terça-feira, 9 de julho de 2013

O sumiço do processo da Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O silêncio dos (ex) jornalões diz tudo: o caso de sonegação da Globo tem um potencial muito mais explosivo do que as relações carnais entre o bicheiro Cachoeira e a redação da Veja. A Globo é acusada de sonegar 187 milhões de reais. Acusada por um auditor fiscal. Processo oficial na Receita Federal. A Globo recorreu e perdeu em instância administrativa. Com multa e juros, o valor a pagar passava dos 600 milhões de reais. Isso em 2006! Hoje, seria mais de um bilhão de reais! São vários mensalões…

Um terremoto chamado Snowden

Por Flávio Aguiar, no sítio Carta Maior:

No fim de semana passado, a Der Spiegel publicou uma entrevista com Eduard Snowden, feita ainda em junho em Hong Kong por Jacob Appelbaum com a ajuda de Laura Poitras. Na segunda-feira (8), foi a vez do The Guardian publicar mais uma fatia da entrevista feita por Glenn Greenwald (com Poitras na câmera e ajuda de Ewen MacAskill), também em junho e em Hong Kong antes de que as denúncias viessem a público. A primeira fatia fora publicada em 09/06. Ambas as fatias estão disponíveis no site do The Guardian; a entrevista da Spiegel está disponível em alemão e em inglês nos sites da revista, além de extensa análise de como opera a espionagem norte-americana em território alemão.

O extremismo dos doutores

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O mais equipado posto de saúde é apenas um hotel de luxo sem a presença de um médico. Uma simples garagem pode ser um consultório razoável se contar com um médico para atender quem precisa de seus serviços.

No início deste ano, centenas de prefeitos – quase a metade dos municípios do país – tiveram um encontro em Brasília com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O boletim da Frente Nacional dos Prefeitos resumiu o espírito do encontro na manchete da edição de maio:

Quem recebe Bolsa Família deve votar?

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há uma cena que conta muito do Brasil nas memórias que o jornalista Carlos Castelo Branco, o Castelinho, escreveu sobre o curto período em que foi assessor do presidente Jânio Quadros, no começo da década de 1960.

Jânio vinha sendo duramente criticado pela imprensa, o Estadão à frente. (Não este jornal enfermiço de hoje, mas o Estadão poderoso de sessenta anos atrás.)

Folha pressiona por alta dos juros

Por Altamiro Borges

Em sua tese de mestrado, intitulada “Os jornais, a democracia e a ditadura dos mercados”, a jornalista Maria Inês Nassif já comprovou que a mídia privada mantém vínculos orgânicos com o capital – principalmente o financeiro – e defende de maneira ardilosa seus interesses políticos e econômicos. Às vésperas de cada reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, isto fica mais patente. O editorial da Folha desta terça-feira (9) é mais uma comprovação desta tese. Ele defende abertamente o aumento da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom desta semana, sob o argumento matreiro de que a prioridade é “combater a inflação” – conforme o título.

Médicos em suas fronteiras

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de terça-feira (9/7) trazem um teste interessante para as convicções ideológicas de muitos brasileiros, com questões que podem definir os limites da fidelidade corporativa e da solidariedade de classe, ou revelar o nível de consciência social de cada um.

Ascensão de um novo fascismo nos EUA

Por John Pilger, no sítio português O Diário:

No seu livro Propaganda, publicado em 1928, Edward Bernays escreveu: “A manipulação consciente e inteligente dos hábitos organizados e das opiniões das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Aqueles que manipulam este mecanismo que não se vê da sociedade constituem um governo invisível, o qual é o verdadeiro poder dominante no nosso país”.

TLC amplia a miséria na Guatemala

Por Leonardo Wexell Severo, no blog ComunicaSul:

O Tratado de Livre Comércio (TLC) firmado entre os Estados Unidos e a Guatemala completou sete anos de vigência no dia 1º de julho, estampando as chagas da desnutrição, da miséria e da dependência da nação maia. Ao se ver estimulado a exportar produtos primários com baixo ou nenhum valor agregado – como açúcar, artigos de vestuário, café, pedras e metais, banana e bebidas – o país também acumula sucessivos e crescentes déficits em sua balança comercial com o decadente Império.

Marilena Chauí e o transporte público

Globo, doleiros e paraísos fiscais

Por Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes, no jornal Hoje em Dia

Jurado de morte, um auditor aposentado promete entregar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional, os mais de 10 mil volumes originais dos processos (criminal e civil) contra a Rede Globo por sonegação, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Os processos sumiram dos prédios da Receita Federal às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2006.

Na Globo, Jô e Cantanhêde excitados

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Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A madrugada de segunda para terça-feira foi uma farra para a oposição ao governo Dilma Rousseff. A concessão pública de TV entregue à família Marinho se transformou em palanque para ataques à presidente da República, ao ex-presidente Lula e ao partido de ambos.

Em clima de festa, o apresentador global Jô Soares e sua entrevistada principal da noite, a colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde, demonstravam uma excitação incontida com o cenário político desfavorável ao governo federal.

Mensalão da Globo: a bomba principal

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Com o vazamento de um processo que pode vir a ser o maior escândalo fiscal da história recente, e desmoralizar a Rede Globo, amigos e leitores ficaram bastante preocupados com minha segurança física. Um leitor me ligou e perguntou, preocupado: “você tem ideia no que está se metendo? Fica atento a isso, eles fazem a pessoa desaparecer, ter um enfarte na rua…”.

A explosão do ódio neonazista

Por Márcio Sampaio de Castro, na revista CartaCapital:

Durante a última grande manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), para comemorar a revogação do aumento das tarifas do transporte coletivo em São Paulo, integrantes de partidos políticos e movimentos sociais foram atacados por jovens trajando toucas ninjas, roupas pretas e coturnos. Enquanto agrediam seus alvos, a multidão ao redor aplaudia e gritava “fora partidos, fora partidos”. Para a antropóloga Adriana Dias, que pesquisa há mais de 10 anos a atuação dos movimentos neonazistas no Brasil e já foi diversas vezes ameaçada de morte por seus integrantes, não resta a menor dúvida sobre quem eram esses jovens violentos e quais eram suas motivações.

Vem aí uma semana quente

Fernando Frazão/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O refluxo das manifestações de rua nos primeiros dias de julho (no domingo, apenas 20 manifestantes apareceram para protestar em frente ao prédio onde mora o governador carioca Sergio Cabral) e o fim dos bloqueios dos caminhoneiros podem dar a falsa impressão de que, após a ressaca cívica, nós e o governo teremos alguma calmaria no mar revolto neste mês de férias de inverno.

A Globo e a funcionária condenada

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A funcionária da Receita Federal Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por, entre outras coisas, dar sumiço nos processos que eram movidos pela Receita Federal contra a Globopar, controladora das Organizações Globo.

Um dos processos resultou numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa.