domingo, 16 de fevereiro de 2014

Médica ou mercenária cubana?

Por Altamiro Borges

Depois de conseguir “asilo” junto aos escravocratas do DEM e de arrumar emprego numa entidade que sabota o programa “Mais Médicos”, a cubana Ramona Rodrigues agora pede uma indenização de R$ 149 mil ao estado brasileiro. A “doutora” dissidente, que até parece uma mercenária, ingressou na sexta-feira (14) com ação na Justiça reivindicando que o governo federal pague este valor absurdo pelo período em que trabalhou na cidade paraense de Pacajá. A ação foi proposta na Justiça do Pará, local onde prestou serviços por quatro meses. Ramona reivindica R$ 69 mil em salários e direitos trabalhistas e R$ 80 mil como indenização por “danos morais”.

Em sua ação eminentemente política, a médica cubana vem sendo orientada por parlamentares do DEM e por advogados da Associação Médica Brasileira. Segundo relato entusiasmado do Estadão, as suas iniciativas embasarão novas ações jurídicas e políticas contra o “Mais Médicos”. O objetivo é desgastar a iniciativa do governo Dilma, que conta com mais de 70% de aprovação popular e é visto como um trunfo para as eleições de outubro. Neste esforço de sabotagem, a oposição demotucana já conta com o apoio do procurador do Trabalho, Sebastião Vieira Caixeta, que na semana passada sugeriu a interrupção do programa que visa levar saúde às regiões mais carentes do país.

A deserção da médica cubana animou os inimigos do “Mais Médicos”. Como aponta o Estadão, estes estavam na defensiva diante da aprovação da iniciativa e “passaram a adotar postura mais discreta. Com o episódio Ramona Rodriguez e o registro de mais quatro casos de cubanos que abandonaram o programa, as entidades voltam à tona. O primeiro passo foi dado pela Associação Médica Brasileira, que resolveu contratar Ramona para serviços administrativos no escritório de Brasília. Ela vai receber R$ 3 mil mensais. O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, anunciou a formação de uma ‘rede humanitária’ para auxiliar médicos cubanos que queiram sair do programa e trabalhar no país”.

Já os demos fazem palanque eleitoral com a deserção e os tucanos aproveitam para tentar alavancar Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB. Na retaguarda desta campanha, a velha mídia ressuscita os velhos fantasmas anticomunistas para atacar Cuba e a presidenta Dilma. Em editorial, o Estadão festejou mais uma vez a atitude de Ramona Rodrigues. O jornal oligárquico, inimigo declarado da Consolidação das Leis do Trabalho, chega ao desplante de afirmar que a contratação de médicos cubanos “viola direitos elementares que trabalhadores usufruem no Brasil desde a edição da CLT, em 1º de maio de 1943, no Estado Novo de Getúlio Vargas”. É muita caradura!

Para o Estadão, a anulação ao programa “Mais Médicos” deve ser prioridade absoluta. “Usado pelo PT no marketing da campanha política, o programa está a merecer uma devassa mais rigorosa da Justiça, pois parece ser ilegal e imoral”. Quanto aos milhões de brasileiros que não têm acesso a um médico e padecem de graves problemas na área da saúde, o Estadão, o restante da mídia e a oposição demotucana estão pouco se lixando!

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5 comentários:

Miguel Oliveira disse...

Mais um argumento para a campanha do PT e da Dilma. A OPOSIÇÃO ESTÁ FAZENDO DE TUDO PARA ACABAR COM O MAIS MÉDICOS. Você quer que o Mais Médicos acabe? Vote nos candidatos do Psdb, Dem e seus asseclas.

Anônimo disse...

Não são mais de 70% da população que aprovam o Mais Médicos e sim
mais de 80%.Se não me engano 83/84
%,por aí.Quanto ao resto podem fa-
zer o que quiserem,baixaria atrás
de baixaria,que nossa Presidenta
será reeleita sim."Os cães ladram
e a caravana passa..."

Maria Claudia disse...

"Levanto às 7 horas, tomo banho, tomo café e chego muito bem ao posto, caminhando por 10 minutos. Se vou ao mercado, encontro meus pacientes. Se me perco, pergunto para os pacientes nas ruas".

"Pode ser meu irmão, pai ou avó. Não vejo diferença de cor, de renda. Não quero olhar só a doença, mas como o paciente vive, onde mora. Vê-lo como um ser psicossocial".

"Nossos principais líderes, Raul e Fidel, são solidários. Desde os nossos primeiros estudos aprendemos a ser solidários. Se alguém precisa de nossos serviços, estamos aí".

"Em Cuba não preciso de pai e mãe ricos para ser médica".

Depoimentos da médica cubana Norkis em uma matéria bem interessante sobre o assunto na revista Piauí deste mês.

A postura humanitária dos médicos cubanos chamam a atenção e é disso que nós precisamos. Se possível, leiam a matéria.

Germano Güttler disse...

É inacreditável e chega a ser surreal!
Como é possível que alguém seja contra um programa que visa exclusivamente atendimento médico às pessoas pobres?
Muitas destas pessoas sequer tiveram uma única consulta médica em toda sua vida!
Acho que a sociedade está doente ...

Anônimo disse...

Prefiro chamar a 'Escrava Cubana'. Se os medicos brasileiros estivessem sendi explorados dessa forama em outro pais,p cm certeza a populacao estaria revoltada. Isso eh uma vergonha. Torco para que muitos medicos cubanos se revoltem.