domingo, 25 de agosto de 2013

Serra, Alvaro Dias e o racha no PSDB

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Por Altamiro Borges

O jornalista Josias de Souza, sempre bem enturmado no ninho tucano, dá hoje (25) uma notícia bombástica em seu blog na Folha:

"A pregação de Serra em favor da realização de prévias no PSDB não orna com os movimentos que ele executa longe dos refletores. Na boca do palco, Serra disse que, dependendo das regras, pode medir forças com Aécio Neves. Atrás das cortinas, Serra instou o senador paranaense Alvaro Dias a deixar o PSDB junto com ele para compor sua chapa presidencial na posição de vice".

Ainda segundo o blogueiro, "Serra comunicou seu desejo a dirigentes do PPS, partido que se dispõe a recepcioná-lo". Na quarta-feira passada, ele se reuniu com o senador, que está rompido com o governador paranaense Beto Richa. De há muito que se especula que Alvaro Dias deixaria a sigla. Se a informação de Josias de Souza estiver correta, ele agora saíra da legenda para compor a chapa presidencial com outro "dissidente", José Serra. A iniciativa poderá causar a implosão do PSDB.

As bicadas entre os tucanos estão cada vez mais sangrentas. Em entrevista ao jornal paranaense Gazeta do Povo, também neste domingo, Alvaro Dias criticou as manobras de Aécio Neves para inviabilizar a candidatura do ex-governador paulista. "Anunciar a realização de primárias [no PSDB] agora soa falso. Fica a impressão de uma encenação, porque houve uma inversão do processo. As primárias deveriam anteceder o nome do candidato... Isso não convence as pessoas lúcidas".

Na outra ponta, o ex-presidente nacional do PSDB, o deputado pernambucano Sergio Guerra, em entrevista à rádio JC/CBN, também trata de descartar as prévias e já desqualifica o novo dissidente. "Não há duas candidaturas, mas só uma. Para disputa prévias um postulante tem de ter o apoio de pelo menos 30% dos filiados. José Serra não tem 3%... Não tem apoio nas bases, nos deputados, vereadores, senadores, nas lideranças. Em todos os Estados não há um agrupamento que defenda a candidatura do Serra. A não ser para alguns amigos dele de São Paulo, que não são tantos.”  

Diante deste cenário desastroso, Josias de Souza alfineta em outra nota: "No PSDB, o axioma 'a união faz a força' já virou poesia. Poesia abstrata. O partido caminha para sua quarta disputa presidencial pós-FHC disposto a provar que é errando que se aprende. A errar. Especializado na briga consigo mesmo, o tucanato agora gira como parafuso espanado ao redor das prévias".

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