sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A PF e o vazamento ilegal para Veja

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A 48 horas do 2º turno da eleição presidencial deste ano, confirmou-se denúncia feita por este Blog no dia 26 de setembro: o perfil da revista Veja no Facebook divulgou dados sigilosos de investigação da operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que negociou “delação premiada” com o doleiro Alberto Yousseff.

Naquele final de setembro, poucas horas antes de participar de entrevista que a então candidata Dilma Rousseff concedeu a blogueiros no Palácio da Alvorada, publiquei o post Grupo “antipetista” da PF prepara denúncia para o 2º turno. Após a entrevista, Dilma disse que encaminharia minha denúncia ao ministro da Justiça, para que a investigasse.

Como acredito em Dilma, devo supor que o ministro José Eduardo Cardozo não deu bola à denúncia, pois, como eu disse no post, a existência de uma “banda antipetista” na PF não é segredo para ninguém e esses membros da instituição já vinham prometendo “causar” contra a presidente no 2º turno.

A capa de Veja divulgada na internet a 48 horas do segundo turno e usada como panfleto pelos cabos eleitorais contratados pelo PSDB remetia a conteúdo considerado ilegal pela Justiça Eleitoral e originou direito de resposta para o PT no site da revista, além de multa de 500 mil reais por cada hora que a publicação deixou de publicá-lo – Veja demorou cerca de 24 horas para cumprir a decisão da Justiça Eleitoral.

Além disso, segundo o jornal O Globo, “A Polícia Federal abriu inquérito para investigar as circunstâncias do vazamento de trechos de um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef cita a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula (…)”






Por fim, segundo o jornal Valor Econômico o PT pediu ao Supremo Tribunal Federal apuração do crime eleitoral cometido por Veja.




A petição 5220 do PT foi distribuída no STF ao ministro Teori Zavaski.



Na madrugada de quinta-feira, 13 de novembro de 2014, o jornal O Estado de São Paulo publica denúncia que mostra quem são os componentes do “grupo antipetista da PF” que este blog citou em seu post de 26 de setembro.

Segundo o jornal, durante a campanha eleitoral delegados federais da Operação Lava-Jato atacaram duramente a presidente Dilma e o ex-presidente Lula enquanto exaltavam o candidato Aécio Neves.

Os membros da PF citados na matéria do Estadão são os seguintes:

1 – Delegado Igor Romário de Paula, que responde diretamente ao superintendente da Polícia Federal do Paraná e que atuou na prisão de Yousseff;

2 – Delegado Márcio Anselmo, coordenador da Operação Lava-Jato;

3 – Delegado Maurício Grillo;

4 – Delegada Erika Mialik Marena, que dirige a delegacia onde estão principais inquéritos da operação Lava-Jato.

Apesar de ser tentador dizer que a denúncia do Estadão deslindou o objeto da investigação aberta pela PF para descobrir quem deu informações sigilosas da operação Lava-Jato para a Veja, no mínimo esses delegados supracitados tornaram-se os principais suspeitos.

Alguma dúvida?

2 comentários:

Cláudio disse...

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Nelson Menezes disse...

Estes Agentes da Policia Federal deveriam voltar a empurrar viatura, por que na época do PSDB no governo FHC,onde as VTR, sequer saiam em rondas por falta de combustível,será que estes PF com mais de doze anos de serviço já se esqueceram disto?