terça-feira, 22 de julho de 2014

Robson Marinho será a estrela na TV?

Por Altamiro Borges

Já está definido o tempo que os candidatos ao governo de São Paulo terão no horário eleitoral “gratuito” de tevê, que começa em 19 de agosto. O empresário Paulo Skaf, do PMDB, garfou a maior fatia – 5 minutos e 58 segundos. Ele terá um minuto a mais de exposição do que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ficou com 4 minutos e 51 segundos. Já o ex-ministro Alexandre Padilha (PT) terá quase o mesmo tempo do tucano – 4 minutos e 22 segundos. Se os dois oposicionistas utilizarem bem o seu tempo de televisão, a vida do tucano não será nada fácil. Até agora, ele lidera com folga nas pesquisas – algumas delas que mais se parecem como peças de campanha eleitoral –, mas o seu telhado de vidro é frágil!

A teimosia reacionária do Estadão

Por Altamiro Borges

Em editorial nesta segunda-feira (21), intitulado “Teimosia inconstitucional”, o jornal Estadão voltou a demonizar o projeto da presidenta Dilma Rousseff (número 8.243) que institui a Política Nacional de Participação Social. Além de festejar a manobra da Câmara Federal, que inventou um decreto legislativo para sabotar a PNPS, o jornal critica o governo por insistir na ideia da ampliação dos mecanismos de democracia participativa no país, inclusive com a criação de um Fundo Financeiro de Participação Social. Para o jornalão, esta iniciativa é inconstitucional e “pretende criar, por decreto, novas despesas para financiar os conselhos populares” – numa nova investida “bolivariana” contra a democracia brasileira.

O avião malaio e o antijornalismo

AFP / Alexander Khudoteply
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O New York Times é um jornal tão importante que até o linguista Noam Chomsky lamentou, num artigo escrito há alguns meses, seu declínio. Autor da expressão “consenso fabricado” (veja vídeo), crítico ácido do papel da imprensa no que vê como uma construção social de mentiras, Chomsky ressalvava que, apesar disso, os jornais desempenharam, em décadas passadas, um papel importante, ao tornarem conhecidos fatos de relevância mundial, que de outra forma passariam despercebidos. O NYTimes, que tem dezenas de ótimos repórteres espalhados pelo planeta, era um dos símbolos desta capacidade de cobertura.

40 anos do martírio de frei Tito

Por Frei Betto, no jornal Brasil de Fato:

Em agosto faz 40 anos que frei Tito de Alencar Lima foi induzido ao suicídio, na França, devido às torturas sofridas sob a ditadura militar no Brasil. Tinha 28 anos. Fomos companheiros na Ação Católica, na Ordem Dominicana e no Presídio Tiradentes.

Na sexta, 8 de agosto, haverá celebração eucarística, às 19h, na igreja de São Domingos, em São Paulo (rua Caiubi 164), de onde Tito, em companhia de outros frades, foi retirado pelo delegado Fleury, em novembro de 1969, para ser seviciado no DEOPS.

Aécio gaguejou no Jornal Nacional

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vale a pena ver a reportagem do Jornal Nacional sobre o “Aecioporto”.

Jornalismo, para variar, zero, sem uma apuração sobre coisa alguma, com mais de 24 horas para levantar informações.

Mas, pelo menos, não ocultaram a matéria da Folha de ontem.

As ligações de Aécio com Zezé Perrella

Por Joaquim Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ambos mineiros, Aécio Neves e Zezé Perrella torcem pelo mesmo time de futebol, o Cruzeiro, do qual Perrella foi presidente, e jogam juntos no primeiro escalão da política do estado. Nas eleições estaduais deste ano, o PDT de Perrella, que apoia o PT no plano nacional, fechou com o PSDB em Minas.

Não foi Aécio Neves, foi Minas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os leitores da Folha de S. Paulo foram surpreendidos no domingo (20/7) por um ataque indireto ao senador Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República. “Minas fez aeroporto em fazenda de tio de Aécio”, dizia a manchete do diário paulista. No texto logo abaixo, o jornal conta que, quando governador, em 2010, Aécio mandou construir, com dinheiro público, um aeroporto na fazenda de um tio, que o senador usa regularmente para visitar uma propriedade da família.

Mídia aposta no pessimismo econômico

Por Altamiro Borges

A mídia oposicionista deflagrou três campanhas articuladas com o objetivo de desgastar a presidenta Dilma Rousseff e pavimentar o retorno dos neoliberais ao poder. A primeira se deu no julgamento do chamado “mensalão do PT” e foi plenamente vitoriosa. Devido à postura acovardada de alguns setores políticos, ela conseguiu emplacar no imaginário popular que as forças de esquerda são corruptas. A segunda ofensiva ocorreu na preparação da Copa do Mundo, mas foi parcialmente derrotada. Com o sucesso do evento, as previsões apocalípticas dos “vira-latas” foram desmoralizadas. Já a terceira campanha está em pleno curso e visa criar um clima de pessimismo na sociedade diante dos rumos da economia.

Planos econômicos e lucro dos bancos

Por Altamiro Borges

Os banqueiros são insaciáveis. Lucram quando a economia está em dificuldades, elevando os juros e demitindo trabalhadores. Lucram quando a economia cresce, abusando das tarifas e da agiotagem no crédito. E lucram, até, quando planos econômicos penalizam o conjunto da sociedade. Nesta segunda-feira (21), a Procuradoria Geral da República (PGR) divulgou estudo que demonstra que os bancos tiveram um lucro bruto de R$ 21,87 bi em decorrência dos pacotes impostos pelos governos José Sarney e Collor de Mello. Segundo o jornal Valor, este novo cálculo, bem mais modesto, já foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que discute o ressarcimento dos poupadores.

O alerta de Rafael Correa

Por Altamiro Borges

Em visita ao Brasil na semana passada, o presidente Rafael Correa, do Equador, concedeu uma instigante entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha. Bastante animado com os resultados da reunião promovida pela presidenta Dilma Rousseff entre os membros da Unasul e dos Brics, ele destacou a importância da união dos povos diante da grave crise que abala o sistema capitalista internacional. Ao mesmo tempo, porém, ele alertou para os riscos de uma “restauração conservadora” na América Latina. Reproduzo abaixo alguns trechos da entrevista publicada nesta segunda-feira (21), que contribuem para o processo de reflexão das forças de esquerda do nosso continente: