quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PT deve ter maior bancada no Congresso

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Vocês já devem ter ouvido o ridículo prognóstico do “historiador” tucano Marco Antonio Villa. Ele e outros iguais (Gabeira, etc) vivem falando em “fim do PT”. Há anos.

O partido, no entanto, cresce ano a ano. Em número de vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais, federais e senadores. E deve estar novamente no segundo turno deste ano, com grande chance de eleger o próximo presidente da república.

Hoje, Valor e Folha publicaram estudos de como ficarão as bancadas da Câmara e do Senado a partir de 2015.

Todos os cenários, mesmo os mais pessimistas para o PT, indicam que ele deverá eleger este ano a maior bancada da Câmara dos Deputados. Para o Senado, a previsão é de manter a segunda maior bancada, atrás apenas de uma legenda aliada, o PMDB.

No mundo inteiro, qualquer partido gostaria de ter um “fim” desses!

Na verdade, quem deve desaparecer de vez é o DEM, que elegeu 84 deputados em 2002, na primeira eleição de Lula e agora poderá ter apenas 20.

O PSDB, que elegeu 70 em 2002, poderá ver sua bancada reduzida para apenas 36 deputados este ano.


Deputados Federais em 2015






4 comentários:

Emilson disse...

Importante lembrar também, que em 2112, o PT foi o partido que obteve o maior número de votos. Mesmo com o massacre do mensalão, com julgado programado para coincidir com as eleições, ainda elegeu o prefeito da cidade mais importante do país.

sergio m pinto disse...

A parte ruim disso é que não dá para confiar no PMDB, senão seria um bom contingente para tocar os projetos para a frente.

Pilar Acosta disse...

Essa previsão é alvissareira para a população! Com maioria no congresso, em uma possível reeleição, Dilma terá uma margem de manobra muito maior para radicalizar os avanços democráticos e as conquistas sociais!

domingos disse...

SERÁ QUE O PT VAI ARGUIR A PRÓPRIA TORPEZA COM OBJETIVOS ELEITOREIROS?

A notinha é do responsável interino pelo Painel Político da Folha de S. Paulo -aquele sujeito que fez grande alarde a respeito da intenção de Marina Silva de respeitar a anistia de 1979, enquanto omitia que Dilma Rousseff e Aécio Neves já tinham assumido publicamente a mesmíssima posição pusilânime-, não estando, portanto, imune a erros de informação ou por falta de isenção:
"Depois do pré-sal e da relação com os bancos, a próxima arma de Dilma Rousseff para minar Marina Silva será a política externa. O PT vai acusar a candidata do PSB de pôr o comércio brasileiro em risco ao defender que questões ambientais e de direitos humanos sejam levadas em conta nas negociações sobre comércio internacional. Segundo petistas, isso poderia afetar as vendas de empresas brasileiras para países como China e Rússia, grandes compradores de soja, carne e minério.
O programa de Marina diz que o Brasil não pode 'desconsiderar as diferenças nas agendas econômica, política, cultural e ambiental dos Brics, assim como nos direitos humanos'".

Se o PT vier mesmo a defender o pragmatismo cínico, nocivo e desumano nas relações internacionais, estará se evidenciando um partido imoral, que argui a própria torpeza (o abandono oportunístico de suas bandeiras históricas) para dela extrair benefícios eleitoreiros. Uma caricatura da sigla idealista que os sindicalistas do ABC, os sobreviventes da luta contra a ditadura e a esquerda católica engendraram. Um monstruoso mr. Hyde tomando o lugar do abnegado dr. Jekyll de outrora.

Só para lembrar, eis como o partido se posicionou em seu manifesto de fundação:
"As riquezas nacionais, que até hoje só têm servido aos interesses do grande capital nacional e internacional, deverão ser postas a serviço do bem estar da coletividade...
O PT lutará por todas as liberdades civis, pelas franquias que garantem, efetivamente, os direitos dos cidadãos e pela democratização da sociedade em todos os níveis...

...O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo".
A dar-se crédito ao interino, para ganhar outra eleiçãozinha de uma série que até agora não fez avançar um milímetro "a construção de uma sociedade que responda aos interesses dos trabalhadores e dos demais setores explorados pelo capitalismo" (um objetivo expresso no manifesto de 1980), o PT estaria disposto a impudicamente trombetear que é certo:

colocarmos os negócios à frente dos princípios;
mandarmos às favas a preservação do patrimônio natural indispensável à sobrevivência da espécie humana;
privilegiarmos os interesses dos grandes exportadores de soja, carne e minério, traindo o compromisso de "solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo".
Se isto realmente acontecer, será o caso de considerarmos morto o partido que alguns dos melhores brasileiros criamos nos idos de fevereiro de 1980 e afirmamos graças aos esforços desmedidos de uma militância corajosa e digna.

Então, só nos restará tratarmos de enterrar logo o cadáver, antes que seu fedor se torne insuportável.