quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Demóstenes e o moralismo seletivo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Graças ao Eduardo Guimarães, ficamos sabendo por onde anda o senador Demóstenes Torres, a quem a imprensa “esqueceu”.

Passou o reveillon em Firenze, na Itália.

Com direito a parar com a namorada e admirar a vitrine de uma loja da Louis Vuitton.

Goza de um otium cum dignitate, como diria Cícero, o rival em oratória de seu patrono grego, afastado do cargo de promotor, com seus vencimentos assegurados, R$ 25 mil, nada maus.

Porque é tratado com a dignidade de um nobre pela máquina judicial, tão feroz em outros casos e pela mídia, um coliseu romano quando o deseja.

Os processos contra ele dormitam nos escaninhos da Justiça e do Conselho do Ministério Público.

No final do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público prorrogou o prazo do inquérito que abriu contra ele, há mais de um ano.

E o Tribunal de Justiça de Goiás, em novembro, adiou o recebimento ou não da denúncia contra ele.

Demóstenes, a quem a imprensa brasileira já apresentou como campeão da moralidade, antes de outro ocupar o papel, não tem uma legião de repórteres a vigiar e cobrar celeridade da Justiça.

Muito menos de cobrar justiça da Justiça.

Veja o post do Blog da Cidadania.

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