casos mais emblemáticos foram contra os governos de El Salvador, Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e Venezuela, onde os governos legitimamente eleitos priorizam a felicidade e o bem-estar das pessoas sobre o capital; juntamente com uma forte defesa de sua soberania e autodeterminação.

Nesses países, setores da oposição têm o mesmo modus operandi, incluindo a promoção de campanhas de difamação, desinformação, medo; bem como denúncias de supostos atos de corrupção e violações dos direitos humanos.

Sob esses argumentos, aqueles que se opõem aos governos progressistas e revolucionários na região têm chamado manifestações de rua violentas, com as quais eles têm procurado desacreditar os esforços do governo, desestabilizar nações, justificar intervenções dos agentes externos e derrubar os chefes de estado.

De acordo com o cientista político americano Gene Sharp, o golpe suave tem cinco fases definidas: aquecer as ruas, fratura institucional, deslegitimação e desestabilização.

Normalmente, o golpe suave é executado como a única maneira de chegar ao poder, devido à falta ou ausência de apoio popular nas eleições.

Em informações listadas no site do jornal equatoriano El Telegrafo, o diretor do Centro Andino de Estudos Estratégicos, Mario Ramos também explicou que uma das principais ferramentas utilizadas são os meios de comunicação e redes sociais para alcançar as massas.

"É uma estratégia muito inteligente usar psicologia de massa, a mídia e as redes sociais, por isso é chamado suave, porque não é o golpe clássico", disse ele.

O último ataque orquestrado pela direita, na semana passada, na América Central, particularmente em El Salvador, onde os grupos de oposição realizaram um boicote do setor dos transportes para tentar criar o caos e promover um golpe de Estado contra o presidente legítimo, Salvador Sanchez Ceren.

No país da América Central, as quadrilhas criminosas forçaram os trabalhadores a paralisar suas unidades sob ameaça e assassinaram nove motoristas que não obedeceram às suas ordens.

No Equador, onde o governo do presidente Rafael Correa tem enfrentado a violência promovida pela direita contra a reforma da Lei de redistribuição da riqueza (direito sucessório) e ganhos extraordinários mesmo quando o Governo anunciou a interrupção temporária da proposta as hostilidades continuaram.

"Eles vão continuar tentando (desestabilizar), gerar violência e o pânico econômico, eles têm tentado todos esses meses", explicou o chefe do Equador.

Na Bolívia, também, as tentativas pela direita para desestabilizar foram derrotadas no Departamento de Potosi, após a cessação da greve geral imposta pelo Comité de Potosi Civic (Comcipo), que durante um mês teve uma parada obrigatória na cidade boliviana.

Na Venezuela, a escalada da direita teve várias fases, como a guerra econômica, caracterizada pela especulação de preços e a escassez de alimentos básicos.

Em 12 de fevereiro, o presidente venezuelano Nicolas Maduro denunciou uma nova tentativa de golpe. O plano, que teria início após a publicação na imprensa de um manifesto apelando para um governo de transição.

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