sábado, 30 de agosto de 2014

Soninha Francine virou “ficha suja”

Por Altamiro Borges

A mídia tucana não deu qualquer realce para uma curiosa notícia nesta semana. Na quarta-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo rejeitou a candidatura à deputada federal de Soninha Francine, do PPS. Ela foi enquadrada na Lei da Ficha Limpa, conforme pedido do Ministério Público. Em 2011, quando ocupava o exótico cargo de diretora-técnica da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), nomeada pelo governador Geraldo Alckmin, a ex-vereadora teve a contabilidade do órgão rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por uso irregular de recursos públicos. A nova “ficha suja” do PPS agora só poderá se candidatar novamente em 2020.

O silêncio da imprensa é plenamente justificado. Afinal, Soninha Francine é uma figura midiática, que ainda goza de certo prestígio no eleitorado jovem. Ex-apresentadora da MTV, ela foi eleita vereadora pelo PT na capital paulista com propostas ousadas. Na sequência, ela deixou a sigla e tornou-se uma direitista estridente. Filiou-se ao PPS e virou porta-voz do tucanato, mantendo íntimas ligações com o ex-governador José Serra. Sempre tentou se travestir de “musa da ética” e, com este modelito, cumpriu o papel de algoz do PT. Agora, porém, ela é carimbada de “ficha suja” – e por isto é escanteada pela mídia tucana, que faz de tudo para garantir a reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo.

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