quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O petróleo vale um país

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Para os ingênuos que acham que a indústria do petróleo segue “leis de mercado” e não a lei da selva, deu no The New York Times:

“A Arábia Saudita está pressionando o presidente Vladimir Putin, da Rússia, a abandonar o seu apoio ao presidente Bashar al-Assad, da Síria , usando o seu domínio dos mercados mundiais de petróleo, num momento em que o governo russo está tentando se recuperar dos efeitos da queda dos preços do petróleo”.

Tradução livre: “entregue a Síria e nós damos uma volta a menos nas torneiras do petróleo e fazemos subir o preço que está arruinando seu país, Putin”.

Claro que a matéria usa de todas as “nove horas” diplomáticas, mas o essencial é que Putin corte o apoio dado á Síria contra os rebeldes fundamentalistas, entre eles o Exército Islâmico, que tem ligações com os sauditas.

Afinal de contas, queimar gente viva não chega a ser um pecado intransponível quando se trata de interesses geopolíticos.

E se vale queimar gente viva, porque não valeria queimar a nossa Petrobras?

2 comentários:

Alexandre Figueiredo disse...

Miro, seria bom que você comentasse esse texto de O Globo, antes que o petróleo não seja mais nosso. A direita midiática tem um poderoso lobby capaz de transformar suas ilusões em realidade. Cabe mobilizarmos.

Alexandre Figueiredo disse...

O linque:

http://oglobo.globo.com/opiniao/privatize-ja-15224903