quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dirceu retruca mentiras do 'Estadão'

Do blog de Zé Dirceu:

A reportagem “Delator repetiu esquema de Dirceu para abrir offshores” (17/02) procura, sem qualquer razoabilidade jornalística, associar o ex-ministro José Dirceu ao esquema assumido pelo engenheiro Pedro Barusco para recebimento de recursos ilícitos no exterior.

O argumento central da reportagem, de que ambos teriam recorrido ao escritório Morgan y Morgan, no Panamá, para abertura de suas empresas, não tem qualquer consistência. Em primeiro lugar, a Morgan y Morgan, como já fora amplamente divulgado pela imprensa brasileira em 2013, é responsável pela abertura de milhares de offshores em território panamenho, muitas delas representando empresas brasileiras, segundo as legislações civil, comercial, societária e bancária do país.

A prevalecer o raciocínio que motivou a reportagem, o Estadão está diante da obrigação jornalística de desvendar todos os clientes brasileiros ligados a Morgan y Morgan, partindo da premissa de que todos são igualmente suspeitos pelo simples fato de recorrerem ao mesmo escritório usado por Barusco.

Caso contrário, o jornal tornará explícito que sua posição política (comumente expressa em seus editoriais) também permeia e orienta sua reportagem – espaço que, como manda a boa prática jornalística, deveria ser regido pelo princípio da isenção.

A segunda razão pela falta de consistência da reportagem é o fato de que a JD Assessoria nunca atuou ou estruturou qualquer operação no Panamá. Em 24 de dezembro de 2013, após reportagens do próprio O Estado de S. Paulo que procurava associar o ex-ministro José Dirceu aos proprietários do hotel Saint Peter, em Brasília, a JD Assessoria encaminhou carta ao jornal negando qualquer tipo de relação com os donos do hotel.

A carta também esclarecia que o pedido de abertura de filial no Panamá sequer chegou a ser registrado naquele país, sendo revogado, por decisão da própria empresa, que seguiu todos os trâmites previstos pela legislação brasileira. Portanto, a JD Assessoria nunca atuou naquele mercado nem tampouco existiu formalmente no Panamá.

As tentativas de envolver o ex-ministro José Dirceu, além de desprovidas de provas, só reforçam a intenção de estabelecer a qualquer custo o vínculo da Operação Lava Jato com o PT, dando continuidade a uma campanha difamatória que já dura dez anos.

1 comentários:

Tanabi disse...

O Estadão estaria correto se citasse JB, este sim valeu-se do mesmo expediente que Barusco para comprar um apê em Miami. Detalhe: a off shore de JB tem domicílio em imóvel funcional da União, Brasilia-DF.