quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dilma, enfim, quer Ley de Medios

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

No comício da Convenção do PT, o Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, defenderam enfaticamente uma Ley de Meios.

Aos gritos da plateia: “o povo não é bobo”, “a verdade é dura…” e “é o PiG!”.

A Dilma, ali, nada.

Ela sempre defendeu o “controle remoto”.

Agora, mudou.

Num encontro com jornalistas mulheres, ela disse, segundo o PiG cheiroso, o Valor, na pagina A11 desta quinta-feira:

“A imprensa não é do mal. (Há controvérsias – PHA) Sempre defendi a liberdade de imprensa. Não quero regular o conteúdo. (Nem ninguém – PHA). Porém, para a presidente, a mídia é passível de controle econômico, técnico. É possível regular sem interferir no conteúdo”.
Bingo!

Basta seguir a linha do Ministro Franklin Martins: uma Ley de Medios que respeite a letra e o espírito da Constituição de 1988.

E nada mais!

Bem, para fazer isso, a Presidenta tem que mandar o Bernardo Plim-Plim embora, na mesma carruagem em que for o zé da Justiça.

Como se sabe, em histórica entrevista ao detrito sólido de maré baixa, o Plim-Plim (ou será Trim-Trim, como sugere o Mino?) criticou asperamente o PT por querer uma Ley de Medios.

Se a PF do zé um dia vai derrubar a Dilma, o Ministério das Comunicações da Dilma ficou a cara – e o perfil – o Ministério das Comunicações do Sarney.

Ou o Bernardo de perfil não se parece com o ACM ?

Em tempo: cabe lembrar que, das oitocentas mulheres jornalistas do PiG (*) no jantar, nenhuma deu destaque a essa irrelevante declaração. Como diz o Mino, sempre lembrado: no Brasil, os jornalistas são piores que os patrões.

1 comentários:

Unknown disse...

Agora falar é fácil, tudo para o próximo pleito. Lei de Médios, incentivo à cultura, ao jornalismo independente, incluindo os Blogueiros Progressistas e páginas de Jornal e Revistas virtuais que tanto a apoiaram durante estes quase quatro anos de governo. Privatizou aeroportos alegando que não tinha dinheiro, uma bagatela de dinheiro que precisavam se comparado ao que o BNDS emprestou a juros subsidiados, sempre, para também grande parte das obras para a copa do mundo. E logo, logo, as das Olimpíadas.
Sem falar no empréstimo do velho jargão usado pela direita na alta das privatizações das riquezas empresariais de produção-distribuição de energia elétrica e água, telefonia fixa e celular mais nossas reservas vegetais e minerais; O jargão é “culpa da incompetência dos Funcionários Públicos”.
Por isso e outros riscos mais que descrevo abaixo, para a pergunta. Volta Lula?
Existe algo interessante que influência a opinião da maioria, dos eleitores como convêm ao caso. Apesar de iniciá-lo com gostos musicais.
Dias atrás falei de meu gosto sobre os sucessos musicais dos anos 50, 60 e 70 das grandes bandas, grupos a até cantores/compositores nacionais e internacionais comparando-os com hoje sob a pergunta, por que não surgem ou fazem mais músicas como daquela época? E ouvi a seguinte definição: Música também é questão de sentimento e sofre influência do contexto político-social que vivemos. Hoje o sentimento é outro, até para compositores daqueles tempos que ainda estão em gozo de plena saúde e na meia-idade.
Há analogia no sentimento do eleitor com dos cantores/compositores referidos acima.
Na política a costura de alianças torna uma eleição meio-ganha. No Brasil quem tem o apoio do PMDB entra para este rol de candidatos privilegiados, porque o PMDB ainda é o primeiro ou no pior dos casos o segundo partido de maior quantidade de vereadores, deputados estaduais e federais do país tornando-o o mais forte cabo-eleitoral depois do PT. Não descartando a importância do PCdoB e demais partidos políticos por menores que sejam como também de políticos da envergadura eleitoral de Fernando Collor de Mello e Paulo Salim Maluf, entre outros. Receita de Lula, que deu certo.
Mas a segunda metade-ganha de uma eleição depende do sentimento que o candidato desperta no eleitor.
Temos aí despontando em percentuais críticos para todos tanto nas pesquisas eleitorais sérias ou até em tendenciosas: Três candidatos; Dilma Roussef, Aécio Neves e Eduardo Campos com Marina Silva de vice.
Existe nos dilmistas uma torcida para que o passado Lula/Lula se repita como Dilma/Dilma e depois outro Lula/Lula. Boicotando assim a volta de Lula para a disputa deste pleito e colocando todo um projeto da esquerda brasileira a beira de um colapso ou caos por questão de sentimentos próprios. Se esquecendo que o sentimento a ser levado em consideração é o do eleitor.
Por mais que ele diga que apoia Dilma, a volta de Lula é imprescindível para esta disputa eleitoral e não quer dizer que esta ganha, não! Mas que as chances aumentam consideravelmente é fato indiscutível.
Que os dilmistas se conformem, se há alguma chance de dobradinhas é de Lula, outra vez, Lula/Lula Dilma Lula/Lula e quiçá Dilma em um caso inédito de transferência de votos como foi da primeira vez, em uma segunda.
ZéM.