quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Jornalista processada por preconceito

Por Altamiro Borges

A jornalista potiguar Micheline Borges, que replicou vários preconceitos de famosos "calunistas" da mídia nativa e disse que as médicas cubanas "têm cara de empregadas domésticas", agora terá que se explicar na Justiça. A presidenta do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos de São Paulo, Eliana Gomes de Menezes, ingressou com uma ação em que exige indenização por danos morais de R$ 27.120,00. Para a líder sindical, a jornalista "menosprezou a potencialidade das médicas cubanas e tratou com desprezo e discriminação as nossas empregadas domésticas".

A ação na Justiça representa mais uma derrota dos que apostaram no preconceito, no racismo e na tacanha xenofobia para sabotar o programa "Mais Médicos" do governo federal. "A questão não é a indenização. Nós queremos mostrar para essa jornalista que a empregada tem orgulho da profissão, não há nenhum demérito nisso. As declarações dela foram extremamente preconceituosas. Por isso, achamos que isso não poderia passar impune", explica a advogada Fabíola Ferrari, que representa o sindicato na ação judicial.

Micheline Borges escancarou o seu ódio elitista ao escrever em sua página no Facebook, no final de agosto: "Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas tem uma cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo? Que terrível". Para completar, a dondoca ainda afirmou que "médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência". A sua mensagem gerou forte reação nas redes sociais e a jornalista até pediu desculpas pelo "erro". Mas o seu aparente arrependimento não foi o suficiente. 

Outros jornalistas, que gozam de maior prestígio na mídia colonizada, também destilaram veneno e ódio contra o programa do governo. Eliane Cantanhêde, a da "massa cheirosa" tucana, escreveu na Folha que os médicos cubanos chegariam ao Brasil em "aviões negreiros". O pitbull da Veja rosnou que os profissionais cubanos seriam "escravos". Bem que o Sindicato das Empregadas Domésticas de São Paulo poderia aproveitar a oportunidade para estudar outras medidas judiciais!

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